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terça-feira, 22 de julho de 2014

O desaparecimento de Tony Palmer


O falecimento do bispo Tony Palmer, uma figura muito influente nas recentes aproximações entre o mundo protestante e a Igreja Católica, na noite deste passado domingo, apanhou todos de surpresa.
Aqueles mais atentos aos últimos desenvolvimentos de âmbito profético, estão já na expetativa acerca de como se desenvolverão a partir de agora todos os esforços de união entre os cristãos, que Palmer tinha promovido, ou até mesmo saber como reagirá o Papa Francisco, seu amigo pessoal. Por mim, ainda estou a olhar um pouquinho para trás…
Nos últimos tempos, tinha mantido algum contacto com o bispo Tony Palmer. Pareceu-me alguém simpático, afável, cordial, sempre disponível para uma resposta.
Curiosamente, a última comunicação que mantive com ele foi justamente no Sábado à noite, dia anterior ao acidente que sofreu e que acabaria por lhe provocar a morte. Sendo que o acidente se deu na manhã de domingo, talvez eu tenha sido das últimas pessoas com quem ele contactou… Por isso, fui recuperar as últimas palavras que trocamos.

A pergunta que lhe fiz foi no sentido de saber qual a posição dele perante a visão profética dos Adventistas do Sétimo Dia que vêm os esforços de união entre as diferentes igrejas cristãs como o cumprimento da profecia bíblica, nomeadamente: uma grande apostasia dos protestantes que se rendem ao poder papal; o isolamento dos Adventistas do Sétimo Dia, guardadores do Sábado, que seriam perseguidos pela sua fé.
A resposta do bispo foi: “Tudo o que eu sei, Irmão, é que o Espírito Santo derramou o amor de Deus nos nossos corações (Romanos 5:5) e encontramos a nossa Irmandade perdida. É uma ação do Espírito, não do homem. É uma ação de profundo amor Cristão e um profundo desejo de ser um para que o Mundo creia. Mais do que tudo é a resposta à oração de Jesus (João 17:21). Nenhum de nós está conscientemente a tentar enganar alguém.”

A minha pergunta seguinte, acerca do que ele achava que poderia acontecer aos que não aceitarem essa união – enviada no domingo de manhã –, acabou por já não ser lida… Na tarde de domingo soube do acidente, pela manhã de segunda-feira do falecimento.
Contudo, uma frase mais antiga de Tony Palmer ficará para sempre registada: “O protesto acabou!”. Infelizmente, quem acabou foi o próprio Palmer – o protesto, esse seguirá com cada vez mais força até ao fim!

Tiramos daqui algo evidente e indiscutível: os homens passam; os desígnios de Deus permanecem, nada os pode alterar!

Quanto a mim, sempre que me lembrar do bispo Tony Palmer, que agora repousa no sono da morte, ficarei a pensar se em vez de lhe fazer perguntas não deveria ter logo passado um testemunho direto da nossa mensagem Adventista. Ao refletir nisso, chego à conclusão que sim…


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