Mais
bem-aventurado é dar que receber. Atos 20:35
Albert
Schweitzer nasceu na Alemanha, em 1875, e morreu na África, em 1965. Filho e
neto de pastores, obteve seu doutorado em teologia na Universidade de
Strasbourg, em 1899. Fez também estudos avançados em música. Era considerado um
dos melhores intérpretes de Bach, além de uma autoridade na construção de
órgãos.
Aos
30 anos, desfrutava de posição invejável em uma das mais notáveis universidades
europeias. Ao entrar em seu escritório, certa manhã, encontrou um anúncio:
"Necessita-se de um médico-missionário para a África." Lamentou não
ser um médico, mas, então, planejou sua vida: em seis anos estaria formado em
medicina, renunciaria à sua posição como professor de teologia e iria para a
África, que ele via como o mendigo Lázaro, da parábola de Jesus, jazendo
faminto nos portões da Europa. Ele começou a estudar medicina em 1905. Dentro
de alguns anos, foi para Gabão, África Francesa, como médico-missionário.
Inicialmente
atendia seus pacientes, 40 deles por dia, num antigo galinheiro. Apesar dos
obstáculos, clima hostil, falta de recursos, higiene precária e dificuldades
com a língua, não desanimou. Além dos serviços médicos, ensinava o evangelho
com ilustrações extraídas da natureza. Na primeira guerra mundial, foi enviado
para um campo de concentração, na França. Depois da guerra, voltou para o
Gabão, mantendo, como ele dizia, "o olhar para a humanidade".
Escreveu a conhecida obra teológica A Busca do Jesus Histórico e tornou-se
famoso em círculos intelectuais, mas isso não o desviou de seu projeto
missionário. Com os direitos autorais de seus livros, doações e recitais de
órgão que apresentava na Europa, conseguiu recursos para construir um hospital
de serviço humanitário. Em 1952, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Emocionado,
Albert descrevia o que lhe trazia a maior alegria em seu trabalho. Alguém em
sofrimento era levado ao hospital. Ele acalmava a pessoa dizendo que a
colocaria para dormir, para operá-la. Depois da cirurgia, assentava-se ao lado
do paciente esperando que ele acordasse e recuperasse a consciência.
Lentamente, o enfermo abria os olhos e murmurava maravilhado: "Não tenho
mais dor!" Essa era sua grande recompensa. Segundo Jesus, não há nenhum
retorno material que possa trazer maior satisfação às profundezas do coração
humano do que o serviço desinteressado por outros.
Fonte: CPB
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