Os
mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão
de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando. Apocalipse 18:15
O
consumo não é algo novo. Pode ser visto como o uso legítimo de recursos para a
sobrevivência. Esse não é o caso do consumismo, que surgiu na esteira da
Revolução Industrial, tornando-se um estilo de vida dominante em nossos dias.
Até então, exceto pela elite rica, o consumo era baseado em necessidade. Luxos
e gastos desnecessários eram tipicamente condenados, vistos como extravagâncias
supérfluas.
A
cultura atual, contudo, apresenta o quadro global de uma febre feroz e
incontrolável para se ter e consumir. O poder de consumo é visto como um
símbolo de superioridade social, sublinhando status profissional e econômico,
mantendo distinção entre "aqueles que podem" e "aqueles que
querem". Consumir é fashion, é ter estilo. Os hábitos de compra foram transformados,
e extravagâncias parecem necessidades. O comércio, por meio da publicidade,
conseguiu controlar as pessoas, ditando a elas o que vestir e comer, que tipo
de móveis precisam comprar e como é o carro que devem ter. A propaganda passou
a controlar o pensamento, e os produtos passaram a ser não apenas desejáveis,
mas indispensáveis.
Para
se criar a economia consumista, o crédito dos consumidores teve que ser
expandido. O efeito disso foi o grande aumento do endividamento sobre pessoas e
famílias. As consequências dessa Babilônia ainda não foram avaliadas em toda
sua extensão. Desenvolveu-se até uma "religião materialista". Se no
passado a resposta a questões essenciais, como "Quem somos nós?",
vinha das Escrituras, hoje ela vem do mercado: "Somos o que
consumimos." As pessoas são subjugadas pela sensação do consumo
compensatório: consumir para sentir alívio do estresse. Consumir para sentir-se
bem. A lógica é mais ou menos esta: "Se desejo, eu devo possuir. Se devo
possuir, é porque eu necessito. E, porque necessito, eu mereço. Então farei
qualquer coisa para possuir o que necessito e mereço."
A
força da propaganda consumista é alicerçada em promessas falsas. Mas as
Escrituras não têm boas-novas para o consumismo. O Apocalipse 18 antecipa o
colapso do comércio, da propaganda enganosa, das fraudes e mentiras. Descubra a
vontade de Deus para sua vida, e confie em Suas promessas infalíveis. Aprenda a
relativizar a voz da cultura e seus apelos.
Fonte: CPB
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