O
que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros. 1 João 1:3
No
início de 1999, quando eu era pastor da Igreja Adventista Portuguesa de
Toronto, tive a triste oportunidade de assistir ao funeral de Pedro A.
Mitchell, 29 anos, filho do pastor C. Mitchell, que liderava uma igreja
adventista no centro de Toronto, não muito longe de minha igreja. O sermão
fúnebre foi pronunciado pelo pastor V. Kerr, então oficial do Departamento da
Escola Sabatina na Associação de Ontário. Era impossível não perceber a emoção
de Kerr. Também era notório o tom de autoridade de sua mensagem. Qual era o
segredo? O pastor Kerr, poucos meses antes, havia perdido o próprio filho, Ben,
assassinado por policiais norte-americanos. Por puro preconceito de cor, numa
perseguição absurda de automóvel, a polícia matou o rapaz, que ia para o
Oakwood Adventist College a fim de estudar teologia.
A
aplicação é muito simples: a autoridade do que comunicamos como cristãos será
sempre proporcional ao conhecimento pessoal e à experiência de primeira mão
daquilo que queremos comunicar. É precisamente por isso que Jesus Cristo nos
chamou para sermos Suas testemunhas, como enfatizado em Atos 1:8: "Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da Terra." A testemunha fala daquilo que presenciou, viu ou ouviu.
Em outras palavras, Cristo não precisa primariamente de defesa ou de serviços
de advocacia, mas do testemunho daqueles que O conhecem de maneira íntima,
pessoal e experiencial. Do contrário estaremos apenas falando de uma teoria
abstrata, pálida, sem poder, autoridade ou credencial.
É
como na conhecida história dos dois sujeitos que recitaram o salmo 23, com
diferentes resultados. Um impressiona pela arte da interpretação, o outro leva
às lágrimas e à reflexão pela emoção da voz. Qual a diferença? Um conhecia o
salmo do Pastor, o outro conhecia o Pastor do salmo!
Fonte: CPB
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