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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pós-Lapsarianismo




PÓS-LAPSARIANISMO[1]

PROBLEMÁTICA

Era Jesus semelhante a Adão antes ou depois da queda?

Aqueles que defendem a teoria pós-lapsariana[2] insistem em afirmar que Jesus assumiu a natureza humana pecaminosa, em Sua encarnação, tanto física quanto a moral e a espiritual, com todas as características da humanidade caída. Assim sendo, Jesus teria sido exatamente como qualquer um de nós em termos de forma e essência; Ele não seria em nada diferente de qualquer outra pessoa nascida (RODON, 2008, p. 46 e 47).

“Em Sua natureza humana, não há uma partícula de diferença entre Ele e vocês.” (Citado por KNIGHT, 2005, 121).

Esta era a posição de A.T. Jones, um dos pioneiros do pós-lapsarianismo. Diante dessa afirmação temos que nos reportar a Bíblia e ao Espírito de Profecia para vermos o que nos falam sobre a condição natural do homem após o pecado.

A Bíblia nos apresenta um quadro em nada elogioso quanto a condição humana pós-queda: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9); “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5); “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Romanos 7:14).

Para Ellen G. White: “no seu âmago [depois da queda], a natureza humana foi corrompida. Desde então, o pecado alcançou todas as mentes” (Review and Herald, 16/04/1901); “Com relação ao primeiro Adão, os homens nada receberam dele senão a culpa e a sentença de morte” (Orientação da Criança, 475).

Assim, o problema é: Embora Jesus não fosse um pecador, como corretamente entendido pelo pós-lapsarianismo, teria Ele sido, realmente, participante da natureza humana corrompida, tanto fisicamente quanto moralmente, com tendências, propensões para o pecado e inclinada para o mal?

SOLUÇÃO

Os defensores do pós-lapsarianismo – tendo como proeminentes expoentes Alonzo T. Jones, Ellet J. Waggoner, W.W. Prescott, M.L. Andreasen – acreditam que Cristo assumiu a natureza humana após a queda de Adão, passando a ter natureza igual a nossa (KNIGHT, 2005, p. 120 e 128; QUESTÕES sobre doutrina, 2008, p. 441); com isso eles afirmam que assim como Cristo teve vitória sobre o pecado nós também podemos ter vitória perfeita sobre o pecado, ao nos tornarmos perfeitos como Cristo foi perfeito (WHIDDEN, 2004, p. 15). Ele deixa de ser nosso divino substituto, e se torna nosso modelo de perfeição.

Devemos ter em mente que Cristo foi totalmente Deus e totalmente humano enquanto esteve na terra (NISTO Cremos, 2008, p. 56 a 66). Diversos autores abordam esse assunto de maneira equilibrada, (entre eles: DEDEREN, 2011; DONKOR, 2008; WHITE, 2007; KNIGHT, 2005; NISTO Cremos, 2008; QUESTÕES sobre doutrinas, 2008; RAMOS, 2004; RAND, 2008; RODOR, 2011 e 2008; WHIDDEN, 2004), assumindo que Cristo realmente assumiu a natureza humana (física), mas sem, contudo, se contaminar com o pecado (natureza moral). Era necessária a união entre as duas naturezas – divina e humana – para que houvesse uma reconciliação da humanidade com Deus, para esconder a divindade por trás da humanidade e para que Ele tivesse uma vida vitoriosa pois sua humanidade sozinha não poderia vencer as tentações de Satanás (NISTO Cremos, 2008, p. 67 a 69).

Cristo tomou sobre Si a natureza humana física em sua condição caída, nasceu com carne pecaminosa, contudo, sem ser um pecador (em sua natureza moral) (DONKOR, 2008, p. 22 e 23; RODOR, 2008, p. 47), sem participar, o mínimo que fosse, do seu pecado, afinal Ele nunca pecou (II Coríntios 5:21; I Pedro 1:19), e nEle não havia a propensão ao mal, nisso podemos apontar sua singularidade. Simplesmente Ele não era outro ou mais um homem, era Deus feito homem (RAND, 2008, p. 37). O fato dEle participar da natureza humana não O isentou de estar sujeito à enfermidades e fraquezas (Mateus 8:17), coisas inerentes ao pecado, nisso podemos apontar Sua identidade com a raça humana pós-queda (WHITE, 2007, p. 117).

Após leitura da bibliografia pesquisada para esta pesquisa, cremos que os termos que melhor se aplicam a questão da natureza humana de Cristo sejam os de Identidade – com nossa natureza pecadora física – e Singularidade – por ser sem pecado (WHIDDEN, 2004, p. 17, 19 e 20). Afinal, cremos que Jesus não era totalmente pós-queda, e nem pré-queda[3] (que está no outro extremo da discussão da natureza humana de Cristo)[4]. Um breve resumo do pré e pós-lapsarianismo pode ser visto no quadro a seguir:


Debilidades Inocentes[5]
Propensões Pecaminosas4
Adão antes da queda
Não
Não
Adão depois da queda
Sim
Sim
Cristo
Sim
Não
Fonte: Questões sobre doutrina, 444.

A identidade de Cristo com os seres humanos se reflete nas debilidades inocentes (dor, sede, fome, morte) que O acometeu, ou seja, Ele foi afetado pelo pecado,  identificando-se conosco (RODOR, 2011, p. 33), afinal era necessário que assim fosse para se tornar nosso substituto, como parte do plano de salvação em prol da humanidade caída. Ellen White diz que o objetivo da identidade de Cristo foi obedecer a lei de Deus, tornando-se nosso exemplo (WHITE, 2010, p. 139 a 141).

Já a singularidade de Cristo fala da sua impecabilidade humana, ou seja, Ele não era infectado pelo pecado (WHIDDEN, 2004, p. 42 e 43), era livre da corrupção, depravação hereditária e do pecado efetivo que nos acometem (NISTO Cremos, 2008, p. 64 e 65), afinal Ele era o perfeito Cordeiro pascal e que se houvesse pecado não poderia ser nosso perfeito exemplo para a salvação. Portanto, a identidade e a singularidade da natureza humana de Cristo, se combinam de forma perfeita e complementar para testemunhar que, mesmo após quatro mil anos de pecado, onde Adão falhou antes do pecado, Jesus (o segundo Adão) poderia vencer (e venceu) e se tornar nosso exemplo, mesmo que Ele estivesse afetado pelo pecado.

RESUMO

O pós-lapsarianismo em si mesmo não é a solução para o entendimento da natureza humana de Cristo. O mais coerente e convincente é buscarmos relacionar: 1) sua identidade com a humanidade, o fato dEle ter assumido à forma humana em carne pecaminosa e afetado pelo pecado, ter que sofrer as debilidades inocentes em sua experiência, para com isso poder redimir o ser humano e se tornar nosso exemplo único; 2) sua singularidade como Deus homem, Ele não era apenas mais um ser humano, era Deus, que foi afetado mas não infectado pelo pecado, pois não tinha propensões para o mal. A compreensão da união das naturezas divina e humana em Cristo foi, é e sempre será um mistério para nós. Sua morte na cruz afetou apenas Sua humanidade, mas nunca Sua divindade.

Esse é nosso incomparável Jesus Cristo, o segundo Adão, nosso Supremo exemplo, Deus conosco, nosso Salvador, que apesar de Sua singularidade como Deus-homem, nos entende como pobres e miseráveis pecadores que somos, carecidos de Sua graça, pois afinal Ele se identificou conosco ao tomar sobre si nossas fragilidades e nossos pecados tomou sobre si, entregando-se para que por Ele obtenhamos a vida eterna.

BIBLIOGRAFIA

DEDEREN, Raoul. Cristo: Pessoa e Obra. In: Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. 1ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011. Págs. 180–230.
DONKOR, Kwabena. A natureza de Cristo: a questão soteriológica. In: Parousia – Revista do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Ano 7, Nº 1. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 1º semestre de 2008. Págs. 19–30.
KNIGHT, George R. Uma exploração dupla da natureza humana de Cristo. In: Em busca de identidade – o desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia. 1ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005. Págs. 120–128.
NISTO Cremos – As 28 crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deus Filho. 8ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008. Págs. 48–76.
QUESTÕES sobre doutrinas. A natureza de Cristo durante a encarnação. 1ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008. Págs. Págs. 435–467.
RAMOS, José Carlos. A condição humana de Jesus nos escritos de Ellen G. White. In: Parousia – Revista do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2004. Págs. 47–52. Disponível em: http://circle.adventist.org/files/unaspress/parousia2004024706.pdf. Acessado em 9 de outubro de 2012, às 15:30.
RAND, Benjamim (Pseudônimo). Que natureza humana Jesus assumiu? Não caída. In: Parousia – Revista do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Ano 7, Nº 1. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 1º semestre de 2008. Págs. 31–44.
RODOR, Amin A. O incomparável Jesus Cristo. 1ª edição. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2011.
_____________. Cristo e os cristãos. In: Parousia – Revista do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Ano 7, Nº 1. Engenheiro Coelho-SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 1º semestre de 2008. Págs. 45–73.
WHIDDEN, Woodrow W. Ellen White e a humanidade de Cristo. 2ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
WHITE, Ellen G. O desejado de todas as nações. 9ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007.
_____________. A encarnação. In: Mensagens Escolhidas, vol. 3. 3ª edição. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007. Págs. 125–142.




[1] Artigo apresentado a disciplina de Cristologia no Seminário Adventista Latino-americano de Teologia, pelos alunos: Jailson Noronha; Jeovan de Souza; José Jeová; José Nilton; Josinaldo Bispo (Naldo JB)
[2] Pós-lapsarianismo significa depois do lapso, depois da queda, da entrada do pecado (Gênesis 3).
[3] Ou, pré-lapsarianismo. Defende que Jesus era um homem sem a tendência para recar igual à de Adão antes do pecado; Sua natureza moral e espiritual era como Adão antes da queda.
[4] Ambos os termos (pré e pós-lapsarianismo) se tornaram cheios de controvérsias das mais diversas, contendo pontos doutrinários equivocados e contrários ao que diz a Bíblia e o Espírito de Profecia.
[5]Debilidades inocentes” – coisas como fome, dor, fraqueza, tristeza, morte. “Propensões pecaminosas” – inclinação ou ‘tendência’ para pecar. Conceito defendido por Tim Poirier, do White Estate, após analisar o uso que Ellen White faz do Sermons by Henry Melvill intitulado “The Humiliation of the Man Christ” (KNIGHT, 2005, p. 126).

Você também pode baixar a palestra desse artigo clicando no botão abaixo.


Acesso Teológico
Naldo JB

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Grande Desapontamento



Vinte e dois de outubro de 1844. À medida que os ponteiros do relógio se aproximam das 24 horas, corações ansiosos aceleram. “Deve ser à meia-noite... só pode ser!” Durante 14 anos Guilherme Miller pregara sua mensagem. Aproximadamente 50 mil pessoas em todos os Estados Unidos (que na época tinha uma população de 17 milhões) aceitaram-na.[*] O dia tão esperado chegara. Não havia dúvidas. As últimas horas haviam sido gastas em fervorosa oração e reestudo da Bíblia, para confirmação das datas anunciadas na profecia. O dia era este, sem dúvida. O dia tão esperado; o dia da segunda vinda de Jesus Cristo.

Dentre as pessoas que se uniram ao movimento Milerita, estava o pastor congregacionalista Carlos Fitch. Fitch, de trinta anos, também concordara com a mensagem de que Jesus voltaria no dia 22 de outubro, depois de ter estudado minuciosamente as profecias de Daniel e Apocalipse. Tornou-se, então, importante anunciador do advento e o primeiro ministro milerita.

Poucos dias antes de 22 de outubro de 1844, Fitch batizou três grupos sucessivos de conversos em um rio. A cerimônia, ao ar livre, num dia frio, fez com que o pregador adoecesse. Faleceu na segunda-feira, 14 de outubro, vítima de tuberculose.

– Mamãe, nós veremos papai novamente? – perguntam os dois filhos do pastor, em meio às lágrimas, após o funeral.

– Sim, queridos – responde corajosamente a Sra. Fitch. – Em poucos dias, quando Jesus voltar, Ele despertará papai e seus irmãos adormecidos também, e então seremos uma família completa e feliz outra vez, para sempre!
Os dias transcorrem cheios de expectativa. Na noite de segunda-feira, 21 de outubro, as crianças tornam a perguntar:

– Mamãe, amanhã vamos nos encontrar com papai?

– Sim, queridos! – diz ela olhando esperançosamente para o céu.


Carlos Fitch

Havia muitas famílias como essa naqueles dias. Gente esperando rever os filhos que tinham morrido de tuberculose, cólera, tosse comprida e outras doenças fatais. Milhares antecipando a alegre reunião quando Jesus viesse novamente. 

Mas a manhã do dia 22 passou. A tarde, também. 

Na pequena vila de Washington, no Estado de New Hampshire, havia uma igrejinha branca. Pertencia à Sociedade Cristã, cujos membros aceitaram a pregação de Guilherme Miller e outros homens sobre a volta de Cristo.

Em Low Hampton, no Estado de Nova Iorque, Miller, sua família e muitos amigos, reuniram-se numa formação rochosa, nos fundos de casa, para esperar Jesus.
O Sol já se havia escondido. A noite começara. 

“Deve ser à meia-noite... Só pode ser!” Faltam apenas minutos para as 24 horas. Segundos, agora. Ao soarem as doze badaladas no relógio da cozinha, todos os olhares se voltam para o céu, aguardando o “sinal do Filho do homem” e... nada! Não é possível! O que aconteceu? Lágrimas começaram a rolar pela face de milhares de pessoas. Vinte e dois de outubro havia terminado. Jesus não viera.

Da varanda de sua casa a Sra. Fitch ainda olha para o céu. A lua ilumina-lhe os olhos cheios d’água. Quase não nota uma pequena mão tocar a sua:

– Mamãe, por que papai não veio?


“O Sol ergueu-se no oriente, ‘como um noivo que sai de seus aposentos’. Mas o Noivo não apareceu.
Permaneceu no meridiano, quente e comunicador de vida, ‘trazendo salvação nas suas asas’. Mas o Sol da Justiça não apareceu.
Escondeu-se no ocidente, flamejante, cruel, ‘terrível como um exército com bandeiras’. Aquele que Se assenta sobre o cavalo branco não retornou como o Líder das hostes celestiais.
As sombras do ocaso estendiam-se serena e friamente por sobre a terra. As horas da noite passavam vagarosamente. Em desconsolados lares de mileritas, os relógios assinalaram doze horas da meia-noite. Vinte e dois de outubro havia terminado. Jesus não viera. Ele não voltara!” – História do Adventismo, pág. 34.

Guilherme Miller foi um dos responsáveis pelo despertamento religioso do século 19


(*) Outras fontes afirmam que cerca de 100 mil pessoas aceitaram a mensagem adventista. A revista Readers’ Digest, de abril de 1913, p. 53 e 54, no artigo intitulado “E o dia do juízo não veio”, afirma que havia um milhão de espectadores do “grande dia”.






Acesso Teológico
Naldo JB

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vaticano: Papa desvaloriza previsões apocalípticas sobre o fim do mundo



"Bento XVI desvalorizou nesse dia 18 de novembro no Vaticano as previsões sobre o fim do mundo e lembrou que Jesus evitou agir como um “vidente”, mesmo quando usava imagens apocalípticas nos seus discursos.

Ele (Jesus), pelo contrário, quis afastar os seus discípulos de todos os tempos da curiosidade sobre as datas, as previsões, e que dar, pelo contrário, uma chave de leitura profunda, existencial e indicar, sobretudo, o caminho correto”, disse o Papa, na recitação da oração do Angelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Após destacar que Cristo “não descreve o fim do mundo”, Bento XVI observou em alemão que “o tempo tem um objetivo”, apesar de todas as dificuldades que atingem as pessoas.

Também nos nossos dias não faltam calamidades naturais e, infelizmente, guerras e violência. Também hoje temos necessidade de um fundamento estável para a nossa vida e a nossa esperança, ainda mais por causa do relativismo em que estamos mergulhados”, precisou.

O Papa colocou esse fundamento na Palavra de Deus, à qual “todas as criaturas, desde os elementos cósmicos – sol, lua, firmamento – obedecem”.

Com a esperança perseverante na vitória da Cruz, o coração humano encontrará sempre um chão firme, a verdadeira paz, na presença constante do Senhor, verdadeiro fim de todas as coisas, cuja ajuda nunca nos abandona”, acrescentou.

Em francês, Bento XVI convidou os fiéis a “participar regularmente na missa dominical, necessária para cada cristão”.


Acesso Teológico
Naldo JB

sábado, 24 de novembro de 2012

Adventista no Brasil



Preservando a Mensagem

“Pouco se sabe no Brasil, nos meios adventistas, sobre a disseminação da mensagem entre nosso povo. Pouco ou quase nada um membro da igreja pode relatar sobre a época em que a tríplice mensagem [referência a Apocalipse 14:6-10] raiou no Brasil, através do porto de Itajaí, em Santa Catarina. A triste realidade é que a igreja não teve meios para conservar sua memória histórica...” (Ivan Schmidt, José Amador dos Reis – Pastor e Pioneiro, p. 9).

Enquanto pensava no tipo de projeto final que eu deveria fazer para alcançar o grau de bacharel em Jornalismo, concluindo assim os quatro anos de faculdade na Universidade Federal de Santa Catarina, deparei-me com o texto citado acima. “E por que não?” – disse para mim mesmo – “Por que não fazer uma reportagem sobre o início da obra da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil?”

Naquele momento, escolhi meu projeto. Os seis meses seguintes foram dedicados à pesquisa sobre pessoas e fatos que fizeram história no meio adventista mas que, infelizmente, em boa parte foram esquecidos.

Nos primeiros dois capítulos deste livro, fiz uma breve introdução de como teve início a história da Igreja Adventista no mundo. Em seguida, procurei contextualizar a chegada da mensagem no processo da colonização alemã no Vale do Itajaí-Mirim – berço do adventismo no Brasil. Para isso, tive de gastar bom tempo em pesquisas sobre o assunto, principalmente no Museu Histórico do Vale do Itajaí-Mirim, em Brusque.

Como os fatos relatados (referentes à chegada do adventismo ao Brasil) ocorreram há mais de um século e, como já disse, poucos são os registros sobre eles, tive de contar principalmente com informações obtidas nas entrevistas com os parentes dos pioneiros – a maioria netos e bisnetos – e com os raros livros e artigos publicados em revistas denominacionais.

Passei horas agradáveis entrevistando pessoas e rememorando situações inspiradoras. Tive o prazer de caminhar por lugares históricos. Conheci a casa onde ficava o armazém de Davi Hort, local onde foi aberto o primeiro pacote de literatura adventista; o rio onde foram batizados os primeiros conversos; a primeira igreja adventista do sétimo dia no Brasil, no bucólico vale de Gaspar Alto; o púlpito de onde foram pregados os primeiros sermões no pequeno templo; a casa-dormitório dos estudantes da primeira Escola Missionária Adventista do Brasil e os cemitérios da Esperança (em Gaspar Alto, SC) e dos Pioneiros (na Fazenda Passos, RS), onde estão sepultados os pioneiros do movimento adventista.



Coletadas as informações, a questão agora era: Como escrever sobre tudo isso? Que estilo usar? Um texto bíblico do profeta Habacuque me deu a idéia. Ele, que viveu cerca de 600 anos antes de Cristo, conhecia as técnicas modernas de escrever melhor do que muitas pessoas, hoje: “Vou subir a minha torre de vigia e vou esperar com atenção o que Deus vai dizer e como vai responder à minha queixa. E o Deus Eterno disse: ‘Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade’” (Hb 2:1, 2). 

O profeta se colocou num ponto estratégico: na torre de vigia. Um local onde, ao mesmo tempo em que se mantinha próximo a Deus, podia observar o que acontecia ao seu redor, o que falava o povo, quais as tendências sociais da época, para onde ia o rei...


“Para que possa ser lido com facilidade.” “Prender” o leitor o tempo suficiente para ler nossa mensagem é realmente um desafio. Era no tempo de Habacuque e é muito mais em nosso mundo agitado. Por isso, o escritor deve mobilizar recursos que envolvam o leitor e o façam prosseguir na leitura.


Como o simples relato cronológico dos eventos seria monótono, utilizei recursos próprios da literatura, como reconstituição de cenas e diálogos. Afinal, “em termos modernos, a literatura e o jornalismo são vasos comunicantes, são formas diferentes de um mesmo processo”, diz o crítico Boris Schnaiderman, citado no livro Páginas Ampliadas – O Livro Reportagem como Extensão do Jornalismo e da Literatura, p. 139. 


No mesmo livro, à página 142, o autor Edvaldo Pereira Lima, jornalista, escritor e pesquisador, diz que “os norte-americanos aplicam o termo jornalismo literário para designar a narrativa jornalística que emprega recursos literários. Os espanhóis a denominam de periodismo informativo de creación. Esse emprego é necessário porque, para alcançar poder de mobilização do leitor e de retenção da leitura por sua parte, a narrativa de profundidade deve possuir qualidade literária”.


Apesar de o público alvo deste trabalho serem os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pensei também nos possíveis leitores que não pertencem à igreja. Assim, encontraremos, por exemplo, um casal de alemães em Brusque “lendo” sobre a segunda vinda de Cristo e Roberto Fuckner “demonstrando” à esposa o porquê de ter-se decidido pela observância do quarto mandamento – o sábado – como dia sagrado.


Embora tenha procurado ser imparcial ao narrar os eventos – como deve procurar fazer todo jornalista –, admito que exalto com apaixonado entusiasmo a obra e os feitos realizados pelos pioneiros do movimento adventista. O leitor saberá compreender que o livro foi escrito por alguém que pertence ao movimento e defende sua filosofia e, por isso mesmo, não pretende divorciar-se de seus valores para atingir uma impossível perspectiva neutra.


Finalmente, os agradecimentos. Seria impossível mencionar todas as pessoas que, de forma direta ou indireta, contribuíram para que este trabalho fosse desenvolvido. Mesmo assim, não poderia deixar de agradecer às senhoras Paulina Gohr e Neli Bruns, a Augusto Alfredo Fuckner, Hilza Fuckner, Clara B. Hort, Henrique Carlos Kaercher e Herta Hort Kaercher, Marta Hort Rocha e Diomar Donato da Rocha, Eliseu Calson e Iria Calson (bondoso casal que me hospedou enquanto coletava dados em Gaspar Alto), Arnoldo Schirmer e Edith Belz Schirmer, Helmut Schirmer, Evaldo Belz (neto de Guilherme Belz), Edegardo Max Wuttke (o incansável pesquisador) e pastor Cláudio Belz (bisnetos de Guilherme Belz, que me franquearam seus arquivos de família e partilharam singelas recordações), Otto Kuchenbecker (responsável pelo Museu Histórico do Vale do Itajaí-Mirim, que me concedeu acesso aos arquivos do museu), Olinda Hort Schmitt, pastor Ivo Pieper (distrital de Jaraguá do Sul, na época), pastor José M. de Miranda (então distrital de Brusque) e sua esposa Rosemarie (por todo auxílio prestado na obtenção de informações na região de Brusque), Erich Olm (advogado da Divisão Sul-Americana) e ao seu pai Germano Willy Olm (neto de Augusto Olm, o primeiro ancião da IASD, no Brasil), aos pastores Wilson Sarli (ex-diretor da Casa Publicadora Brasileira) e José Silvestre (diretor de Jovens da Associação Paulistana), ao Arquivo Histórico de Itajaí. Agradeço, também, à professora e jornalista Neila Bianchin pelo acompanhamento e orientação na elaboração deste trabalho e ao professor e jornalista Dr. Nilson Lage pela copidescagem do texto original. Mas, sobretudo, agradeço ao Criador por me conceder o privilégio de lidar com assunto tão inspirador. Cresci muito com este projeto e passei a sentir ainda mais “orgulho” da fé que professo – o que espero transmitir a você, leitor.


Esta reportagem resumida e adaptada ao blog (lançada integralmente em forma de livro pela Casa Publicadora Brasileira, em 2000, com o título A Chegada do Adventismo ao Brasil) não é um apanhado de biografias. É antes a “biografia” de uma mensagem que transpõe barreiras étnicas e geográficas; atravessa o tempo e alcança pessoas de diversas idades e culturas (alcançou-me em 1989). Uma mensagem de esperança que tem o poder de transformar vidas, mudar corações. Uma mensagem que, segundo Manoel Margarido, ex-diretor de colportagem da União Sul-Brasileira da IASD, “está voando celeremente nas asas aurifulgentes da página impressa, deixando um rastro luminoso de [pessoas] esclarecidas. O seu vôo ... será ininterrupto, até que a mensagem resplandeça com grande poder em todo o mundo” (Revista Mensal, abril de 1930, p. 2).


Meu sincero desejo é que este livro possa ser uma justa homenagem aos homens e mulheres que dedicaram a vida para estabelecer a obra adventista no Brasil. Ao mesmo tempo, espero alcançar uma classe muito especial da igreja: os jovens. Que esta leitura possa inspirá-los com o exemplo dos bravos pioneiros que não mediram esforços ao lutar por aquilo em que acreditavam.


Fonte: Michelson Borges

Publicaremos os outros capítulo dessa história a cada quarta-feira e assim sucessivamente acompanhe e conheça a história do Adventismo no Brasil


Sumário















Acesso Teológico
Naldo JB

Lição da Escola Sabatina Comentada 24/11/2012





Acesso Teológico
Naldo JB

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Informativo Mundial das Missões - 24 de Novembro de 2012 HD





Fonte: Daniel Locutor

Acesso Teológico
Naldo JB

sábado, 17 de novembro de 2012

VIII Concílio da AFAM do SALT 2012

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A Missão IAENESE do SALT/IAENE realizou o VIII Concílio da AFAM 2012 nos dias 16 e 17 de novembro de 2012, no Salão de Atos do IAENE, evento esperado com muita ansiedade por partes de muitas esposas de Pastores e Teologando.

As  esposas dos alunos de teologia participaram em massa.

A Turma 55 do SALT conhecidos como MeioAnistas participaram do evento, como vocês podem ver nas fotos acima.

Acesso Teológico
Naldo JB


Lição da Escola Sabatina Comentada 17/11/2012



Lição da Escola Sabatina comentada em Áudio. Você pode ouvir clicando no botão Play



Baixe o Áudio e ouça onde quiser 
Fonte: Portal Maranata

Acesso Teológico
Naldo JB

Informativo M. das Missões 17/11/2012



Baixe o Informativo Mundial das Missões, e use esse recurso em sua IGREJA


Fonte: Daniel Locutor

Acesso Teológico
Naldo JB

A breve volta de Jesus




Pois assim como foi nos dias de Noé  também será a vinda do Filho do homem. Portanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24: 37 – 39).

O texto que acabamos de ler nos dá solene advertência, e nos convida com urgência para um preparo especial. O texto nos diz que: “Como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem [...]” (Mateus 24:27) isto nos mostra que devemos estar prontos, vigiando e orando para não sermos pegos de surpresa.

Da mesma forma que foi nos dias de Noé, será na volta de Jesus. Nesse verso podemos entender que Cristo voltará em breve e muitos não estarão prontos para esse momento.

Querido Jovem você tem a oportunidade de se preparar, não deixe para a última hora. A Bíblia nos dá a confirmação da volta de Jesus. E o próprio Jesus prometeu que iria preparar um lugar (cf. João 14:2).

A promessa foi feita a todos nós, está na hora de fazermos a escolha, se aceitamos ou não a salvação oferecida pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Está na hora de nos preparar para a volta de Jesus.

            As profecias estão se cumprindo, a natureza está dando os sinais, o evangelho está sendo pregado. Jesus está às portas. 

Querido irmão e amigo, aceite o convite de Jesus, expresse esta sua decisão publicamente, indo a  uma igreja mais próxima de você ou pesquise AQUI. Vamos nos preparar para nos encontrar com Jesus. E diga para Jesus do fundo do seu coração que você O aceita e quer morar no céu com Ele. 

Deus o abençoe por esta decisão.

Acesso Teológico
Naldo JB

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Seminário Adventista de Teologia da Amazônia tem novo diretor



A mesa diretiva da Igreja Adventista no Norte do Brasil escolheu, no último dia 9 de novembro, o nome do pastor Wilson Roberto de Borba, para ser o novo diretor do Seminário Adventista de Teologia na Faculdade Adventista da Amazônia (SALT/FAAMA). Até então o pastor Wilson Borba era o diretor da Escola de Teologia do Equador – ITSAE.

Wilson Roberto de Borba nasceu no dia 12 de fevereiro de 1958, em Cruz Alta do Rio Grande do Sul. Casado com Traudi Néli de Borba, a família é composta por três filhos, Ellen, Andrews e William. Graduou-se em 1989 no Bacharel em Teologia e Línguas Bíblicas pelo Centro Adventista de São Paulo (UNASP); em 1995 tornou-se Mestre em Teologia e em 2009 concluiu um Doutorado em Teologia Pastoral no UNASP.

Desde 1990 atua na Igreja Adventista do Sétimo Dia ®; nos primeiros anos como pastor distrital no Rio Grande Sul e em 1998 recebeu o chamado para ser departamental de Publicações, Espírito de Profecia, Ministério Pessoal, Escola Sabatina e Família na região do Distrito Federal. Em 2002, foi departamental de Ministério Pessoal, Escola Sabatina e Ministério da Família no Oeste de São Paulo. Já em 2011, assumiu a posição de professor de Teologia do Seminário Latino-Americano de Teologia no Equador.

A sua esposa Néli de Borba por 15 anos atuou como secretária dos departamentos de Publicações, Educação e Ministério Pessoal, em Brasília e de Ministério Pessoal, Escola Sabatina e Família em São Paulo, além de colaborar fortemente nas áreas do Ministério da Mulher, por onde o pastor tem atuado.

Para o pastor Wilson, a emoção ao receber o chamado depois de servir como missionário no Equador foi muito forte. “Quando recebi a notícia do meu chamado para servir como obreiro da igreja no Norte do Brasil, assumindo a direção do SALT/FAAMA, chorei de gratidão a Deus. Formar futuros pastores para a Igreja Adventista do Sétimo Dia ® é verdadeiramente discipulado cristão. E acredito que isto só pode acontecer sendo um modelo de cristão”, declara.

O pastor Wilson inicia suas atividades como diretor do SALT/FAAMA no ano de 2013, quando chegará no norte do Brasil com a família.

Acesso Teológico
Naldo JB

Armadura de Deus


“Portanto, tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabalável” Efésios 6:13

Quando analisamos um soldado em meio à guerra, podemos observar que eles possuem uma armadura para essa situação em especial. Quando estão simplesmente de serviço estão vestidos com um uniforme resistente, preparado especialmente para proteger o corpo de determinados atrito com o mundo ao redor.

O Apostolo Paulo em Efésios 6:10-19 fala-nos de uma armadura da vitória, a qual o povo de Deus deve fazer uso. O grande objetivo dessa armadura e que possamos vencer as artimanhas de Satanás, pois ele está sempre ao nosso redor querendo nos destruir.

Ao sermos revestidos com essa armadura de Deus temos força suficiente em Cristo contra essas armadilhas postas em nosso dia a dia.

No verso 13 Paulo começa com a palavra “Portanto” nos dando a ideia que essa armadura é essencial para nosso êxito. Trazendo assim a palavra “Luta” que traz a ideia também de combate corpo a corpo, um conflito nessa magnitude realmente necessita de uma armadura que nos proteja.

Amigo, para vencermos nesse conflito necessitamos de estarmos revestido de toda armadura de Deus, Paulo diz claramente que estamos dentro desse conflito e que para vencermos precisamos dessa armadura, mais também nos deixa a certeza de vitória em Cristo quando fala “[...] depois de terdes vencido tudo, permanecer inabalável”

Vista-se você também dessa armadura quem vem do céu. Para vestirmos basta somente fazermos o que diz o verso 18 “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito [...]” (Efésios 6:18)

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