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III Simpósio do Espírito de Profecia da Associação Bahia da IASD

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Campanha de Colportagem Estudantil 2015-2016 Camaçari Associação Bahia


A obra da colportagem estudantil tem sido o meio de muitos estudantes custearem seus estudos por meio da venda de literatura religiosa.

Nos meses de Junho a Agosto o AcessoTeológico fez parte da campanha Tornado da Associação Bahia em Lauro de Freitas - BA e nessas férias de Dezembro estaremos em Camaçari - BA.

Durante as férias dos meses de Dezembro de 2015 e Janeiro de 2016, juntamente com vários estudantes de diversos cursos do IAENE, iremos colportar para levar Salvação através da pagina impressa.


Conheça um Pouco da Cidade de Camaçari...

LOCALIZAÇÃO

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar o Polo Industrial de Camaçari. O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana de Salvador.

ECONOMIA

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados, com uma população de mais de 281 mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado em cerca de 12 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2011. Faz parte dos 71 municípios brasileiros integrados no Mercosul.

CURIOSIDADE

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil) e do Polo Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas instaladas.

Nossas atividades começará em 06/09/2015 e finalizará em Fevereiro de 2016. 




Para mais informações entregue em Contato:




segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Semana de oração do IAENE "O sentido da Vida" 2015.2



O Pr. Alceu de Assis Filho nasceu na cidade Curitiba/PR. Formou-se em Teologia em 1997 no UNASP C2, em Eng. Coelho/SP. Atuou como professor de Ensino Religioso no Colégio Curitibano Adventista nos anos de 1998 a 2000. Neste mesmo período atuou como pastor auxiliar da Igreja Jovem do Portão. De 2001 a 2003, foi pastor distrital em V. Marieta/Curitiba e em 2003 e 2004, pastor distrital na igreja Central de Guarapuava/PR. No ano de 2005,  
assumiu o departamento de Ministério Jovem da Associação Sul Paranaense e lá permaneceu até o ano de 2007. No início de 2008, assumiu o Ministério Jovem da Associação Paulista Central.


É casado com Kelyn Bombílio de Assis e tem dois filhos: Yohan e Yuri. No início de de 2008, assumiu o Ministério Jovem da Associação Paulista Central. Hoje atual no departamento de Jovens da União Leste Brasileira.




Assista HOJE AO VIVO CLIQUE AQUI...





Sermão Terça 29/09/2015



Sermão Segunda 28/09/2015



Sermão Domingo 27/09/2015



Sermão Sábado Manhã 26/09/2015


Sermão de Abertura Sexta a Noite 25/09/2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Lição da Escola Sabatina IV Trimestre 2015 Jeremias



Clique nos Temas para BAIXAR


 ÍNDICE - IV TRIMESTRE 2015


1. O CHAMADO PROFÉTICO DE JEREMIAS – 26 de Setembro á 03 de Outubro
2. A CRISE (INTERNA E EXTERNA) – 03 á 10 de Outubro 2015
3. OS ÚLTIMOS CINCO REIS DE ISRAEL – 10 á 17 de Outubro 2015
4. A REPREENSÃO E REPRESÁLIA – 17 á 24 de Outubro 2015
5. MAIS TRISTEZAS PARA O PROFETA – 24 á 31 de Outubro 2015
6. ATOS SIMBÓLICOS – 31 de Outubro á 07 de Novembro 2015
7. A CRISE CONTINUA – 07 á 14 de novembro 2015
8. AS REFORMAS DE JOSIAS – 14 á 21 de Novembro 2015
9. O JUGO DE JOSIAS – 21 á 28 de Novembro 2015
10. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM – 28 de Novembro á 05 de Dezembro 2015
11.  A ALIANÇA – 05 á 12 de Dezembro  2015
12. DE VOLTA AO EGITO – 12 á 19 de Dezembro 2015
13. LIÇÕES DE JEREMIAS – 19 á 26 de Dezembro 2015

Você também pode Adquiri através do site: Casa Publicadora Brasileira ou ainda em uma Livraria mais perto de você, consulte a mais próxima em: CPB Livraria.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Boa companhia para casais

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“Não é bom que o homem esteja só.” Desde que essa frase foi pronunciada há milênios, muita água passou debaixo da ponte do casamento. A instituição mais antiga do mundo sempre foi alvo direto do inimigo e, por isso, tem sofrido sérios ataques ao longo da história. Estabelecido para ser monogâmico, heterossexual e eterno, o matrimônio cambaleia nos dias atuais, alvejado por deturpações de toda sorte e pelas “inovações” requentadas de nosso tempo.

Com o objetivo de fornecer uma ferramenta de análise fundamentada na Bíblia sobre casamento, sexualidade e família, o Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral (BRI, em inglês) reuniu grandes nomes da teologia adventista a fim de produzir um material de peso sobre o assunto, e o resultado está tomando forma em uma série de livros de referência.

A primeira obra da coleção, Casamento: Princípios Bíblicos e Teológicos (CPB, 2015; 43,60 reais), tem o teólogo brasileiro Elias Brasil de Souza e o alemão Ekkehardt Mueller como responsáveis pela organização. O livro, que detalha aspectos essenciais da visão bíblica sobre o matrimônio, é material indispensável para líderes da área de família de todos os níveis da igreja e pode ser lido pelo público em geral, pois a linguagem é acessível e os temas são divididos de forma didática e organizada.

BASE SÓLIDA, RELACIONAMENTO DURADOURO

No primeiro capítulo, Kwabena Donkor argumenta que, se uma sólida teologia bíblica estiver no centro da discussão, as implicações éticas seguirão o ideal divino. Por outro lado, se a cultura for o elemento definidor, as consequências práticas refletirão o padrão corrompido atual.

No segundo capítulo, o teólogo alemão Frank Hasel toma o texto bíblico de forma exegética para analisar o tema no Antigo e Novo Testamentos. O autor faz um estudo minucioso de passagens-chave, trazendo à tona uma interpretação equilibrada e coerente. O livro reserva também o terceiro capítulo para o assunto pouco explorado do solteirismo. Corinne Egasse esclarece que o casamento não é a única opção para o cristão e apresenta as implicações da escolha desse modo de vida.

No meio do fogo cruzado entre o feminismo e o machismo, o casamento vive uma séria crise de identidade quanto à função de cada gênero. Roberto Badenas trata dessa problemática no quarto capítulo, enfatizando a igualdade dos cônjuges e a distinção funcional entre homem e mulher no casamento. “Isso pode significar que, como o cabeça da casa, o marido não está exatamente ‘acima’, mas ‘à frente’, no papel simultâneo de liderar e proteger sua família”, afirma o teólogo espanhol.

No quinto capítulo, Thomas Domanyi enfatiza os aspectos teológicos da sexualidade no casamento, mostrando que esse dom foi dado por Deus para o contexto de uma união permanente, monogâmica, heterossexual e firmada em aliança. Zoltán Szalos-Farkas, no sexto capítulo, com base na antropologia e na teologia, reitera a argumentação de Domanyi e acrescenta que a “humanidade” e a “espiritualidade” do sexo estão intimamente interligadas.

Nos capítulos sete e oito, respectivamente, Hans Heinz e Ángel Manuel Rodríguez abordam a questão do jugo desigual. Heinz coloca o foco nos textos de Paulo e reforça a insolubilidade do casamento. Rodríguez, por sua vez, destaca a importância de os membros do povo de Deus se casarem com pessoas da mesma fé.

Coube a Richard Davidson e Ekkehardt Mueller a análise do tema do divórcio no Antigo e Novo Testamentos, respectivamente. Davidson salienta a falta de base escriturística para o divórcio e menciona que a separação conjugal é tolerada somente em caso de infidelidade sexual. Ele ressalta também que, mesmo nesses casos, a reconciliação do casal é o ideal bíblico. Em seu capítulo, Mueller vai na mesma direção ao fazer uma análise pormenorizada do tema no Novo Testamento.

Não é bom que os casais estejam sós na difícil tarefa atual de entender a natureza e o propósito do casamento. Por isso, Casamento: Princípios Bíblicos e Teológicos aparece como uma boa companhia para que maridos e esposas tenham acesso à visão da Palavra de Deus sobre o matrimônio.

Por: VINÍCIUS MENDES é pastor, mestre em Literatura e editor de livros na Casa Publicadora Brasileira

TRECHOS

“O casamento surge na Bíblia com a própria origem da humanidade. De acordo com as Escrituras, o matrimônio é uma instituição divina de fundamental importância, criada pelo próprio Deus em benefício dos seres humanos. Trata-se de uma dimensão essencial da vida humana.” (Frank Hasel)

“Entretanto Jesus, imitado por Paulo, propôs uma abordagem equilibrada ao solteirismo. Para Cristo, não havia obrigação nem de se casar nem de não se casar. Permanecer solteiro é uma opção.” (Corinne Egasse)

“Deus anela ardentemente que a união de uma só carne do casamento jamais seja esfacelada pelo divórcio, a menos que a aliança matrimonial tenha sido desfeita em virtude de relação sexual ilícita.” (Richard Davidson)

“Escolher um cônjuge é uma decisão crucial na vida de qualquer pessoa. Felizmente, a Bíblia provê parâmetros dentro dos quais é possível construir um casamento bem-sucedido.” (Ángel Manuel Rodríguez)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

UBER e a Disruptura de Atos


“Ei, Pastor, desça do taxi, por favor!”



Em tom provocativo, sou ameaçado por um nativo digital millenial (destes que esfregam na cara dos que nasceram “no século passado”). Levo numa boa, mas a disruptura dói na alma – quando a poeira dos velhos tempos se revela cruel em minhas pressuposições cheirando naftalina. Sinto-me velho. Ele, voraz. A verdade é que no conflito entre ares de vanguarda e sombras da velha-guarda, dou de cara com a realidade: tudo muda rápido demais. E quem não “desce do taxi”? Vai se exilar entre os habitantes do Orkut!

Viu a ebulição dos taxistas impotentes na panela de pressão das novas tecnologias? Acuados, entrincheiraram-se contra o aplicativo UBER que apenas democratizou as caronas remuneradas. Surge a carona colaborativa. Fim dos intermediários. A moda é “descer do taxi” e pagar pouco por um serviço melhor.

E as locadoras de vídeo sepultadas sob a terra fértil dos sistemas de distribuição de conteúdo via streaming? Em seu epitáfio: “aqui jaz o entretenimento locado nas prateleiras devorado implacavelmente pelo NETFLIX, YOUTUBE, APPLE-TV…” Romperam-se os paradigmas das fitas, DVDs e até os Blue-rays.

Há também as agências de turismo estupefatas com a irrelevância de suas propagandas photoshopadas. Pra quê dicas de viagem com quem quer ganhar pela desinformação? No TRIPADVISOR a realidade dos destinos é documentada e fotografada pelos mais viajados. Eis os mochileiros colaborativos, quando testemunhas oculares valem mais que os publicitários de plantão.

Hotel? Foi-se o tempo. No AIRBNB mansões são disponibilizadas pra quem prefere uma casa aconchegante a frieza solitária das redes hoteleiras. Meu amigo já ficou numa casa italiana no Mediterrâneo com direito a barco particular. Preço? Menor que albergue! São as hospedagens colaborativas, onde a máxima “minha casa é sua casa!” se realizou pra milhões de hóspedes.

Ah, o GPS! Você ainda tem? Guarde como relíquia. O WAZE mostra com mais detalhes os mapas, as rotas e o melhor caminho baseado nas informações dos carros nas ruas – e em tempo real. É o sistema de navegação colaborativa, onde as dicas de atalhos inteligentes são compartilhadas por todos os reféns do mesmo tráfego. Que tal?

Sem contar, finalmente, a declaração de um derrotado no octógono do mercado nocauteado pelas novas gerações. Com cara na lona, o presidente de uma empresa de telefonia, vociferou: “o WHATSAPP é pirataria pura!”. Senti até pena. Enquanto o juiz-consumidor já contou o “10” no embate, o império das operadoras ainda se esperneia perante a telefonia colaborativa, onde um mero Aplicativo deixou todo mundo falando de graça.

“Desce do taxi aí, pr!”

Enquanto a frase se torna meme-viral dos ultra-profissionais multitelas com quem trabalho, percebo que esta modernidade assustadora ecoa de tempos mais antigos – nem por isso menos revolucionários. A juventude que pratica essa disruptura de hoje prova que a Bíblia é extremamente atual com suas próprias disrupturas divinas. Preparado pra surpresa?

Todos os que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum. (Atos 2:44)

Isso mesmo! A ideia da convivência colaborativa saltava aos olhos do mundo já no segundo capítulo do livro que fala do período logo depois da ascensão de Cristo. Uma unidade integradora de pensamentos, sonhos e informação otimizava o alcance da Revolução da Graça. Ninguém polarizava o conhecimento, nem trancafiava descobertas às sete chaves no cofre da vaidade. Pelo contrário, uma rede imbatível de compartilhamento do potencial pessoal pulverizava o poder máximo de um mesmo ideal: anunciar Jesus. O resultado? Uma comunidade hiperativa estimulada por conquistas em comum capazes de estremecer o planeta inteiro!

Percebe como é interessante? Toda sociedade centralizada sofreu uma disruptura reativa por meio da História. Os fariseus no Sinédrio, como se estivessem em um Olimpo, isolavam-se em sua cúpula detentora do poder. Séculos depois, a Idade Média encarcerava o conhecimento coletivo nas mãos de pouquíssimos mosteiros com sua Inquisição torturante. Sem contar o nazismo, o fascismo, a ditadura do AI5 e outros regimes totalitários. Portanto, se isso ocorre no mercado, que tal não repetir mais do mesmo na religião?

Vivemos um momento incrível e apaixonante para novas oportunidades missionárias – os jovens conectados que o digam! Se o crowdfunding despontou até mesmo o financiamento colaborativo, por que não sonharmos com pés no chão o verdadeiro cristianismo colaborativo? Onde o evangelismo compartilhado aproxime os líderes dos liderados, a geração-papel da geração-tablet, as instituições tradicionais das startups criativas, o sal da terra, e os bancos da frente nas igrejas de suas fileiras finais da galeria?

A disruptura de Atos prova que o sucesso da igreja primitiva se alicerçou mais na aproximação dos parceiros do que na hierarquia dos inseguros. A liderança autocrática cedeu lugar à bacia do lava-pés onde todos serviam mais do que ordenavam. Agora, se revivemos este rompimento colaborativo hoje, onde jovens se espelham em chefes-mentores que buscam mais submissos do que subalternos, por que não voltarmos ao começo de tudo? Em um humilde retorno capaz de nos projetar ao maior de todos os avanços?

“Aqueles que ocupam posições de responsabilidade deverão procurar pacientemente familiarizar outros com todas as partes do trabalho. (…) Se em nosso ministério aqueles a quem ensinamos desenvolverem energia e inteligência superiores às que possuímos, devemos ser levados a nos alegrar pelo privilégio de participar da obra de treiná-los.” (White, Liderança Cristã, p. 89)

Não temamos as novas e boas ideias. Aliemos tecnologia e participação coletiva junto ao altar da esperança. As novas gerações precisam ser provocadas ao máximo, contanto que também sejam convocadas. Dando espaço, voz e relevância a elas, certamente nos surpreenderemos. Afinal, o Evangelho é colaborativo, sim. Sempre foi – sempre será. E cabe a nós catalisarmos a viralização do bem, ou nos petrificar em paradigmas fugazes até ouvirmos, tristemente, as pedras clamarem:




“Ei, você aí, saia do taxi!”

Por Odailson Fonseca Formado em Teologia e Publicidade Propaganda, cursando MBA em Comunicação Corporativa. Diretor de Comunicação da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo. Apresentador do Programa Código Aberto na TV Novo Tempo. É Casado com a Ellen e pai da Thalissa. @odailson_ucb

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Adventista cria sistema que leva a Palavra de Deus a 14 mil pessoas no WhatsApp


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Hoje um dos principais meios de comunicação pessoal, é o aplicativo WhatsApp. Disponível nos principais dispositivos móveis de telefonia, o serviço já tem mais 800 milhões de usuários em todo o mundo e cerca de 70 milhões no Brasil – de acordo com dados informados pelo próprio sistema do aplicativo. De olho no potencial missionário desta ferramenta, algumas iniciativas de instituições e fiéis adventistas têm utilizado o Whatsapp para divulgar a  mensagem bíblica.

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Oração resulta em primeiro batismo por influência de WhatsApp

Uma destas ações de destaque é o chamado WhatsDay, criado por Marco Guerreiro Chaves, membro da Igreja em Itajaí, que trabalha no setor publicitário. “Em junho de 2014, criei um sistema para os clientes da minha agência de publicidade. Por meio do WhatsApp criamos um meio de comunicação para eles. Foi um sucesso e, a cada mês, novos clientes entraram”, lembra. Em janeiro deste ano o empresário sentiu o desejo no coração de usar o sistema “para divulgar a principal mensagem que o mundo precisa, a esperança em Jesus”.
  
Por este motivo, Chaves decidiu entrar em grupos do Facebook direcionados a vários públicos com a intenção de convidar pessoas para que recebessem mensagens diárias pelo aplicativo. “A oferta era enviar um áudio sobre a bíblia, no caso, o Lições da Bíblia, apresentado pelo Leandro Quadros na Rádio Novo Tempo”, relata o idealizador do projeto. O resultado foi imediato: nos primeiros dias, cerca de 1 mil e 500 pessoas pediram cadastro. “Nós não formamos grupos. O sistema que criei envia individualmente para cada pessoa cadastrada e ela pode sair quando quiser”, acrescenta.

O retorno com dúvidas sobre os temas foi instantâneo. Chaves começou a responder o que conseguia mas, por conta da demanda, contratou uma pessoa para atender os interessados. “Hoje são 14 mil pessoas cadastradas que recebem diariamente o Lições da Bíblia. Boa parte entra em contato com dúvidas e nós atendemos cada uma individualmente. São muitos testemunhos. Algumas pessoas conhecem a Igreja Adventista e outras toma decisões de voltar aos caminhos de Deus, e ainda aquelas que procuravam uma igreja para frequentar e hoje estão na Igreja Adventista por conta do trabalho do Espírito Santo por meio dos áudios que enviamos”, explica.

Em breve, o projeto entrará em uma nova etapa. O pastor Fernando Iglesias está gravando estudos bíblicos especiais para o projeto, que serão enviados a todos os interessados. “Queremos estudar a bíblia nesta nova etapa com pelo menos mil interessados e vê-los se entregando a Cristo um dia”, finaliza o publicitário.


Para receber os áudios, basta enviar uma mensagem pelo WhatsApp para o número (47) 9241-9513 com a palavra LIÇÕES.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Jesus foi casado?




O recente anúncio de que cientistas comprovaram a autenticidade de um antigo papiro que traz a informação de que Jesus teria sido casado reacendeu a polêmica sobre o assunto. Três equipes de cientistas de Harvard, de Columbia e do MIT (Massachussetts Institute of Tecnology) concluíram que o chamado Evangelho da Esposa de Jesus, escrito na língua copta e descoberto em 2012, remonta mais provavelmente ao período entre os séculos 6 e 9 d.C. De acordo com o artigo publicado na Harvard Theological Review, “a composição química do papiro e os padrões de oxidação são consistentes com outros papiros antigos, ao comparar o fragmento do Evangelho da Esposa de Jesus [que tem 4 por 8 centímetros] com o Evangelho de João”.

O papiro contém a frase “Jesus disse-lhes: ‘Minha esposa…’” Mas o que a conclusão dos pesquisadores provaria, afinal: que Jesus teve mesmo uma companheira? Ou simplesmente que o papiro é genuíno?

O fato é que, apesar do “peso” das três instituições por trás da pesquisa, as conclusões ainda levantam dúvida. O egiptólogo Leo Depuydt, da Brown University, por exemplo, afirma que erros gramaticais do copta e o uso seletivo de negrito nas palavras “minha esposa” são indícios de que se trata de uma falsificação.

Falsificação ou não, nunca é demais relembrar que todos os textos que insinuam algum tipo de relação mais íntima entre Maria Madalena e Jesus são bem mais recentes que os evangelhos oficiais, tendo sido escritos por pessoas que queriam justamente desafiar as visões mais ortodoxas do cristianismo, como é o caso dos gnósticos, a maioria dos quais vivia na cidade de Alexandria, no Egito. Eles acreditavam numa espécie de revelação secreta e esotérica que lhes daria o “verdadeiro” conhecimento para a salvação. Maria Madalena passou a ser usada pelos gnósticos como um símbolo do “conhecimento verdadeiro” que eles teriam de Jesus, e como a verdadeira predileta de Cristo, da qual eles seriam seguidores (convenhamos, dá um ótimo enredo para filmes hollywoodianos, como O Código Da Vinci). O aspecto polêmico e tardio desses textos torna muito pouco provável que eles sejam fundamentados em alguma memória histórica envolvendo a Maria Madalena real.

Os gnósticos chegaram a negar a morte de Jesus na cruz, afirmando que quem teria morrido, na verdade, havia sido o homem Jesus, pois o espírito do Cristo teria voltado para o Pai. “Foi nessa ‘onda’ que surgiu também a necessidade de se criar uma esposa para Jesus de Nazaré, a fim de fazer jus às ideias de que espíritos evoluídos estavam sempre em pares (casais) e nunca sozinhos. O Cristo ou o Logos, que seria o espírito que teria dominado a mente do homem Jesus, também teria uma consorte, uma deusa chamada Sofia!”, explica o arqueólogo Rodrigo Silva.

Mas se Jesus tivesse tido uma esposa, isso não seria exatamente um problema. Em 1 Coríntios 7:9; 9:5 e em 1 Timóteo 3:2, Paulo defende o direito apostólico de ser casado e menciona os líderes da Igreja (Pedro, os apóstolos e os irmãos do Senhor) como casados. Se Jesus fosse casado, a igreja não teria motivos para esconder isso. Portanto, o completo silêncio da igreja primitiva sobre esse assunto nos leva a crer não que estavam escondendo uma verdade sobre o estado civil de Jesus, mas que Ele não era de fato casado. “Nessa região e naquela época se discutia muito se era apropriado ao cristão se casar. Por essas evidências, supõe-se que o Evangelho da Esposa de Jesus seja um documento surgido em um ambiente de gnosticismo”, diz o arqueólogo Jorge Fabbro.

É como li no Twitter certa vez (pena que não anotei a autoria): “Contra fatos (mais de cinco mil manuscritos bíblicos) não há fragmentos”.

Por Michelson Borges é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi professor de História em Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira e autor de vários livros. Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira, tem participado de seminários criacionistas em vários lugares e mantém o blog www.criacionismo.com.br. Casado com Débora Tatiane (co-autora do e-book Deus Nos Uniu e do livro O Que Ele Viu na Grécia), tem com ela três filhos, duas meninas e um menino. Twitter: @criacionismo Blog: www.criacionismo.com.br


Para saber mais sobre a natureza de Cristo, veja esse vídeo:




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sociedade Bíblica do Brasil lança aplicativo que oferece versões gratuitas das Escrituras

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Novidade foi apresentada nesta sexta-feira, 28 de agosto, durante o 11º Fórum de Ciências Bíblicas que acontece em Barueri (SP)

A Sociedade Bíblica do Brasil lançou nesta sexta-feira, 28 de agosto, o aplicativo Minha Bíblia SBB. A novidade, que será apresentada durante o 11º Fórum de Ciências Bíblicas em Barueri (SP), traz quatro versões gratuitas das Escrituras. A ferramenta está disponível para os sistemas operacionais Android e iOS.

De acordo com a entidade, é a primeira vez que um app oferece gratuitamente o texto da Bíblia na versão Revista e Atualizada (2ª edição). Também estarão abertas as versões Almeida Revista e Corrigida (4ª edição), Nova Tradução na Linguagem de Hoje e Tradução Brasileira (2ª edição).
Além de baixar as versões grátis do livro sagrado, o leitor pode adquirir recursos adicionais como notas e comentários, bem como Bíblias de estudo. A ideia é que a versão posterior do aplicativo também traga exemplares em outros idiomas.


Segundo a SBB, o investimento em novas tecnologias faz parte de um projeto global das Sociedades Bíblias Unidas para propagar a palavra de Deus.

sábado, 12 de setembro de 2015

Livro missionário adventista vai abordar doutrinas bíblicas controvertidas

Autor já é bastante conhecido pelos programas com ênfase na explicação de doutrinas bíblicas consideradas por alguns até como impopulres

O livro missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul para 2016 vai tratar de doutrinas bíblicas consideradas, de maneira geral pela sociedade, como controvertidas. São abordagens a respeito da guarda do sábado, estado dos mortos, teologia da prosperidade, criacionismo X evolucionismo, uso de línguas estranhas em cultos religiosos, entre outras temáticas. O autor é o conhecido pastor adventista, Ivan Saraiva, apresentador dos programas Está Escrito e Está Escrito Adoração, veiculados semanalmente pela TV Novo Tempo. Saraiva nasceu em Curitiba e se formou em Teologia e Pedagogia. Trabalhou, em seu ministério, no Paraná e Mato Grosso do Sul. Desde março de 2011 está na Rede Novo Tempo de Comunicação e é bastante conhecido por suas pregações em vários países. É casado com a Luciana. O casal tem dois filhos: Gabriel e Sofia. A Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) conversou com Ivan Saraiva sobre o livro.

ASN – Qual é o grande objetivo desse livro? O que se quer alcançar com essa publicação?

Ivan Saraiva – O objetivo desse livro é alcançar pessoas que não acreditam mais em igrejas e, por consequência, no próprio evangelho. Esse fenômeno pós moderno se dá, sobretudo, por dois fatores: pela superficialidade do conhecimento bíblico e pelo alto índice de rejeição ao evangelho vulgar e descontextualizado que encontramos nos veículos de comunicação. Por isso, a intenção é mostrar que a Bíblia também não concorda e não aceita qualquer outro evangelho além do que o que ela mesmo apresenta. Ao nos posicionarmos claramente ao lado da Bíblia fazemos o contraponto natural a tudo que afasta as pessoas de Jesus e do evangelho eterno. À medida que esse livro for sendo lido, milhares de pessoas descobrirão que existe uma igreja bíblica que também não concorda com muita coisa que é tida por verdade.

ASN – As doutrinas que costumam diferenciar os adventistas são, na verdade, todas fundamentadas na Bíblia, certo? Por que você acredita que exista, às vezes, controvérsia com outras igrejas por conta dessas doutrinas?

Ivan – A verdade é que vivemos uma crise dentro do cristianismo. Depois de esconder a Bíblia sem sucesso e depois de tentar destruí-la Satanás tenta, hoje em dia, confundir as pessoas. São mais de 40 mil denominações cristãs. Cada uma delas diz ter a verdade Bíblica, mas ensinam coisas excludentes e antagônicas entre si. Achar a verdade ficou muito difícil. Criaram-se igrejas por todos os motivos e com as mais diferentes interpretações bíblicas. É hora de voltarmos ao evangelho e redescobrirmos o cristianismo puro em sua teologia e doutrina.

ASN – Hoje se fala no mundo cristão acerca da importância de se compreender o amor e a graça de Deus, mas é comum se dar pouca atenção para crenças específicas. Para você, qual é a importância da doutrina de uma igreja?

Ivan – Apresentar a graça e o amor de Deus é o fundamento da maioria das igrejas cristãs. Mas uma casa não é feita apenas de seus fundamentos. Como a palavra indica, sem dúvida, é fundamental. No entanto precisamos de paredes, teto, isolamento, encanamento, fiação etc. As doutrinas, que alguns querem rotular como periféricas, são também fundamentais para a construção de um caráter semelhante ao de Jesus e precisam estar presentes na nossa vida. Definir nossa crença é estabelecer nosso DNA espiritual.

ASN – Como foi o processo de produção do livro? Levou quanto tempo para escrever? O que mais lhe chamou a atenção na pesquisa feita para abordar os temas?

Ivan – O livro foi escrito com muito carinho, oração e pesquisa minuciosa. Tive a alegria de ter como editor o pastor Vanderlei Dorneles, uma homem hábil na arte de escrever que clarificou ainda mais minhas ideias e argumentos. Para a redação do material eu me isolava pela manhã cedo e voltava para casa tarde da noite. Depois de semanas gastas em alto nível de concentração e produtividade, vi o livro tomar sua forma e suas digitais. Cada capítulo é independente e escrito especificamente para a mente crítica e racional de nossos dias. O leitor logo perceberá que se trata de um livro cheio de apologia a verdade e que em sua contundência levará muitas pessoas a pesquisas mais profundas da Bíblia.

ASN – Um recado especial para os milhões de leitores, já que a tiragem inicial do livro deverá ser de 18 milhões de exemplares.


Ivan – Meu recado para o leitor é: amigo, antes de distribuir o livro leia-o. Você terá alegria e prazer em oferecer esse livro que apresenta as verdades do cristianismo de maneira clara e transparente. Um livro sem rodeios, contemporâneo. Aqueles que assistem o programa Está Escrito ou me ouvem em A voz da Profecia sabem o quanto tenho me esforçado para apresentar a verdade com muito respeito e amor. Esse livro levará muitas pessoas a uma libertação de crença sem precedentes. Vamos juntos pregar o evangelho.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Uso do Véu em Corinto


Deve a mulher cristã usar véu na igreja hoje?
(Adaptado)

É comum encontrarmos em algumas de nossas Igrejas, pessoas com dúvidas sobre o uso do véu feminino dentro do templo, com base em declarações do apóstolo Paulo. Como é certo que não podemos confundir princípios com costumes, precisamos analisar até que ponto as orientações de Paulo à igreja de Corinto, no que se refere ao uso do véu pelas mulheres, também são aplicáveis à igreja cristã da atualidade, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Vamos, primeiramente, analisar um pouco sobre a situação da igreja de Corinto na época do apóstolo.

Com base em informações levadas a Paulo pelos da família de Cloé (1Cor. 1:11), o apóstolo ficou sabendo do espírito divisionista com que vários setores da igreja se identificavam com líderes específicos (1:10-17). Outros pontos abordados por Paulo em sua primeira epístola podem também ter sido relatados a ele pela casa de Cloé, ou por outra fonte (talvez Estéfanas, Fortunato e Acaico – 16:17). Foram eles:
1. Alguns que recaíam aos antigos hábitos da vida (cap. 5)
2. Haviam dúvidas sobre o matrimônio (cap. 7)
3. Problemas quanto ao consumo de comidas sacrificadas a ídolos pagãos (cap. 8)
4. Haviam aqueles que estavam participando de forma errada da Ceia do Senhor (11:17-34)
5. Os dons espirituais estavam trazendo confusão ao culto público, especialmente o dom de línguas (cap. 14)
6. Outros não criam na ressurreição e em temas relacionados a ela (cap. 15)
7. E também haviam problemas referentes à participação pública das mulheres no culto (11:2-16)
Vê-se que na igreja de Corinto Paulo enfrentou problemas que não surgiram nas demais igrejas. Ele não preocupa-se em escrever sobre a maioria destes temas às outras igrejas, mas somente a Corinto. Isso mostra que esta igreja passava por uma crise doutrinária e de costumes, que refletia muito bem a situação cultural e religiosa da época e do local.

Vamos analisar aqui, particularmente, a exortação de Paulo às mulheres cristãs de Corinto, com relação ao uso do véu. Por que ele tratou desse tema naquela igreja? O mesmo conselho do apóstolo (para que as mulheres usem véu sobre a cabeça durante o culto público) tem validade universal para todas as igrejas cristãs?
Para responder a estas perguntas, vamos estudar primeiro um pouco sobre dois pontos importantes:
1) a maneira como as mulheres se trajavam na época;
2) o significado do véu naquela circunstância.

Um antigo costume
Na Antiguidade, a mulher carregava no corpo um sinal da autoridade do marido. Esse sinal era o véu. Esse mesmo costume prevalece até hoje entre alguns povos do Oriente. Nestes lugares, a mulher honesta não deve aparecer em público sem o véu, ou algo correspondente. No Irã, por exemplo, se usa o xador; no Afeganistão, os Talibans criaram a burca (um vestido comprido que cobre até os olhos); na Arábia Saudita, uma mulher pode até apanhar de chicote, caso esqueça o véu em casa.

O significado do véu
Era um sinal da honra e da dignidade das mulheres (Gên. 24:65; Cant. 4:1). Também considerava-se o véu um sinal de subordinação da mulher ao marido, por isso que não o usavam as mulheres de luto, as prostitutas e as esposas infiéis.
No tempo dos apóstolos, esse costume ainda era largamente praticado, mas parece que em Corinto um movimento de libertação feminina estava se iniciando e tirando a paz da igreja. Por isso, as mulheres estavam tirando o véu no culto público, por sentirem que o Evangelho as libertava do “jugo” do marido. Isso estava causando intrigas nos lares e na igreja, e estava também repercutindo mal na comunidade, pois as pessoas que presenciavam os cultos cristãos escandalizavam-se por ver mulheres sem véu (ou seja, "indecentes" e "desonradas") tomando parte no culto. Seria realmente aquela uma religião própria para mulheres honestas e fiéis, ou tratava-se de uma seita formada por prostitutas? Era a crítica normal feita à igreja.

Então, como vimos anteriormente, o problema chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, que escreveu a carta para orientar à igreja sobre este tema, entre outros.

A orientação de Paulo
Primeiramente, o apóstolo preocupa-se em reafirmar o princípio bíblico da igualdade entre os sexos (7:3-4). Mas, ele também confirma que o homem deve ser o “cabeça” da mulher, apesar da igualdade entre ambos (11:3). Em seguida, o apóstolo orienta que as mulheres cristãs seguissem o costume do uso do véu, próprio naquela cidade e ocasião (v. 6). Vê-se que o véu não era para todas as igrejas, mas para aquelas fundadas em lugares, especialmente no Oriente (como era o caso de Corinto), onde seu uso significasse submissão feminina ao marido, como manda a Escritura (Gên. 3:16).
Nos vv. 4-16 Paulo trata do tema de cobrir a cabeça, especialmente em relação com os serviços religiosos. Esta realmente é uma das passagens de Paulo à qual bem podem ser aplicadas as palavras de Pedro, de que Paulo escreveu "algumas" coisas "difíceis de entender" (2Pe 3:16), por isso precisamos estudá-la livre de preconceitos ou idéias preconcebidas. Devemos deixar que o contexto da passagem fale o que ela realmente significa.
Paulo proclamava uma nova e gloriosa liberdade no Evangelho. Essa proclamação tinha em si a semente do princípio cristão da dignidade do sexo feminino e sua liberação da condição degradada em que eram tidas as mulheres nos países pagãos. O apóstolo declarou: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há varão nem mulher; porque todos vós são um em Cristo Jesus" (Gál. 3:28). Essa deveria ser a prática na vida social da Igreja que estava dando seus primeiros passos.
Porém, uma revolução social tão marcante não aconteceria sem problemas. Seria fácil ver como algumas mulheres convertidas ao cristianismo poderiam distorcer e usar mal sua liberdade no Evangelho para causar descrédito à igreja. Uma das difamatórias e infundadas acusações que se apresentaram contra o cristianismo, à medida que este se difundia e que despertaram o ódio de muitos, foi que os cristãos eram imorais. Não há dúvida de que esta acusação já podia haver-se espalhado nos dias de Paulo. Por isso era muito necessário que os cristãos se abstivessem "de toda espécie de mal" (1Tes. 5:22), e que recordassem o conselho adicional de seu professor: que embora certo proceder seja lícito, pode não ser conveniente (1Co 6:12). Mesmo que o Evangelho libertasse as mulheres de sua condição humilhante (mas, não descartava a autoridade que o marido deveria manter sobre a família), elas não deveriam utilizar esta “liberdade” para agir no culto público de forma a trazer escândalo, como acontecia com o abandono do uso do véu.

Esta análise do contexto da 1ª epístola aos Coríntios não deve ser desconsiderada, se queremos realmente obter a mensagem que o apóstolo tinha em mente ao falar àquela igreja.
O uso do véu por si só não produz honra, pois prostitutas também chegaram a usá-lo no passado (Gên. 38:14-15). O que as mulheres cristãs mais deveriam se preocupar era com a decência do vestuário, pois ele seria uma demonstração do caráter da mulher que se apresentava para participar do culto (1Tim. 2:9).
Da mesma forma, os cabelos compridos, somente, também não trazem honra, pois a mulher que enxugou os pés do Senhor Jesus, o fez com os próprios cabelos, que eram muito grandes, entretanto sabemos que sua honra não era das melhores (Jo 11:2; Lc 7:37-39). Quanto aos homens, nos dias de Paulo o costume entre os judeus, gregos e romanos era levar o cabelo curto. Entre os israelitas se considerava como vergonhoso que um homem tivesse o cabelo comprido, a menos que tivesse feito o voto de “nazireado” (Núm. 6:1-5).

COSTUMES (locais) X PRINCÍPIOS (universais)
O tema do uso do véu, na verdade, deve levar-nos a analisar o princípio envolvido por trás da exortação do apóstolo, pois bem sabemos que os costumes culturais variam com o passar do tempo; os princípios envolvidos, não. Por exemplo:
1. Deus mandou que Moisés retirasse as sandálias dos pés, pois o local em que estava era terra santa (Êx 3:5). Algumas religiões orientais seguem o mesmo costume ainda hoje, tirando os calçados quando vão entrar no templo para adoração. A ordem de Deus indica que temos que tirar o calçado quando nos aproximamos dEle em adoração? Devemos obedecer a mesma “ordem” ainda hoje? É claro que não, pois a mesma não aparece em nenhum outro momento, sendo que nem Jesus nem os apóstolos determinaram que essa deveria ser uma prática para a igreja mundial. Precisamos entender o princípio envolvido: reverência, respeito, humildade e submissão. Os costumes podem variar de cultura para cultura, mas o princípio da reverência é universal.
2. Para a problemática igreja de Corinto, Paulo também adverte que as mulheres deveriam ficar “caladas” na igreja (1Co 14:34). Seria este um conselho a ser seguido para todas as igrejas? Não. Se assim o fosse, ele o teria enviado às demais, mas enviou apenas para a de Corinto, o que mostra o caráter local dessa determinação. O princípio é o mesmo do uso do véu e da manifestação ordenada do dom de línguas – manter um culto reverente e livre de aparência do mal, evitando que se traga opróbrio à Igreja de Deus.
3. Os homens também deveriam cobrir a cabeça quando fossem ler as Escrituras (2Cor 3:14-16). Devemos seguir o mesmo costume hoje? O próprio Paulo diz que não, pois os judeus que faziam isso em sua época o faziam por não conhecerem a liberdade trazida pelo evangelho, como o próprio apóstolo declara (v. 16). O princípio envolvido aqui, mais uma vez, é a reverência para com o Senhor.
4. E o que dizer do ÓSCULO SANTO (cf. Rom. 16:16; 1Cor. 16:20; 2Cor. 13:12; 1Tess. 5:26)?
Poucos são os "barbados" que adoram buscar pretextos nos costumes bíblicos (a exemplo do uso do véu, mulheres caladas na igreja, etc.), e que estão dispostos a saírem trocando beijinhos com seus "irmãos bigodudos".

RESUMO
Após analisarmos o contexto das afirmações de Paulo sobre o uso do véu na igreja de Corinto podemos entender, livres de concepções pré-estabelecidas, que o uso do véu era um costume adequado àquela época, mas que não precisa ser observado na maioria das igrejas cristãs atuais, com exceção daquelas que estejam situadas em comunidades nas quais o véu seja um símbolo de recato, pudor e submissão da mulher ao seu marido, o que não é o caso do Brasil.
Temos, então, a seguinte compreensão para a passagem que trata do uso do véu em Corinto:

1Co 11:5 – “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.”
A mulher que se apresentasse sem o véu, estava desonrando a si mesma, pois seria considerada de má fama, como acontecia com aquelas que raspavam a cabeça.

11:6 – “Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.”
Se a mulher achava que tinha a mesma liberdade do homem para não usar o véu, então que também cortasse o cabelo como os homens cortavam. Mas isso seria ainda mais desonroso para ela. Então, o mais sensato seria usar o véu no culto público.

11:7 – “Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.”
O véu simbolizava a submissão que a mulher deveria ter em relação ao marido. Como o homem era feito à própria imagem de Deus (vv. 8-9), ele não deveria usar o véu, mas a mulher sim, pois ela estava em uma posição de respeito e submissão ao seu marido.

11:10 – “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade.”
Os anjos estavam (e estão) presentes nas reuniões de adoração ao Senhor. As mulheres de Corinto que compareciam a estas reuniões sem usarem o véu estavam desonrando a presença dos anjos, pois estavam, aos olhos do mundo, rebelando-se contra a autoridade devida aos seus respectivos maridos.
Nos vv. 11-12 Paulo mostra que, apesar dessa sujeição da mulher ao homem, eles devem entender que ambos estão ligados entre si, pois no evangelho não há mais a condição feminina humilhante que havia anteriormente.

11:13 – “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?”
Após explanar a necessidade do véu, Paulo faz uma pergunta retórica para que seus leitores vissem por si mesmos a necessidade de colocarem o assunto em sua correta direção. Depois do que Paulo explicou, a única resposta para tal pergunta seria “não”, ou seja, a mulher comprometida que viesse participar do culto público em Corinto deveria usar o seu véu.

11:14 – “Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido?”
Paulo lembra seus leitores de que a ordem natural das coisas (PHUSIS, em grego) demonstra que o uso do cabelo comprido do homem, naquela época e lugar, era considerado desonroso. Houve outros momentos da história em que homens poderiam usar cabelo comprido e não eram considerados sem honra, pelo contrário, eram tidos como mais abençoados e santificados que os demais, por exemplo: Sansão, João Batista e o próprio Jesus Cristo.

11:15 – “E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha.”
A palavra “mantilha” é a tradução do termo grego PERIBOLAION, que significa “cobertura”. A natureza, ou seja, o costume social aceito correntemente, era de que a mulher deveria utilizar o cabelo comprido para se distinguir dos homens. O cabelo longo seria um sinal de sua feminilidade.

11:16 – “Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.”
Paulo não deseja que o sentimento de contenda faça parte da Igreja de Deus. Ninguém deveria utilizar os temas polêmicos para distrair a igreja do seu real objetivo – pregar o evangelho. Alguns utilizavam as reuniões para semear discórdias e levar os irmãos a afastarem-se do propósito principal (vv. 17-19).


Portanto, percebe-se claramente que o uso do véu era sim uma obrigação para as mulheres de Corinto, defendida exaustivamente pelo apóstolo Paulo.Porém, como explicado neste estudo, tal obrigação não se aplica a todas as demais igrejas cristãs, especialmente aqui no Brasil, onde o véu não é considerado um símbolo de respeito e submissão da esposa para com o seu marido.