Vivemos em uma época em que
nós mulheres conquistamos muitos direitos e temos gozado de muitos privilégios
dos quais mulheres do passado foram privadas. É bem verdade que o machismo está
longe de ser algo que agrada a Deus. Aquele que criou homem e mulher considera
ambos importantes, enviou Seu Filho para morrer por ambos e comissiona ambos ao
Seu serviço. A opressão pela qual as mulheres passaram (e algumas ainda passam)
ao longo dos séculos não está de acordo com a vontade de Deus. O machismo não é
um ensinamento bíblico, nem uma conduta cristã.
Contudo, a resposta feminina
ao machismo – o feminismo – também não é bíblica ou cristã!
Há algum tempo me deparei
com alguns vídeos de propagandas cuja mensagem central era que se o corpo é
meu, as regras são minhas. Lembro-me que um dos vídeos abordava esta ideia ao
falar sobre aborto, e outro ao falar sobre imagem pessoal (corte de cabelo,
roupa, maquiagem, esmaltes, etc…).
“Meu corpo, minhas regras” –
quanto perigo em uma frase tão pequena! E não é de surpreender. O primeiro
engano em que a mulher caiu também foi dito em poucas palavras – “Certamente
não morrereis” Gênesis 3:4. Queridas amigas precisamos abrir nossos olhos.
A Palavra do Senhor nos
ensina algo diferente do que o mundo tem propagado:
“Ou não sabeis que o vosso
corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai,
pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1
Coríntios 6:19,20.
A mulher cristã submete seu
corpo à vontade de Deus! Ela segue o que a Palavra diz em I Coríntios 10:31, e
come não o que quer, mas o que agrada a Deus. Ela não adorna seu corpo com
trajes e enfeites que desagradam a Deus, mas segue o que a Sagrada Escritura
diz em I Pedro 3:3 e 4. Ela entende que não pertence a si mesma, mas Àquele que
deu Sua vida para resgata-la das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pedro
2:9). Jesus não é apenas seu Salvador, mas também seu Senhor, e sua vida
(incluindo seu corpo) é na verdade a vida de Cristo nela (Gálatas 2:20).
Mais do que uma peça de
tecido – uma ideologia
Um dos temas mais delicados
para nós, mulheres cristãs, parece ser o da modéstia cristã. Alguns dos textos
mais fortes que já li nos testemunhos (e com os quais mais lutei) do Espírito
de Profecia são acerca deste tema.
Sem que muitas de nós
percebamos, as ideias feministas tem ganhado espaço entre as mulheres cristãs,
e tornado ainda mais delicado o tratamento deste assunto.
A Palavra de Deus é clara
sobre a distinção que deve haver entre o vestuário feminino e masculino: “Não
haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque,
qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” Deuteronômio 22:5. Mas
seguindo uma ideologia feminista de igualdade, peças masculinas foram inseridas
no guarda-roupa feminino, e muitas de nossas irmãs as utilizam hoje sem ter a
menor atenção acerca da ideologia que essas peças carregam.
Recentemente li uma matéria
acerca da moda unissex. Uma matéria publicada em um site secular, mas que
evidencia muito (até porque isso não é segredo que o mundo da moda pretenda
guardar) a ideologia que está por trás de muitas peças de roupa. Você pode ler
a matéria completa aqui. Ali são citadas pessoas, como Coco Chanel, que
trouxeram elementos masculinos para a moda feminina, e mostrado claramente o
interesse que há em se criar uma moda neutra, que possa ter adesão de homens e
mulheres, que carregue consigo essa ideologia da igualdade (e neutralidade) de gênero.
No tempo em que Ellen White
viveu, ela já advertia o povo de Deus acerca deste tipo de ideologia e de sua
influência no vestuário da mulher adventista. Alertou as irmãs de sua época
acerca do traje americano (traje que trazia para o vestuário feminino peças de
caráter masculino) e afirmou que o testemunho sobre esse assunto lhe foi “dado
como reprovação para as irmãs que se sentem inclinadas a adotar um estilo de
vestuário criado para homens” (T1, pág. 458).
Atualmente outros grupos,
além do movimento feminista, têm erguido uma bandeira que propõe uma igualdade
de gênero que não é bíblica. Esta ideologia está por trás de muito do que tem
sido produzido no mundo da moda nos últimos anos, e por trás de muito do que
tem sido usado por nossas irmãs (e também nossos irmãos).
Querida amiga, como citei
acima, este é um tema delicado para nós, mulheres. Eu lutei muito com Deus
acerca destes assuntos (você pode ler aqui meu testemunho sobre uma parte dessa
luta). Quando O Espírito Santo começou a me falar acerca de peças de roupas que
deviam sair do meu guarda-roupa, confesso que eu sofri, eu resisti, eu teimei,
mas O Senhor usou muitos e diferentes meios para me convencer e me converter
acerca deste assunto. Eu entendo como é difícil para muitas mulheres aceitarem
toda a verdade acerca de como deve ser o nosso vestuário, pois foi muito
difícil para mim. Hoje, eu me sinto livre da moda e de toda desvantagem que
agora posso enxergar que havia em usar aquelas peças de roupas. Mas na época em
que eu as usava, eu não queria aceitar que elas não fossem apropriadas a uma
mulher cristã.
Sabe querida, o mundo tem
tentado nos convencer de que devemos seguir nossa própria lei acerca do que
fazemos com o nosso corpo. Mas nós sabemos que só há uma lei segura a seguir –
a lei de Deus. “Nenhum servo pode servir a dois senhores” ( Lucas 16:13), não
podemos servir a Deus através de nosso corpo enquanto seguimos nossas próprias
regras. Nosso olhar deve estar fixo em Jesus, e não em nós mesmas, e nossos
ouvidos atentos à voz do Espírito Santo (Isaías 30:21), e não ao que nosso
coração enganoso diz (Jeremias 17:9). Maria, serva de Deus, decidiu que seu
corpo estaria a serviço do Senhor, e por isso gerou em seu ventre o Filho de
Deus. A resposta desta mulher virtuosa ao chamado de Deus foi precisa “Eis aqui
a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” Lucas 1:38. Esta
deve ser também a nossa resposta a Deus.
Aquilo que vestimos não é
apenas pedaços de tecido inofensivos, modelados e costurados. O que vestimos é
também uma mensagem. Quando olhamos para a vida dos servos de Deus relatada na
Bíblia, vemos que eles não tinham apenas uma mensagem para falar, mas eles eram
a mensagem, sua vida, seus hábitos, tudo comunicava algo a quem os observava.
Ao usarmos uma peça de roupa, não estamos apenas nos vestindo, estamos também
dizendo a quem pertencemos e que tipo de caráter temos. Não é por menos que
vestes são uma representação de caráter. Elas são muito significativas sim. O
Diabo sabe disso e investe fortemente neste assunto. Não achemos que devemos
dar pouca importância a ele.
Para concluir, gostaria de
dividir com você algo que tocou profundamente meu coração quando eu estava
estudando acerca da vontade de Deus para o nosso vestuário. Desejo que Deus
fale com você através dessa citação, e que você reflita profundamente acerca da
mensagem que está contida nas roupas que cobrem o seu corpo.
Minha atenção foi chamada
para o seguinte texto bíblico: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nos
cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada
canto presas por um cordão de azul. E as borlas vos serão para que, vendo-as,
vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; o não seguirdes
os desejos do vosso coração, nem dos vossos olhos, após os quais andais
adulterando. Para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os cumprais,
e santos sereis a vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da
terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus.” Números
15:38-41. Deus ordena expressamente um simplíssimo adorno de vestuário para os
filhos de Israel, com o propósito de distingui-los das nações idólatras que os
cercavam. Quando eles olhassem para essa peculiaridade de suas vestes,
lembrar-se-iam de que eram o povo que guardava os mandamentos de Deus, e que
Ele havia atuado de maneira miraculosa para livrá-los do cativeiro egípcio, a
fim de que O servissem e Lhe fossem um povo santo. Eles não deviam atender aos
próprios desejos ou imitar as nações idólatras, mas permanecer como um povo
distinto, separado e que todos os que os olhassem pudessem dizer: Eis aqueles
que Deus tirou da terra do Egito e que guardam a lei dos Dez Mandamentos. Um
israelita deveria ser reconhecido tão logo fosse visto, pois Deus, através de
meios simples, os distinguia como Seus. – {T1 524.1}
A ordem dada por Deus aos
filhos de Israel para colocarem uma fita azul em suas vestes, não deveria ter
nenhuma influência direta sobre sua saúde. Apenas enquanto Deus os abençoasse e
a fita mantivesse em sua memória as elevadas reivindicações de Jeová, seriam
guardados de misturar-se com outras nações, participando de suas festas
licenciosas e comendo carne de porco e ricos alimentos prejudiciais à saúde.
Deus deseja agora que Seu povo adote o vestuário da reforma, não apenas para
distingui-los do mundo como Seu povo peculiar, mas porque uma reforma no
vestuário é essencial à sua saúde física e mental. O povo de Deus tem, em
grande medida, perdido seus traços distintivos, gradualmente se modelando
segundo o mundo e mesclando-se com ele, até que em muitos respeitos se torna
semelhante a ele. Isso desagrada a Deus. Ele os dirige, assim como conduziu os
filhos de Israel do passado, a saírem do mundo e abandonarem suas práticas
idólatras, não seguindo o próprio coração (pois que esse não é santificado) ou
sua visão, que os têm conduzido para longe de Deus e os unido ao mundo. – {T1
524.2}
Algo deve ser feito para
diminuir o envolvimento do povo de Deus com o mundo. O traje da reforma é
simples e saudável, todavia, há uma cruz nele. Agradeço a Deus pela cruz e
alegremente curvo-me para erguê-la. Temo-nos unido tanto ao mundo que perdemos
de vista a cruz e não desejamos sofrer por amor a Cristo. – {T1 525.1} Não
precisamos inventar uma cruz, mas se Deus no-la apresenta, deveríamos
alegremente tomá-la. Ao aceitar a cruz, somos distinguidos do mundo, que não
nos ama e ainda ridiculariza nossa peculiaridade. Cristo foi odiado porque Ele
não era do mundo. Podem Seus seguidores esperar melhor sorte que seu Mestre? Se
não sofremos censura ou desdém do mundo podemos ficar alarmados, pois é nossa
conformidade com o mundo que nos torna tão semelhantes a ele, que não desperta
seus ciúmes ou sua malícia. Não há confronto de caráter. O mundo despreza a
cruz. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós,
que somos salvos, é o poder de Deus.” 1 Coríntios 1:18. “Mas longe esteja de
mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o
mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo.” Gálatas 6:14. [*] – {T1
525.2}
Fonte: Mulher Adventista
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