Não
precisamos viver atormentados pela culpa, pois Deus quer nos perdoar...
Há
uma história na Bíblia que ilustra de forma muito clara a extensão do amor de
Deus pelo pecador. Muitas vezes, só reconhecemos a necessidade que temos de
Deus quando estamos em situação desesperadora. Foi o que aconteceu com Manassés
(2Crôn. 33:1-17) - ótimo texto para um sermão!
Ele
foi um rei que fez o que era mau diante de Deus, e levou o povo a uma completa
apostasia, pior do que os que vieram antes dele. Haveria salvação para um homem
como Manassés? O que podemos aprender de sua história?
Ele
era um rei cruel e idólatra (vv. 1-9)
Manassés
teve uma trajetória de vida marcada pela apostasia. Aquele que fora escolhido
para ser o representante de Deus, conduziu o povo a um poço cada vez mais
fundo. Vejamos alguns dos pecados que são atribuídos a ele:
1.
Construiu altares aos deuses pagãos.
2.
Adorava os astros
3.
Praticava feitiçarias, adivinhações, bruxarias, mediunidade.
4.
Queimou os próprios filhos ao demônio.
5.
Profanou a casa de Deus, enchendo-a de ídolos pagãos.
Ao
olhar para a história de Manassés vemos o quanto ele foi fundo no pecado.
Haveria salvação para um homem assim?
Certo
dia, há alguns anos, a cidade de Natal acordou chocada. Um homem havia acordado
pela manhã com o firme propósito de matar. Matar quem ele encontrasse pela
frente.
Os
noticiários de rádio muito cedo começaram a informar a tragédia.
Próximo
a Natal há uma cidadezinha chamada Santo Antônio. Fica a poucos quilômetros ao
norte de Natal.
Este
homem saiu de sua casa, armado com facão e facas, e foi seguindo pela estrada
que liga Natal e São Gonçalo do Amarante, ferindo aqueles que cruzavam seu
caminho.
A
Polícia foi avisada e rapidamente dirigiu-se ao local. Conseguiu encurralar o
homem em uma pequena granja num povoado próximo a Santo Antônio. Sentindo-se
acuado, ele decidiu partir em direção aos policiais, que o alvejaram com vários
tiros. Ele já havia ferido várias pessoas naquela manhã, e matado outras 15!
Se
este homem tivesse escapado com vida, e tivesse, depois de algum tempo, buscado
o perdão de Deus, teria recebido misericórdia? Deus perdoaria um ato tão brutal
e demoníaco?
É
claro que sim!
Muitas
vezes o pecador é “despertado” de forma dolorosa (vv. 10-13)
Apesar
de todas as tentativas que Deus fez de trazer de volta o rei e o povo, eles O
rejeitaram (v. 10). Agora só restava uma alternativa: a opressão da Assíria.
Por
volta do ano 650 a.C., Assurbanipal invade Judá e leva Manassés prisioneiro. O
poderoso rei de Israel, que deveria ser o representante máximo de Jeová para o
mundo, agora estava humilhado, acorrentado, tratado como um animal, sendo conduzido
com ganchos no nariz.
Na
maioria das vezes, quando desprezamos os chamados de Deus, temos que sofrer as
conseqüências da desobediência, e o sofrimento é o que nos despertará, quando o
puro amor não conseguiu.
Alguma
vez você já se sentiu assim? Sofrendo em conseqüência de ter desobedecido a
Deus?
Em
uma prisão imunda, Manassés lembra-se de que Jeová ainda estava vivo. O Deus a
quem ele tanto desprezara era sua única salvação naquele momento. Assim como
Davi no Sl 103:8-11, Manassés suplica a misericórdia de Deus, e Deus Se torna
favorável para com ele (Que Deus maravilhoso!).
O
Senhor o livra da prisão, e permite que ele retorne para Judá, para restaurar
todas as barbaridades que, como rei, havia praticado em toda sua vida.
Apesar
de toda maldade, Deus dá uma nova chance a Manassés, e o coloca novamente no
trono da nação.
O
conceito de perdão de Deus é muito diferente do ser humano. Deus “perdoa e
esquece”.
Quantos
de nós colocaríamos novamente Manassés no trono? Quantos de nós permitiríamos
que nossos filhos fossem acampar com um membro “fiel” da Igreja, que no passado
havia sido um estuprador e assassino? Confiaríamos nossos filhos a alguém com
um passado tão negro?
Penso
que não!
Nosso
conceito de perdão é diferente – perdoamos mas não esquecemos, e na primeira
oportunidade jogamos tudo "na cara" outra vez!
A
alegria de ser perdoado (vv. 14-17)
Ao
retornar para o reino, Manassés começa uma obra de reforma na nação que ele
havia conduzido à apostasia. Sabe por quê?
Não
é possível receber o toque do perdão de Deus e continuar na mesma vida de
pecado.
Não
é possível sentir a plenitude da graça e não querer restaurar a vida arruinada.
Manassés
restaura o culto ao Deus verdadeiro, e conduz o povo de volta ao Senhor.
A
restauração foi completa: Templo, casas, altares, vidas, destruição dos ídolos,
etc.
O
povo agora adorava somente ao Deus Eterno (v. 17) – que vitória!
Caro
internauta...
Há
momentos em que chegamos a pensar que o perdão de Deus não é suficiente para
restaurar criminosos tão bárbaros como os que aparecem diariamente nos
noticiários policiais.
Mesmo
dentro da Igreja tenho encontrado pessoas (jovens ou adultos) que vivem um
tormento pessoal por não acreditarem que foram perdoados pelo Senhor. Sentem-se
sem Deus e sem esperança no mundo.
O
que normalmente pensamos é que pessoas que vão tão fundo no pecado não
conseguirão retornar e mudarem para uma vida de santidade e obediência a Deus.
Mas
a história de Manassés nos mostra que “onde abundou o pecado, superabundou a
graça” de Deus. Temos um Advogado junto ao Pai, que está disposto a interceder
por todo aquele que suplica pela misericórdia divina.
Há
perdão para mim e para você também... sempre que você estiver disposto a
recebê-lo.
“Quando
alguém que vagou longe no pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita
e crítica. Há os que duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou
insinuarão: ‘Ele não tem estabilidade; não creio que resista’. Tais pessoas não
fazem a obra de Deus, porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas
críticas, o maligno espera desencorajar aquela alma, afastá-la ainda mais da
esperança e de Deus” – Parábolas de Jesus, pág. 190.
Seja
um(a) promotor(a) da esperança.... e não da "desesperança"....