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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Honrar os pais: um dever de cada filho e filha

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O professor e escritor Tiago Augusto da Cunha registrou a seguinte frase: “meu pai me levou em seus braços quando criança; chegou o momento de eu levá-lo”. Por sua vez, atribui-se a George Washington, primeiro presidente norte-americano, estas palavras tocantes: “Minha mãe foi a mulher mais bela que conheci. Todo o que sou, devo à minha mãe. Atribuo todos meus sucessos nesta vida ao ensino moral, intelectual e físico que recebi dela”.

Se você, leitor, tivesse de criar uma frase que resumisse seu sentimento em relação aos seus pais, o que você diria? Eu não sei o que você diria, mas eu sei como deveríamos tratar os nossos pais. Está escrito em Êxodo 20:12: “ “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”.

O relacionamento entre pais e filhos é universal; talvez o único relacionamento verdadeiramente universal, porque não são todos que se casam, e não são todos que chegam a ser pais. Mas todos somos filhos e filhas. Por isso o mandamento é para os filhos, e não para os pais.

Observe que o mandamento não diz “obedeça ao seu pai e à sua mãe”. O mandamento diz “honre ao seu pai e à sua mãe”. Qual é a diferença entre obedecer e honrar nossos pais? Obedecer significa concordar em fazer algo, concordar em ser conduzido, sem necessariamente respeitar a pessoa a quem estamos obedecendo, sem necessariamente ter estima por ela. Um filho pode obedecer aos pais sem tê-los em alta consideração. Obedece por medo, por pressão, por obrigação.

Honrar tem um significado bem mais amplo: valorizar, considerar altamente, ter em grande estima, respeitar. O mandamento afirma “honre” – e não “obedeça” – porque os filhos até podem obedecer sem honrar, mas jamais podem honrar sem obedecer.

Honrar nossos pais significa querer o bem deles, querer que eles se sintam bem, e agir para que se sintam bem. Honrar nossos pais significa ouvir seus conselhos. Honrar nossos pais significa falar bem deles. Significa procurar maneiras de mostrar-lhes nosso apreço, nosso respeito, nossa admiração, nosso amor: seja mediante uma carta, um e-mail, um cartão, um presentinho, um telefonema, um abraço, um beijo, uma declaração de amor.

A honra aos pais muda conforme a idade do filho. Por isso, honrar os pais não se refere a um ato específico. Honrar os pais é mais a maneira como nos relacionamos com eles, a nossa atitude em relação a eles.

Uma criança de 6 anos pode honrar seu pai mexendo suavemente na orelha dele ou gostando de ser amparado pelos braços forte dele; pode honrar sua mãe pegando na mão dela, dando beijos e abraços a toda hora.

Uma adolescente pode honrar seu pai ouvindo com atenção alguma orientação; pode honrar sua mãe não se dirigindo a ela com seu fosse uma pessoa qualquer.

Um jovem pode honrar seu pai ligando para ele no dia do seu aniversário, ou mandando um cartão de agradecimento pelas coisas e pelo amor recebidos. Uma jovem pode honrar sua mãe ajudando-a nos serviços domésticos, ou dizendo-lhe: “Mãe, deita no meu colo, descansa um pouco, vou fazer uma massagem em você; depois a gente continua trabalhando”.

A verdade é que os filhos custam muitas renúncias aos seus pais: renúncias de passeios, roupas novas que eles não quiseram ou puderam comprar; renúncia de um sapato novo, algumas horas a mais de sono; renúncia de visitas ao restaurante. Muitas vezes os pais abrem mão até do descanso pessoal para estar com os filhos.

Em troca, os pais costumam pedir pouco: querem que os filhos correspondam escolhendo bons amigos ou amigas, escolhendo um namorado decente, escolhendo lugares decentes para visitar, escolhendo recreações sadias, estudando com responsabilidade, administrando sua vida de maneira correta. Os pais pedem cuidado com as roupas que os filhos usam, responsabilidade no trabalho, e, acima de tudo: os pais querem que os filhos tenha uma ótima vida espiritual. Isso é tão pouco para quem deu muita coisa!

Chegou o momento de ocorrer uma verdadeira “conversão dos filhos aos seus pais” (Malaquias 4:5). Chegou o momento de arrependimento por parte daqueles que têm sido maus filhos e filhas. Chegou o momento de acertar as contas com o passado.

Escrevo sem medo de errar: ninguém é plenamente feliz enquanto não acerta as contas com os pais. Ninguém! Alguns filhos podem dizer: “meus pais me prejudicaram; meu pai foi ausente, minha mãe nunca me deu atenção, minha mãe nunca me acolheu”. É provável que alguns filhos tenham razão. Mas a questão, aqui, não é descobrir se os pais fizeram algo de errado com os filhos. A questão é que filhos precisam perdoar seus pais; precisam acertar as contas com o passado e com Deus. Só assim terão um melhor presente, e um futuro de paz.


E você, tem honrado seus pais?

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