Eu
é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de
paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Jeremias 29:11
"Deus
ouviu minhas orações." Quando as pessoas me dizem isso, imagino que elas
estão querendo dizer que Deus lhes deu o que pediram. Contudo, será que Deus só
ouve nossas orações quando Ele nos concede o que queremos? Com frequência,
esquecemos que ao Ele dizer "não" ou "espere" temos
respostas divinas tão misericordiosas como Seu "sim".
Respondemos
aos filhos dando-lhes não apenas o que querem, mas o que julgamos ser o melhor
para eles. De maneira infinitamente superior, porque as respostas de Deus são
sempre corretas, justas, sábias e melhores, Ele com frequência responde às
nossas orações concedendo o que a longo prazo se provará o melhor para nós.
Uma
das dificuldades com as orações é que elas, na maioria das vezes, são apenas
sugestões. Trazemos as respostas prontas, esquecendo-nos de que Deus trabalha
com Seus métodos. Naamã, o leproso, queria ser curado. Imaginou que seu pedido
deveria ser respondido em termos de um grande show, um espetáculo aos sentidos.
Ficou irado quando o profeta simplesmente mandou que ele mergulhasse sete vezes
no Jordão. Paulo, por três vezes, pediu que Deus retirasse dele seu
"espinho na carne", entendido por muitos como sendo uma visão
precária. Não seria do interesse do próprio Senhor ter um homem como Paulo
atuando nas melhores condições? Deus lhe respondeu de maneira inesperada,
apenas indicando que Seu "poder se aperfeiçoa na fraqueza".
Considere
esta extraordinária oração de Blaise Pascal: "Não te peço, Senhor, por
saúde ou enfermidade, vida ou morte, mas apenas que Tu disponhas de minha saúde
ou enfermidade, de minha vida ou de minha morte para a Tua glória [...].
Somente Tu sabes o que é melhor para mim [...]. Concede-me ou tira de mim, mas
apenas faze a minha vontade aceitar a Tua vontade. Eu sei apenas, Senhor, que
devo seguir-Te e não Te ofender. Fora isso, eu não sei o que é bom ou ruim em
qualquer outra coisa. Eu não sei o que é melhor para mim, saúde ou enfermidade,
riqueza ou pobreza, ou qualquer outra coisa no mundo. Tal discernimento está
além do poder dos homens ou dos anjos, e está escondido entre os segredos de
Tua providência, a qual eu adoro, mas não procuro compreender."
Fonte: CPB
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