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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Meu corpo, Suas regras!

Meu corpo, Suas regras!

Vivemos em uma época em que nós mulheres conquistamos muitos direitos e temos gozado de muitos privilégios dos quais mulheres do passado foram privadas. É bem verdade que o machismo está longe de ser algo que agrada a Deus. Aquele que criou homem e mulher considera ambos importantes, enviou Seu Filho para morrer por ambos e comissiona ambos ao Seu serviço. A opressão pela qual as mulheres passaram (e algumas ainda passam) ao longo dos séculos não está de acordo com a vontade de Deus. O machismo não é um ensinamento bíblico, nem uma conduta cristã.

Contudo, a resposta feminina ao machismo – o feminismo – também não é bíblica ou cristã!
Há algum tempo me deparei com alguns vídeos de propagandas cuja mensagem central era que se o corpo é meu, as regras são minhas. Lembro-me que um dos vídeos abordava esta ideia ao falar sobre aborto, e outro ao falar sobre imagem pessoal (corte de cabelo, roupa, maquiagem, esmaltes, etc…).

“Meu corpo, minhas regras” – quanto perigo em uma frase tão pequena! E não é de surpreender. O primeiro engano em que a mulher caiu também foi dito em poucas palavras – “Certamente não morrereis” Gênesis 3:4. Queridas amigas precisamos abrir nossos olhos.

A Palavra do Senhor nos ensina algo diferente do que o mundo tem propagado:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:19,20.

A mulher cristã submete seu corpo à vontade de Deus! Ela segue o que a Palavra diz em I Coríntios 10:31, e come não o que quer, mas o que agrada a Deus. Ela não adorna seu corpo com trajes e enfeites que desagradam a Deus, mas segue o que a Sagrada Escritura diz em I Pedro 3:3 e 4. Ela entende que não pertence a si mesma, mas Àquele que deu Sua vida para resgata-la das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9). Jesus não é apenas seu Salvador, mas também seu Senhor, e sua vida (incluindo seu corpo) é na verdade a vida de Cristo nela (Gálatas 2:20).

Mais do que uma peça de tecido – uma ideologia

Um dos temas mais delicados para nós, mulheres cristãs, parece ser o da modéstia cristã. Alguns dos textos mais fortes que já li nos testemunhos (e com os quais mais lutei) do Espírito de Profecia são acerca deste tema.

Sem que muitas de nós percebamos, as ideias feministas tem ganhado espaço entre as mulheres cristãs, e tornado ainda mais delicado o tratamento deste assunto.
A Palavra de Deus é clara sobre a distinção que deve haver entre o vestuário feminino e masculino: “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” Deuteronômio 22:5. Mas seguindo uma ideologia feminista de igualdade, peças masculinas foram inseridas no guarda-roupa feminino, e muitas de nossas irmãs as utilizam hoje sem ter a menor atenção acerca da ideologia que essas peças carregam.

Recentemente li uma matéria acerca da moda unissex. Uma matéria publicada em um site secular, mas que evidencia muito (até porque isso não é segredo que o mundo da moda pretenda guardar) a ideologia que está por trás de muitas peças de roupa. Você pode ler a matéria completa aqui. Ali são citadas pessoas, como Coco Chanel, que trouxeram elementos masculinos para a moda feminina, e mostrado claramente o interesse que há em se criar uma moda neutra, que possa ter adesão de homens e mulheres, que carregue consigo essa ideologia da igualdade (e neutralidade) de gênero.

No tempo em que Ellen White viveu, ela já advertia o povo de Deus acerca deste tipo de ideologia e de sua influência no vestuário da mulher adventista. Alertou as irmãs de sua época acerca do traje americano (traje que trazia para o vestuário feminino peças de caráter masculino) e afirmou que o testemunho sobre esse assunto lhe foi “dado como reprovação para as irmãs que se sentem inclinadas a adotar um estilo de vestuário criado para homens” (T1, pág. 458).

Atualmente outros grupos, além do movimento feminista, têm erguido uma bandeira que propõe uma igualdade de gênero que não é bíblica. Esta ideologia está por trás de muito do que tem sido produzido no mundo da moda nos últimos anos, e por trás de muito do que tem sido usado por nossas irmãs (e também nossos irmãos).

Querida amiga, como citei acima, este é um tema delicado para nós, mulheres. Eu lutei muito com Deus acerca destes assuntos (você pode ler aqui meu testemunho sobre uma parte dessa luta). Quando O Espírito Santo começou a me falar acerca de peças de roupas que deviam sair do meu guarda-roupa, confesso que eu sofri, eu resisti, eu teimei, mas O Senhor usou muitos e diferentes meios para me convencer e me converter acerca deste assunto. Eu entendo como é difícil para muitas mulheres aceitarem toda a verdade acerca de como deve ser o nosso vestuário, pois foi muito difícil para mim. Hoje, eu me sinto livre da moda e de toda desvantagem que agora posso enxergar que havia em usar aquelas peças de roupas. Mas na época em que eu as usava, eu não queria aceitar que elas não fossem apropriadas a uma mulher cristã.

Sabe querida, o mundo tem tentado nos convencer de que devemos seguir nossa própria lei acerca do que fazemos com o nosso corpo. Mas nós sabemos que só há uma lei segura a seguir – a lei de Deus. “Nenhum servo pode servir a dois senhores” ( Lucas 16:13), não podemos servir a Deus através de nosso corpo enquanto seguimos nossas próprias regras. Nosso olhar deve estar fixo em Jesus, e não em nós mesmas, e nossos ouvidos atentos à voz do Espírito Santo (Isaías 30:21), e não ao que nosso coração enganoso diz (Jeremias 17:9). Maria, serva de Deus, decidiu que seu corpo estaria a serviço do Senhor, e por isso gerou em seu ventre o Filho de Deus. A resposta desta mulher virtuosa ao chamado de Deus foi precisa “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” Lucas 1:38. Esta deve ser também a nossa resposta a Deus.

Aquilo que vestimos não é apenas pedaços de tecido inofensivos, modelados e costurados. O que vestimos é também uma mensagem. Quando olhamos para a vida dos servos de Deus relatada na Bíblia, vemos que eles não tinham apenas uma mensagem para falar, mas eles eram a mensagem, sua vida, seus hábitos, tudo comunicava algo a quem os observava. Ao usarmos uma peça de roupa, não estamos apenas nos vestindo, estamos também dizendo a quem pertencemos e que tipo de caráter temos. Não é por menos que vestes são uma representação de caráter. Elas são muito significativas sim. O Diabo sabe disso e investe fortemente neste assunto. Não achemos que devemos dar pouca importância a ele.

Para concluir, gostaria de dividir com você algo que tocou profundamente meu coração quando eu estava estudando acerca da vontade de Deus para o nosso vestuário. Desejo que Deus fale com você através dessa citação, e que você reflita profundamente acerca da mensagem que está contida nas roupas que cobrem o seu corpo.

Minha atenção foi chamada para o seguinte texto bíblico: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto presas por um cordão de azul. E as borlas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; o não seguirdes os desejos do vosso coração, nem dos vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus.” Números 15:38-41. Deus ordena expressamente um simplíssimo adorno de vestuário para os filhos de Israel, com o propósito de distingui-los das nações idólatras que os cercavam. Quando eles olhassem para essa peculiaridade de suas vestes, lembrar-se-iam de que eram o povo que guardava os mandamentos de Deus, e que Ele havia atuado de maneira miraculosa para livrá-los do cativeiro egípcio, a fim de que O servissem e Lhe fossem um povo santo. Eles não deviam atender aos próprios desejos ou imitar as nações idólatras, mas permanecer como um povo distinto, separado e que todos os que os olhassem pudessem dizer: Eis aqueles que Deus tirou da terra do Egito e que guardam a lei dos Dez Mandamentos. Um israelita deveria ser reconhecido tão logo fosse visto, pois Deus, através de meios simples, os distinguia como Seus. – {T1 524.1}

A ordem dada por Deus aos filhos de Israel para colocarem uma fita azul em suas vestes, não deveria ter nenhuma influência direta sobre sua saúde. Apenas enquanto Deus os abençoasse e a fita mantivesse em sua memória as elevadas reivindicações de Jeová, seriam guardados de misturar-se com outras nações, participando de suas festas licenciosas e comendo carne de porco e ricos alimentos prejudiciais à saúde. Deus deseja agora que Seu povo adote o vestuário da reforma, não apenas para distingui-los do mundo como Seu povo peculiar, mas porque uma reforma no vestuário é essencial à sua saúde física e mental. O povo de Deus tem, em grande medida, perdido seus traços distintivos, gradualmente se modelando segundo o mundo e mesclando-se com ele, até que em muitos respeitos se torna semelhante a ele. Isso desagrada a Deus. Ele os dirige, assim como conduziu os filhos de Israel do passado, a saírem do mundo e abandonarem suas práticas idólatras, não seguindo o próprio coração (pois que esse não é santificado) ou sua visão, que os têm conduzido para longe de Deus e os unido ao mundo. – {T1 524.2}

Algo deve ser feito para diminuir o envolvimento do povo de Deus com o mundo. O traje da reforma é simples e saudável, todavia, há uma cruz nele. Agradeço a Deus pela cruz e alegremente curvo-me para erguê-la. Temo-nos unido tanto ao mundo que perdemos de vista a cruz e não desejamos sofrer por amor a Cristo. – {T1 525.1} Não precisamos inventar uma cruz, mas se Deus no-la apresenta, deveríamos alegremente tomá-la. Ao aceitar a cruz, somos distinguidos do mundo, que não nos ama e ainda ridiculariza nossa peculiaridade. Cristo foi odiado porque Ele não era do mundo. Podem Seus seguidores esperar melhor sorte que seu Mestre? Se não sofremos censura ou desdém do mundo podemos ficar alarmados, pois é nossa conformidade com o mundo que nos torna tão semelhantes a ele, que não desperta seus ciúmes ou sua malícia. Não há confronto de caráter. O mundo despreza a cruz. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” 1 Coríntios 1:18. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo.” Gálatas 6:14. [*] – {T1 525.2}

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Calça comprida para mulheres – pode ou não pode?

Calça comprida para mulheres – pode ou não pode?


Nos parágrafos que se seguem, apresentaremos alguns textos bíblicos e do Espírito de Profecia que costumam  ser utilizados em debates, assim como os argumentos mais utilizados para defender e para condenar o uso da calça por mulheres. O objetivo é que você possa conhecer este assunto de forma mais ampla, e através deste post ser incentivada a estudar o tema por si mesma, em oração, pedindo discernimento espiritual a Deus.

Quando aparecer algo escrito em vermelho no meio de um texto inspirado do Espírito de Profecia, o que está em vermelho foi inserido por nós, apenas por uma questão de contextualização. A referência (livro e página) dos textos do Espírito de Profecia, foram mantidos da mesma forma que forma apresentada no aplicativo utilizado para a pesquisa – o “Escritos EGW” (em língua portuguesa).

TEXTOS BÍBLICOS
“Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher. Porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus” (Deuteronômio 22:5)
“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” 1 Timóteo 2:9-10

TEXTOS DO ESPÍRITO DE PROFECIA

Caros irmãos e irmãs:
O motivo de eu chamar-lhes novamente a atenção para o assunto do vestuário é que alguns parecem não compreender o que escrevi anteriormente. Alguns que não estão dispostos a crer no que escrevi, estão fazendo esforços para confundir nossas igrejas sobre esse importante assunto. Muitas cartas me foram enviadas relatando dificuldades, as quais ainda não tive tempo de responder. Agora, respondendo às muitas questões, registro as seguintes afirmações esperando esclarecer definitivamente o problema no que se refere ao meu testemunho. – {T1 456.2}

Alguns afirmam que o que escrevi no Testemunho Para a Igreja n 10, não concorda com as declarações feitas em meu trabalho intitulado How to Live. Elas foram escritas a partir da mesma visão, conseqüentemente, não são duas visões, uma contradizendo a outra, como alguns supõem. Se houver alguma diferença, é simplesmente na forma de expressão. No Testemunho Para a Igreja n 10, declarei o seguinte: – {T1 456.3}

“Não se deve dar aos descrentes nenhuma ocasião de desonrar nossa fé. Somos considerados estranhos e singulares, e não devemos adotar uma conduta que leve os descrentes a pensar que o somos mais do que nossa fé requer que sejamos. Alguns que acreditam na verdade podem pensar que seria mais saudável para as irmãs adotarem o traje americano; todavia, se esse estilo de vestido prejudicar nossa influência entre os descrentes, de maneira que não nos seja possível ter tão fácil acesso a eles, não devemos de modo algum adotá-lo, ainda que soframos muito em conseqüência. Mas algumas pessoas estão enganadas em pensar que há tanto benefício nesse traje. Se bem que talvez se demonstre um benefício para algumas pessoas, é um dano para outras. – {T1 456.4}

“Vi que a ordem de Deus foi invertida e Suas orientações especiais menosprezadas por aqueles que adotam o traje americano. Minha atenção foi chamada para o seguinte verso: ‘Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus.’ Deuteronômio 22:5. Deus não deseja que Seu povo adote essa pretensa reforma de vestuário [do uso do traje americano]. Trata-se de um vestuário ousado, completamente inadequado às modestas e humildes seguidoras de Cristo. – {T1 457.1}

“Há uma crescente tendência de as mulheres usarem vestuário e adotarem aparência mais semelhantes aos do sexo oposto e escolherem seus trajes bem parecidos com os dos homens. Mas Deus declara que isso é abominação. ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.’ 1 Timóteo 2:9. – {T1 457.2}

“Os que se sentem convocados a unir-se ao movimento em prol dos direitos da mulher e da suposta reforma do vestuário, podiam romper toda ligação com a mensagem do terceiro anjo. O espírito que acompanha um movimento não pode estar em harmonia com outro. As Escrituras são claras a respeito dos procedimentos e direitos de homens e mulheres. Os espiritualistas adotaram totalmente esse singular modo de trajar-se. Os adventistas do sétimo dia, que crêem na restauração dos dons, são muitas vezes tidos como espiritualistas. Adotem esse tipo de vestuário e sua influência se perderá. As pessoas os colocariam no mesmo nível dos espiritualistas, recusando-se a ouvi-los. – {T1 457.3}

“A assim chamada reforma do vestuário [a reforma que inseriu o traje americano] porta um espírito de leviandade e ousadia que se ajusta perfeitamente ao vestuário adotado. Modéstia e recato parecem desviar-se daqueles que adotam esse estilo de vestir. Foi-me mostrado que Deus requer que tenhamos uma conduta coerente e sensata. Adotem as irmãs o traje americano, e destruirão a própria influência e a de seus maridos. Tornar-se-iam um provérbio e uma zombaria. Nosso Salvador diz: ‘Vós sois a luz do mundo.’ ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus.’ Mateus 5:14, 16. Há uma grande obra para fazermos no mundo, e Deus não quer que adotemos uma conduta de molde a diminuir ou destruir nossa influência para com o mundo.” – {T1 457.4}

Esse testemunho me foi dado como reprovação para as irmãs que se sentem inclinadas a adotar um estilo de vestuário criado para os homens. Mas, ao mesmo tempo, foram-me mostrados os males de um estilo comum para as vestes femininas. Para corrigi-los, foi dado este testemunho encontrado em Testemunho Para a Igreja n 10: – {T1 458.1}

“Cremos não estar de conformidade com a nossa fé vestir-se de acordo com o traje americano, usar saias-balão, ou ir ao extremo de vestir compridos vestidos que varrem as calçadas e ruas. Caso as mulheres usassem seus vestidos deixando um espaço de uma ou duas polegadas entre a sujeira das ruas, seus vestidos seriam mais modestos, e poderiam ser conservados limpos muito mais facilmente e durante mais tempo. Esses vestidos estariam de conformidade com a nossa fé.” – {T1 458.2}

Eis um trecho do que eu disse em outra parte sobre o assunto: – {T1 458.3}

“As mulheres cristãs não se devem dar a trabalhos para se tornarem objeto de ridículo por vestir diferentemente do mundo. Mas, se seguindo suas convicções de dever a respeito do vestir modesta e saudavelmente, elas se acham fora da moda, não devem mudar de vestuário a fim de ser semelhantes ao mundo; porém manifestar nobre independência e coragem moral para ser corretas, ainda que o mundo inteiro delas difira. Caso o mundo introduza um modo de vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não muda nossa relação para com Deus ou para com o mundo o adotar tal estilo de vestuário. As mulheres cristãs devem seguir a Cristo e fazer seus vestidos em conformidade com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem elas adotar humildemente uma conduta reta, apegando-se ao direito por ser direito, sem se preocupar com aplausos ou censuras. – {T1 458.4}

“As mulheres devem agasalhar seus membros visando maior saúde e conforto. Seus pés e pernas devem estar protegidos — assim como os dos homens. O comprimento dos trajes da moda é objetável por diversas razões: – {T1 459.1}

1. É extravagante e desnecessário ter o vestido tão longo, varrendo a sujeira das calçadas e ruas. – {T1 459.2}

2. Um vestido assim longo absorve o orvalho da grama e a lama das ruas, tornando-se assim uma falta de asseio. – {T1 459.3}

3. Assim enlameado, o vestido entra em contato com tornozelos sensíveis, os quais não estando protegidos de modo conveniente, esfriam-se rapidamente arriscando a saúde e a vida. Eis aí uma das maiores causas da produção de catarro e inchações escrofulosas. – {T1 459.4}

4. O comprimento exagerado é um peso adicional aos quadris e intestinos. – {T1 459.5}

5. Embaraça o andar e às vezes atrapalha o movimento de outras pessoas. – {T1 459.6}

“Existe ainda outro estilo de vestido adotado pela classe de supostas reformadoras do vestuário. Imitam o máximo possível o sexo oposto. Usam bonés, calças, coletes, paletós e botas, sendo estas últimas as partes mais destacadas no traje. Os que adotam e defendem essa moda, levam a pretensa reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão é o resultado. Algumas das que adotam esse traje podem até estar certas em seus pontos de vista gerais sobre a questão de saúde, mas poderiam contribuir para promover maior bem, se não levassem a questão do vestuário a tais extremos. – {T1 459.7}

“Nesse estilo de vestuário a ordem de Deus foi radicalmente invertida e desatendidas Suas instruções especiais. ‘Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus.’ Deuteronômio 22:5. Deus proíbe que Seu povo adote essa moda. Não é um traje decente, e também inadequado para mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas com leviandade por todas quantas defendem a abolição da diferença de vestuário entre homens e mulheres. A posição extremada de algumas reformadoras do vestuário sobre esse assunto lhes enfraquece a influência. – {T1 459.8}

“Deus determinou que houvesse clara distinção entre trajes masculinos e femininos, e considerou o assunto de suficiente importância para dar explícitas instruções a esse respeito, pois se o mesmo traje for usado por ambos os sexos, causaria confusão e grande aumento de crime. Se o apóstolo Paulo estivesse vivo e contemplasse as mulheres que professam piedade usando esse tipo de vestuário, pronunciaria a repreensão: ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.’ 1 Timóteo 2:9, 10. A maioria dos professos cristãos, desrespeitam totalmente os ensinos dos apóstolos, usando ouro, pérolas e vestidos custosos. – {T1 460.1}

“O leal povo de Deus é a luz do mundo e o sal da Terra, e devem ter sempre em mente que sua influência tem valor. Se trocarem um vestido comprido demais por outro curto demais, destruirão grande parte de sua influência. Os descrentes, a quem é seu dever beneficiar e procurar conduzir ao Cordeiro de Deus, ficariam desgostosos com isso. Muitos melhoramentos podem ser feitos no vestuário feminino com relação à saúde, sem que sejam procedidas mudanças tão grandes que ofendam os observadores. – {T1 460.2}

“A forma do corpo não deveria ser comprimida, no mínimo que fosse, com espartilhos e cintas. O vestido deve ser totalmente confortável, para que os pulmões e o coração possam desempenhar ação saudável. O vestido deve atingir um pouco abaixo da parte alta da bota, mas curto o suficiente para não varrer a sujeita das ruas e calçadas, sem precisar erguê-lo com a mão. Um vestido ainda mais curto do que esse seria apropriado, conveniente e saudável para as mulheres quando nas lides domésticas, especialmente para as que são obrigadas a executar trabalho ao ar livre. Com esse modelo de vestido, uma saia leve ou duas, no máximo, abotoadas na cintura ou presas por alças, é tudo o que é necessário. Os quadris não foram feitos para suportar grandes pesos. As saias pesadas que algumas mulheres usam, forçam os quadris para baixo e têm sido causa de várias doenças difíceis de ser curadas. As sofredoras parecem ignorar a razão de seus padecimentos e continuam a violar as leis de seu ser, comprimindo a cintura e usando saias pesadas, até que se tornam inválidas por toda a vida. Quando lhes é apontado o erro, muitas exclamam prontamente: ‘Ora, pois, tal tipo de vestido seria fora de moda!’ E se for assim? Eu desejaria que fôssemos antiquadas a respeito de muitas coisas. Se tivéssemos a antiga força que caracterizou as antigas mulheres das gerações passadas, seria bem melhor. Não falo desavisadamente quando digo que o modo como as mulheres se vestem, junto com sua condescendência com o apetite, são a maior causa de sua presente fraqueza e mórbida condição. Existe apenas uma entre mil que protege seus membros como deveria. Qualquer que seja o comprimento do vestido, as mulheres devem agasalhar os membros tão completamente como os homens. Isso pode ser feito usando-se calças forradas, franzidas por cordões presos ao redor dos tornozelos, ou calças largas que se afinam na parte inferior. Devem elas ser suficientemente compridas para atingir o nível dos calçados. As pernas e tornozelos são assim protegidos contra as correntes de ar. Se os pé e membros forem mantidos confortáveis com agasalhos quentes, a circulação será uniforme e o sangue se manterá puro e saudável, sem sofrer esfriamento ou bloqueios em sua passagem natural através do sistema circulatório. – {T1 460.3} (onde está a página 461?)

A principal dificuldade na mente de muitos é o comprimento do vestido. Alguns insistem em que a expressão “o cano da bota” faz referência ao alto das botas usadas pelos homens, que alcançam quase até os joelhos. Se fosse costume das mulheres usar tais botas, então essas pessoas não teriam responsabilidade em entender o assunto dessa maneira. Mas as mulheres geralmente não usam tais botas. Elas, portanto, não têm o direito de entender como pretendem o que escrevi. – {T1 462.1}

Para mostrar o que eu quis dizer e que há harmonia em meus testemunhos sobre o assunto, apresento aqui um trecho de meus manuscritos redigidos há cerca de dois anos: – {T1 462.2}

“Desde que foi impresso em meu livro How to Live um artigo sobre vestuário, têm havido alguns que estão interpretando mal a idéia que eu quis comunicar. Eles têm levado a extremos o significado do que eu quis dizer com respeito ao comprimento do vestido, e evidentemente acharam difícil a questão. Com seus pontos de vista distorcidos sobre o assunto, discutiram a questão do encurtamento do vestido, até que sua visão espiritual tornou-se tão confusa que só podem ver os homens “como árvores que andam”. Marcos 8:24. Pensavam ter achado contradições entre meu artigo sobre vestuário, recentemente publicado em How to Live, e o artigo sobre o mesmo assunto editado no Testemunho Para Igreja n 10. Devo afirmar que sou a melhor juíza das coisas que me foram apresentadas em visão, e ninguém precisa temer que eu contradiga meu próprio testemunho, ou não tenha percebido alguma contradição real nas visões que me foram dadas. – {T1 462.3}

“Em meu artigo sobre vestuário em How to Live procurei apresentar um estilo saudável, conveniente, econômico, modesto e apropriado para uso das mulheres cristãs, se assim o escolherem. Tentei, talvez imperfeitamente, descrever tal vestido: ‘O vestido deve ficar levemente abaixo do cano da bota, curto o suficiente para não roçar a sujeira das calçadas e ruas, sem ser preciso levantá-lo com a mão.’ Alguns contestam que pela expressão ‘cano da bota’, eu me referi às botas masculinas. Mas por ‘cano da bota’ intentei dizer botas ou polainas comumente usadas pelas mulheres. Houvesse eu imaginado que seria mal-entendida, teria escrito mais claramente. Se as mulheres tivessem o hábito de usar botas de cano alto como os homens, eu poderia ver desculpa suficiente para essa interpretação errônea. Penso, porém, que o texto é bastante claro, e que ninguém precisa ficar em dúvida. Por favor, leiam outra vez. ‘O vestido deve ficar pouco abaixo do cano da bota.’ Agora, notem as qualificações: ‘Deve, entretanto, ser suficientemente curto para não roçar a sujeira das calçadas e ruas, sem ser preciso levantá-lo com a mão. Um vestido ainda mais curto do que esse seria próprio, conveniente e saudável para as mulheres quando em suas lides domésticas, especialmente para as que são obrigadas a executar algum trabalho ao ar livre.’ – {T1 462.4}

“Não posso encontrar desculpa razoável para as pessoas entenderem mal e perverterem o que eu quis dizer. Ao falar do comprimento do vestido, se eu quisesse me referir às botas de cano alto que chegam quase até os joelhos, por que teria acrescentado ‘conquanto deva ser suficientemente curto para não roçar a sujeira das calçadas e ruas, sem ser preciso levantá-lo com a mão’? Se quisesse referir-me a botas de cano alto, o vestido seria logicamente curto para não roçar a sujeira da rua sem ser erguido, e suficientemente curto para todas as atividades. Circulam informações de que a ‘irmã White usa o traje americano’, e que esse estilo de vestimenta é geralmente usado pelas irmãs de Battle Creek. Lembrei-me agora de um provérbio que diz: ‘Uma mentira dá volta ao mundo enquanto a verdade põe as botas.’ Uma irmã me disse muito seriamente que temia que o traje americano estivesse para ser adotado pelas irmãs guardadoras do sábado, e que se essa moda se tornasse uma imposição, ela não a aceitaria, pois jamais concordaria em usar tal vestido. – {T1 463.1}

“Com relação ao uso de vestido curto, gostaria de dizer que tenho apenas um, que não é senão um dedo mais curto do que os vestidos que normalmente uso. Visto-o ocasionalmente. Eu me levantava cedo no inverno, e pondo meu vestido curto [o vestido cujo comprimento fica a poucas polegadas do chão], que não necessitava ser erguido com a mão para não se arrastar na neve, fazia vigorosas caminhadas de dois a três quilômetros antes do desjejum. Usei-o várias vezes para ir ao Escritório, quando era obrigada a andar pela neve pouco densa, úmida e barrenta. Quatro ou cinco irmãs da igreja de Battle Creek fizeram para si vestidos curtos para usar quando empenhadas em lavar roupa ou na limpeza da casa. Um vestido assim nunca é usado quando saímos pelas ruas de Battle Creek nem nas reuniões. Minhas visões pretendiam corrigir a moda atual — os vestidos longos demais que se arrastam pelo chão, bem como os vestidos curtos demais que chegam à altura dos joelhos e que são usados por certos grupos. Foi-me mostrado que devemos evitar ambos os extremos. Usando o vestido até a altura do cano da bota da mulher, mais ou menos, evitaremos os males do vestido extremamente longo, e escaparemos aos males e notoriedade do vestido extremamente curto. – {T1 464.1}

“Gostaria de aconselhar aquelas que fazem para si mesmas vestidos curtos para o trabalho caseiro, a mostrarem bom gosto e simplicidade. Que sejam vestidos de bom caimento. Mesmo que destinados às lides domésticas, devem ser convenientes e ter talhe segundo um modelo. Irmãs, quando trajando vestidos para o trabalho do lar, não usem aqueles que as faria parecer um espantalho para afastar os pássaros-pretos do milharal. É mais agradável a seus maridos e filhos, do que a visitantes e estranhos, vê-las em traje adequado. Algumas esposas e mães parecem pensar que não tem importância sua aparência no trabalho caseiro, quando são vistas apenas por sua família. Mas são muito cuidadosas em se vestir com elegância para os olhos dos outros. Não devem o amor e a estima do marido e dos filhos serem mais prezados do que a simpatia de estranhos e amigos comuns? A felicidade do marido e dos filhos deveria ser de mais valor para a esposa e mãe do que a de todos os outros. As irmãs não devem, em tempo algum, usar roupas extravagantes, mas trajar-se sempre asseada, modesta e saudavelmente, conforme seu trabalho o permitir.” O traje aqui descrito, cremos, é digno do nome de vestido curto reformado. Está sendo adotado no Instituto Ocidental da Reforma de Saúde, por algumas das irmãs de Battle Creek, e também em outros lugares onde o assunto é devidamente exposto ao povo. Em total oposição a esse sóbrio vestido, acha-se o chamado traje americano, parecendo mais com os trajes masculinos. Consiste de colete, calças e uma peça semelhante a um casaco, que vai até a metade da coxa. Oponho-me a esse tipo de vestimenta, pois me foi mostrado como estando em desacordo com a Palavra de Deus, enquanto que recomendo o outro como modesto, confortável, conveniente e saudável. – {T1 464.2}

Outra razão pela qual chamo novamente a atenção para o assunto do vestuário, é que uma entre vinte irmãs que professam crer nos Testemunhos, deu o primeiro passo na reforma do vestuário. Poderá ser dito que a irmã White usa em público vestidos mais longos do que ela recomenda aos outros. A isso respondo: Quando visito um lugar para falar ao povo onde o assunto é inédito e existe preconceito, penso ser melhor tomar cuidado e não cerrar os ouvidos do povo usando um vestido que lhes causaria desagrado. Mas depois de expor-lhes o assunto e explicar-lhes completamente minha posição, apresento-me perante eles com o vestido reformado, que bem ilustra meus ensinamentos. – {T1 465.1}

Quanto ao uso de saias-balão, a reforma do vestuário está inteiramente à frente delas. Não pode adotá-las. É na realidade muito tarde para falar sobre o uso de saias-balão, sejam grandes ou pequenas. Minha posição a esse respeito é justamente a que sempre foi, e espero não ser responsabilizada pelo que outros possam dizer sobre o assunto, ou pela conduta adotada por aquelas que as usam. Faço objeções contra a distorção que fazem de minhas conversas particulares sobre o assunto, e peço que seja observado como minha assentada posição aquilo que escrevi e publiquei a respeito. – {T1 465.2}

Alguns que crêem na verdade podem pensar que seria mais saudável para as irmãs adotarem o traje americano, contudo, se esse traje prejudicar nossa influência sobre os descrentes, de modo que nosso acesso a eles seja impedido, não deveríamos adotá-lo de jeito algum, ainda que sofrêssemos muito em conseqüência. Alguns, porém, se enganam ao pensar que há muitos benefícios nesse vestuário. Embora se demonstre um beneficio para alguns, é prejudicial a outros. Vi que a ordem divina tem sido invertida e Suas instruções específicas desatendidas por aqueles que adotam o traje americano. Minha atenção foi chamada para: “Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus.” Deuteronômio 22:5. Deus não deseja que Seu povo adote o assim chamado vestuário da reforma. Ele é um traje imodesto, totalmente inadequado às humildes seguidoras de Cristo. – {T1 421.1}

Cremos não estar de conformidade com a nossa fé vestir-se de acordo com o traje americano, usar saias-balão, ou ir ao extremo de vestir compridos vestidos que varrem as calçadas e ruas. Caso as mulheres usassem seus vestidos deixando um espaço de uma ou duas polegadas entre a sujeira das ruas, seus vestidos seriam mais modestos, e poderiam ser conservados limpos muito mais facilmente e durante mais tempo. Esses vestidos estariam de conformidade com a nossa fé. Tenho recebido diversas cartas de irmãs perguntando minha opinião a respeito de usar saias de alça. Essas perguntas foram respondidas em uma carta que enviei a uma irmã em Wisconsin. Transcreverei esta carta para o benefício de outras pessoas. – {T1 424.1}

“Como um povo, não cremos que nosso dever de sair do mundo seja estarmos fora da moda. Se temos um tipo de vestuário de bom gosto, natural, modesto e confortável, e jovens descrentes escolhem vestir-se como o fazemos, devemos mudar essa maneira de vestir-nos a fim de ser diferentes do mundo? Não, não devemos ser excêntricos ou singulares em nosso vestuário para diferir do mundo, temendo que nos desprezem por assim fazermos. Os cristãos são a luz do mundo e o sal da Terra. Seu vestuário deve ser simples e modesto, sua conversação pura e celestial, intocável o seu comportamento. – {T1 424.2}

“Como nos vestiremos? Se alguém usasse pesadas saias acolchoadas antes da introdução das saias-balão, apenas para mostrar-se, e não para conforto, pecaria contra si mesmo prejudicando sua saúde, a qual lhe cumpre preservar. Se alguém as usar agora apenas para imitar as saias-balão, comete pecado; pois está procurando imitar uma moda vergonhosa. Saias presas com alças foram usadas antes que se introduzissem as saias-balão. Tenho usado uma saia leve de alças desde que eu tinha catorze anos de idade, não para exibir-me, mas pelo conforto e decência. Pelo fato de terem sido introduzidas as saias-balão não deixarei por elas a minha saia de alças. Devo eu pô-la de lado agora porque a moda das saias-balão é introduzida? Não; isso seria levar o assunto a extremo. – {T1 425.1}

“Cumpre-me ter sempre em mente que devo ser um exemplo, e portanto não devo correr atrás desta ou daquela moda, mas seguir uma conduta uniforme e independente e não ser induzida a extremos com relação ao vestuário. Pôr de lado minha saia de alças que foi sempre modesta e confortável, e pôr-me em uma fina saia de algodão, e dessa maneira parecer ridícula em outro extremo, seria um erro, pois assim eu não seria um exemplo correto, mas poria um argumento na boca das que usam saia-balão. Para se justificarem por usar saias-balão elas poderiam apontar-me como alguém que não as usa, e dizer que não se desonrariam daquela maneira. Ao irmos a tal extremo, destruiríamos toda influência que de outro modo poderíamos ter exercido, e levaríamos as que usam saias-balão a justificarem sua conduta. Devemos vestir-nos modestamente, sem a mínima consideração para com a moda da saia-balão. – {T1 425.2}

“Existe uma posição intermediária nestas coisas. Oh! possamos todos encontrar sabiamente essa posição e conservá-la! Que todos examinemos nosso coração e neste tempo solene, arrependamo-nos dos nossos pecados e nos humilhemos diante de Deus. A obra está entre Deus e o próprio coração. É uma obra individual, e todos têm muito o que fazer sem ser criticar o vestuário, os atos e os motivos de seus irmãos e irmãs. “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” Sofonias 2:3. Eis nossa obra. Não é aos pecadores que se dirige esta mensagem, mas a todos os mansos da Terra, que põem por obra o Seu juízo, ou que guardam os Seus mandamentos. Há trabalho para todos, e se todos obedecerem veremos uma suave união nas fileiras dos guardadores do sábado.” – {T1 425.3}

Enquanto muitas das jovens adotaram esse traje [o traje da reforma que estava de acordo com a vontade de Deus], algumas se empenharam em evitar a cruz condescendendo com adornos extras, tornando-o assim uma maldição em vez de bênção. Àquelas que o adotaram relutantemente, por um senso de dever, tornou-se ele um jugo pesado. Outras ainda, que eram aparentemente as reformadoras mais zelosas, manifestaram uma triste falta de ordem e capricho em seu traje. Ele não fora feito segundo o modelo aprovado. Algumas tinham um traje variado — vestido de um tecido, casaco de outro e calças de outro ainda. Outras usavam saia longa demais, de modo que apenas uma polegada da calça podia ser vista, tornando-se assim um traje desproporcional e de mau gosto. Esses trajes grotescos e desleixados desgostaram muito as que se agradariam com a apropriada reforma do vestuário. – {T4 636.4}

Há ainda outra moda de vestido que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje. Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário. – {ME2 477.7}

Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deuteronômio 22:5: “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus.” Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres. As posições extremas assumidas por alguns reformadores do vestuário sobre este assunto anulam sua influência. – {ME2 477.8}

Em alguns lugares há grande oposição ao vestido curto [leia todo o capítulo para compreender do que se trata este vestido]. Mas quando vejo alguns modelos usados pelas irmãs, não me espanto de que o povo esteja escandalizado, condenando o traje. Onde o vestido é apresentado como deveria ser, todas as pessoas sinceras são constrangidas a admitir que ele é modesto e conveniente. Tenho visto em algumas de nossas igrejas todos os tipos de vestidos da reforma, todavia, nenhum atende à descrição que me foi apresentada. Alguns vestidos aparecem com calças brancas de musselina, mangas brancas, enfeites de musselina negra e uma bata sem mangas, do mesmo tecido do vestido. Algumas têm um vestido de morim com calças cortadas segundo seus próprios moldes e não segundo o “modelo”, sem goma ou entretela para lhes dar forma, e bem apertado nos membros. Certamente esses vestidos nada têm de bom gosto ou simplicidade. Eles não se recomendam a pessoas sensíveis e de bom discernimento. Em todos os sentidos da palavra, é um vestido deformado. – {T1 521.3}

Para aqueles que coerentemente adotaram o vestido da reforma, apreciando suas vantagens, e alegremente colocando-se em oposição ao orgulho e à moda, ele se provou uma bênção. Quando apropriadamente feito, é um vestuário coerente e adequado, e recomenda-se às pessoas mentalmente sinceras, mesmo entre aqueles que não são de nossa fé. – {T4 635.2}

Pode ser feita a pergunta: “Por que esse vestido foi deixado de lado? E por que razão a reforma do vestuário deixou de ser defendida?” Em poucas palavras declararei a razão para essa mudança. Embora muitas de nossas irmãs aceitassem essa reforma por princípio, outras se opuseram ao estilo simples e saudável de vestuário que ela defendia. Requeria muito esforço introduzir essa reforma entre o nosso povo. Não foi suficiente apresentar perante nossas irmãs as vantagens de tal vestido, e convencê-las de que obteriam a aprovação de Deus. A moda tinha tão forte domínio sobre elas, que foram vagarosas em desligar-se de seu controle, até mesmo de obedecer aos ditames da razão e da consciência. E muitas que professavam aceitar a reforma não fizeram mudança em seus hábitos errôneos de vestuário, exceto em encurtar as saias e cobrir os membros. – {T4 635.3}

Isso não foi tudo. Algumas que adotaram a reforma não estavam contentes em mostrar pelo exemplo as vantagens do vestuário, dando, quando indagadas, suas razões por adotá-lo, e deixando que a questão aí parasse. Buscavam controlar a consciência de outros por sua própria. Se o adotavam, outros deveriam adotá-lo. Esqueceram-se de que ninguém era obrigado a usar o vestido da reforma. – {T4 636.1}

Não era meu dever impor o assunto às minhas irmãs. Após apresentá-lo a elas, como me fora mostrado, deixei-o a seu critério. O ato de reformar é sempre acompanhado de sacrifício. Requer que o amor ao conforto, o interesse egoísta e a concupiscência da ambição sejam mantidos em sujeição aos princípios do que é correto. Quem quer que tenha a coragem de reformar encontrará obstáculos. O conservadorismo daqueles cujos negócios ou prazer lhes colocam em contato com os defensores da moda e que perderão sua posição social pela mudança, opor-se-á a tal pessoa. – {T4 636.2}

Muito sentimento infeliz foi suscitado por aqueles que estavam constantemente impondo a reforma do vestuário sobre suas irmãs. Com os extremistas, essa reforma parecia constituir a síntese e a substância de sua religião. Era o tema de conversação e a preocupação de seu coração; e a mente deles era assim desviada de Deus e da verdade. Deixaram de abrigar o espírito de Cristo e manifestaram uma grande falta de verdadeira cortesia. Em vez de apreciar o traje por suas reais vantagens, pareciam orgulhar-se de sua singularidade. Talvez nenhuma questão tenha jamais surgido entre nós que ocasionasse tal desenvolvimento de caráter como a reforma do vestuário. – {T4 636.3}

Enquanto muitas das jovens adotaram esse traje [traje da reforma], algumas se empenharam em evitar a cruz condescendendo com adornos extras, tornando-o assim uma maldição em vez de bênção. Àquelas que o adotaram relutantemente, por um senso de dever, tornou-se ele um jugo pesado. Outras ainda, que eram aparentemente as reformadoras mais zelosas, manifestaram uma triste falta de ordem e capricho em seu traje. Ele não fora feito segundo o modelo aprovado. Algumas tinham um traje variado — vestido de um tecido, casaco de outro e calças de outro ainda. Outras usavam saia longa demais, de modo que apenas uma polegada da calça podia ser vista, tornando-se assim um traje desproporcional e de mau gosto. Esses trajes grotescos e desleixados desgostaram muito as que se agradariam com a apropriada reforma do vestuário. – {T4 636.4}

(alguns textos acima parecem ser repetidos, mas foram colocados porque eram de capítulos ou livros diferentes)

ARGUMENTOS A FAVOR DO USO DE CALÇAS
Na época em que Moisés escreveu o que está registrado em Deuteronômio 22:5, não existia calça comprida. Os trajes de homens e mulheres eram bem parecidos, havendo apenas alguns detalhes que promoviam a diferença, como a roupa íntima. O objetivo deste texto bíblico era proibir o homossexualismo.
Na década de 60, algumas peças de uso comum dos homens entraram para o guarda-roupa feminino, entre elas as calças. Homens e mulheres usam várias roupas semelhantes, como camisa, colete, chapéu, camiseta, meia, cachecol, casaco, blazer, calça… mas essas peças possuem características em seu corte e modelagem que promovem a diferenciação para o público feminino e masculino.
O que é condenado em Deuteronômio 22:5 é que as mulheres utilizem roupas que são confeccionadas para o público masculino, e que homens utilizem roupas confeccionadas para o público feminino, em cada época e cultura.
Ellen White orienta as mulheres a protegerem o membros inferiores da friagem utilizando calças: “Seja qual for o comprimento do vestido, devem as mulheres vestir seus membros tão cabalmente como os homens. Isso se pode fazer usando calças forradas, terminadas num cadarço preso aos tornozelos, ou calças amplas, estreitando para os pés; e estas devem ser bastante compridas para ir até aos sapatos.” (E.White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 478)

O uso da calça comprida para as mulheres deve seguir os mesmos princípios orientadores do uso de saias ou vestidos. A calça deve ser decente, modesta e feminina.
Vivemos numa cultura onde o uso de calça por mulheres não está associado à homossexualidade. Desta forma, a distinção entre os sexos não é comprometida pelo uso desse tipo de vestimenta.
Se uma mulher não quer usar calça, não é pecado, desde que sua saúde e decência não sejam comprometidas. No caso da saúde, ela deve aquecer adequadamente suas pernas, e no caso da decência, deve cuidar em não realizar atividades que exponham seu corpo (exemplo: uma operária feminina usar saia para trocar lâmpadas de postes).

Os princípios presentes na Bíblia e no Espírito de Profecia a respeito da roupa, dizem respeito aos seguintes aspectos: Modéstia, Saúde e Decência. “O amor ao vestuário põe em perigo a moral e torna a mulher o oposto da senhora cristã, caracterizada pela modéstia e a sobriedade. A roupa aparatosa, extravagante, encoraja muitas vezes o sensualismo no coração do que a usa, e desperta as paixões inferiores no coração do observador. Deus vê que a ruína do caráter é freqüentemente precedida pela condescendência com o orgulho e a vaidade no vestir. Nota Ele que o vestuário dispendioso sufoca o desejo de fazer o bem.” (Conselhos Sobre Saúde, p. 602) “Toda peça de roupa deve ser modesta e simples, sem adornos desnecessários, para que assim possa haver pouco trabalho para lavá-la e passá-la a ferro. Deve especialmente cada peça que entra em contato com a pele ser conservada limpa e livre de qualquer odor ofensivo. Coisa alguma de caráter irritante deve tocar o corpo das crianças, nem se deve permitir que sua roupa os aperte de qualquer maneira. Caso se desse mais atenção a esse assunto, muito menos impureza seria praticada. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 142.” (Orientação da Criança, p. 462). Deste modo, o problema não é usar calça, mas que calça usar. Da mesma forma como muitas saias e vestidos podem ser inadequados, a calça pode ser uma peça modesta, decente e que não gere prejuízos à saúde. Contudo é preciso sabedoria e discernimento para escolher a calça certa.

Existem atividades que não podem ser realizadas de saia, pois podem representar risco de acidente ou expor o corpo da mulher. Mas existem situações em que a calça também não convém, como na Igreja.

Quanto ao uso de calça na igreja, talvez a questão seja mais relacionada ao costume que existe em nossa Igreja, e o problema maior seja escandalizar irmãos e irmãs que não concordam com o uso de calça na Igreja. E aqui entra um sábio conselho: “Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.” Romanos 14:13. Além do mais, ao utilizarmos saias para ir a igreja, as pessoas nos identificam como cristãs e damos nosso testemunho.

ARGUMENTOS CONTRA O USO DE CALÇAS
Apesar das roupas atuais serem diferentes das roupas utilizadas no tempo em que Moisés escreveu o que está em Deuteronômio 22:5, o princípio descrito ali se aplica não apenas ao comportamento de vestir-se com roupas confeccionadas para o sexo oposto, como também utilizar vestuário que tenha o propósito de reduzir as semelhanças entre os gêneros masculino e feminino.

O uso de calça comprida, ainda que não violassem o princípio de Deuteronômio 22:5, violaria o princípio da decência apresentado em I Timóteo 2:9-10. Isto porque as calças ditas femininas, em geral, possuem uma modelagem que expõe a forma do corpo feminino, especialmente dando mais visibilidade ao bumbum e às coxas e algumas vezes marcando a região genital. Apenas alguns modelos de calças, mais folgadas (como algumas que se assemelham a saias) não produzem este efeito, mas estas muito raramente são usadas.

Quando a profetiza Ellen White escreveu acerca da reforma do vestuário, ela buscou corrigir 3 problemas que ocorriam no vestuário daquela época: (1) saias e vestidos muito compridos que se arrastavam no chão; (2) saias e vestidos muito curtos, que não chegavam à altura dos joelhos; (3) o traje americano, que tornava o vestuário da mulher semelhante ao dos homens, e era fruto de um ideal feminista de igualdade de sexos.

Ao reprovar o uso do traje americano, que era composto, entre outras coisas pelo uso da calça comprida no lugar da saia (ou até mesmo embaixo desta, sendo a saia num comprimento inadequado), Ellen White não declara uma reprovação de Deus ao fato de as mulheres estarem usando roupas de homens, mas roupas semelhantes às dos homens, que eliminavam a clara distinção dos sexos. “Há uma crescente tendência de as mulheres usarem vestuário e adotarem aparência mais semelhantes aos do sexo oposto e escolherem seus trajes bem parecidos com os dos homens. Mas Deus declara que isso é abominação. ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.’ 1 Timóteo 2:9. – {T1 457.2}

A inserção da calça (como peça que substituísse a saia, ou fosse usado sob uma saia de tamanho inadequado) no vestuário feminino, estava diretamente relacionada aos ideais da luta feminista por direitos das mulheres (especialmente pela igualdade de sexos). A luta feminista não está de acordo com a nossa fé, e portanto devemos tomar cuidado com suas influências, seja no estilo de vida, nos modelos de relacionamentos amorosos, como também no vestuário.

Ainda que algumas pessoas pensem que hoje o uso da calça não está mais associado ao movimento feminista. A moda permanece vinculada aos movimentos de gênero e suas lutas. Nos últimos anos, por exemplo, em paralelo ao aumento das lutas promovidas pelo movimento LGBT vemos também a inserção de cores, estampas e cortes nas roupas masculinas muito semelhantes ao que era utilizado, até então, na moda feminina. O uso da calça comprida, assim como outras peças de vestuário que tornaram-se mais populares entre as mulheres nos últimos anos (pois até algumas décadas atrás não era bem vista a mulher que as usassem), permanecem como símbolos das conquistas feministas, especialmente da libertação do corpo da mulher da submissão a que era submetida (e que conhecemos ser bíblica, ainda que muitos homens tenham pecado levando a extremos).
O uso da calça comprida orientado pelo Espírito de Profecia não é em substituição à saia, mas junto com a saia, sendo esta última dentro dos padrões de comprimento revelados por Deus. Ellen White orienta as mulheres a protegerem o corpo do frio, e entre outras coisas recomenda o uso da calça comprida embaixo das saias e dos vestidos. Nunca em substituição. “Qualquer que seja o comprimento do vestido, as mulheres devem agasalhar os membros tão completamente como os homens. Isso pode ser feito usando-se calças forradas, franzidas por cordões presos ao redor dos tornozelos, ou calças largas que se afinam na parte inferior. Devem elas ser suficientemente compridas para atingir o nível dos calçados.” {T1 460.3}. Desta forma, de acordo com a necessidade do organismo, devido ao clima, a calça não só pode como deve ser usada, juntamente com a saia.

A compreensão de que o uso de saia como peça principal e da calça como peça acessória, compõe o vestuário feminino do dia a dia, torna coerente o fato de que na igreja usemos saias e vestidos ao invés de calças. O não uso da calça na igreja não se dá por mera tradição, mas por este não ser o vestuário recomendado às mulheres cristãs. O testemunho que damos através do uso da saia não deve ser dado apenas nos dias de culto, mas todos os dias.

NINGUÉM DEVE SERVIR DE CONSCIÊNCIA PARA NINGUÉM
“De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.” Romanos 14:12-13

“Em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre. Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e seguir suas próprias convicções. “Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12. Ninguém tem direito de imergir sua individualidade na de outro. Em tudo quanto envolve princípios, “cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo”. Verso 5. No reino de Cristo não há nenhuma orgulhosa opressão, nenhuma obrigatoriedade de costumes. Os anjos do Céu não vêm à Terra para mandar e exigir homenagens, mas como mensageiros da misericórdia, a fim de cooperar com os homens em erguer a humanidade.” – {MCP2 707.3}

Independente de entendermos que o uso da calça comprida como peça substitutiva da saia é adequado ou inadequado, não devemos servir de consciência para ninguém, nem julgarmos a fé de nossas irmãs com base no que cremos. Cada uma de nós dará conta de si mesma a Deus, e nossa preocupação deve ser estar em conformidade com a luz que recebemos, pois é segundo esta luz que somos julgadas por Deus.

ESSE NÃO DEVE SER O PRINCIPAL ASSUNTO QUE OCUPE NOSSAS MENTES E NOSSAS PREGAÇÕES
O vestuário como um todo não deve ser o centro de nossa religião, nem de nossas pregações. Ainda que em algum momento este assunto seja estudado e pregado, ele não deve ser o tema principal.
Fazemos bem em adotar a mesma postura que a irmã White adotou após pregar a mensagem da reforma do vestuário como lhe foi dado a pregar: “Não era meu dever impor o assunto às minhas irmãs. Após apresentá-lo a elas, como me fora mostrado, deixei-o a seu critério.” {T4 636.2}


Ainda que o povo de Deus ande em diferentes passos no que diz respeito à reforma (não apenas do vestuário, mas toda e qualquer reforma), o Senhor deseja que tenhamos unidade. A luz é progressiva, e cada um deve caminhar de acordo com a luz que recebeu. Enquanto Deus tem trabalhado com alguns no que diz respeito ao vestuário, com outros Ele tem atuado para modificar hábitos alimentares, ou a forma com que tratam os recursos financeiros sobre os quais Ele lhe colocou como mordomos, ou tantos outros aspectos do dia a dia que devem se conformar com Sua santa vontade. Mesmo as reformas urgentes que precisamos fazer, e a unidade de pensamento que devemos ter como povo, não devem ser impostas. Devemos respeitar o momento espiritual em que cada pessoa se encontra, cuidando sempre para não sermos negligentes com a luz que recebemos, pois esta negligência interrompe o processo de santificação, pelo qual precisamos passar, e sem o qual, ninguém verá a Deus (Hebreus 12:14) – “A obra da santificação é obra de uma vida inteira; tem de prosseguir constantemente; essa obra, entretanto, não pode prosseguir no coração enquanto for rejeitada ou negligenciada a luz sobre qualquer parte da verdade.” {ME1, 317.2}

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O ser humano "ama" idolatrar


Existe um fenômeno que sempre me intrigou: o desejo que algumas pessoas sentem de viverem na "pele" de outra pessoa, em especial, das chamadas "celebridades".

É muito comum vermos pessoas que fazem de tudo para se parecerem com seus ídolos. Quantos não deixam o cabelo crescer, usam ternos com ombreiras enormes, andam com trejeitos peculiares, apenas para serem reconhecidos como fâs de ROBERTO CARLOS?!

Outros deixam barba, cabelo e bigodes iguaizinhos aos de RAUL SEIXAS, seu ídolo.

Na época de luto por MICHAEL JACKSON, seus "sósias" apareceram frequentemente, mostrando o quanto se esforçam para ficarem iguais a ele.

Poderíamos falar também de ELVIS PRESLEY, MADONA, AMY WHINEHOUSE, MARILYN MONROE, RONALDO "FENÔMENO" (lembram quando ele usou aquele corte de cabelo ridículo na Copa, e muitos jovens começaram a imitar o "bigodinho na testa" do "Cascão"? rsrs), NEYMAR (o cabelo dele tem se tornado "moda" entre seus fãs)... e muitos outros.

Há, ainda, aquela fase da vida em que muitos querem parecer que são diferentes, mas na verdade, acabam ficando iguais à "turma". Até os que preferem os visuais exóticos, como Punks, Emos, Skinheads, etc., findam buscando uma identificação visual com aqueles que são do seu grupo, da sua turma. Querem ser diferentes, mas se tornam iguais aos seus "ídolos". Atualmente está a fase ridícula das barbas de "lenhador"... é todo mundo querendo ser diferente, mas igual.

Até no meio evangélico moderno existem aqueles que imitam seus "ídolos" sem nenhum constrangimento. Basta ir em alguma dessas igrejas neo-pentecostais (ou acompanhar um de seus programas na TV) para ver como seus "pastores presidentes" são imitados pelos seus liderados.
- Seja no sotaque (quase sempre, carioca) forçado e esganiçado;
- Seja no uso dos surrados "bordões", do tipo: "meu amigo, minha amiga...";
- Seja no jeito de esticar os dedos das mãos, iguais ao "bispo-chefe";
- Seja na moda recente das abotoaduras e pulseiras de ouro, toalhas, chapéu, etc.

Até entre os Adventistas há aqueles que procuram imitar seus "ídolos"
- Seja pregando no estilo do Pr. Bullón, por exemplo (alguns imitam até o portunhol...rsrs);
- Seja imitando às sopranos, barítonos ou tenores que se destacam no cenário nacional (já viram como alguns imitam aquelas "curvinhas na voz" que um famoso cantor Adventista/gospel da atualidade gosta de cantar em suas músicas?);
- Seja cortando o cabelo, fazendo a barba/cavanhaque/costeleta que está no moda.
Enfim... no final, o que importa é ficar igual ao "ídolo".

Todas estas pessoas deixam de viverem sua própria vida, seu próprio "eu", sua própria personalidade... para viverem o estilo de outra pessoa que, muitas vezes (no caso do meio artístico secular), têm um padrão de vida devasso, imoral e deturpado.

O Ídolo de Paulo

Segundo a Bíblia, Paulo também tinha Alguém em Quem ele se espelhava. Mas o apóstolo da graça não se interessava em usar o mesmo cabelo, o mesmo tipo de roupa, o mesmo padrão de voz ou linguagem que seu "Modelo" utilizava.

O que Paulo queria, mesmo, era ser reconhecido como alguém que vivia segundo os mesmos princípios nobres e santos, pelos quais seu Ídolo viveu e morreu. Paulo sabia que, mais importante que vestir a mesma roupa, era ter o mesmo "coração" de Jesus.

E ele fez um convite para que nós, eu e você, sigamos seu exemplo, e imitemos este divino Molde (cf. 1Cor. 4:16; Efés. 5:1; Filip. 3:17; 1Tess. 1:6; 2:14; Heb. 6:12).

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1Cor. 11:1).

Que conselho maravilhoso! Só poderia ter saído dos lábios de alguém completamente entregue ao serviço de Cristo! Nada de presunção, de orgulho próprio, de vaidade, soberba... nada! Mas o reflexo de um desejo humilde e sincero de que seus "irmãos na fé" imitassem Aquele que era o motivo de suas existências - nosso Senhor e Salvador Jesus.

Quão bom seria se, em vez de querermos imitar os homossexuais da TV, as lésbicas dos hits musicais, os depravados do Futebol, os ateus de Hollywood, os devassos do design de moda... nós seguíssemos o conselho de Paulo e imitássemos Àquele que nos amou a tal ponto de sacrificar-Se por nós!

Quão bom seria se imitássemos Seu jeito manso e humilde de lidar com o pecador... Seu espírito misericordioso e divino em perdoar... Sua atitude nobre e positiva em tratar o semelhante!

Seria muito bom se O copiássemos em todos os aspectos, não meramente físicos, estéticos ou exteriores... mas no aspecto interior de Sua alma, de Seu ser!


Com certeza o mundo veria menos imitadores do que é mau, passageiro e imoral... e conheceria mais exemplos de imitadores do Bem, do que é eterno e edificante.