Existe um fenômeno que
sempre me intrigou: o desejo que algumas pessoas sentem de viverem na
"pele" de outra pessoa, em especial, das chamadas "celebridades".
É muito comum vermos pessoas
que fazem de tudo para se parecerem com seus ídolos. Quantos não deixam o
cabelo crescer, usam ternos com ombreiras enormes, andam com trejeitos
peculiares, apenas para serem reconhecidos como fâs de ROBERTO CARLOS?!
Outros deixam barba, cabelo
e bigodes iguaizinhos aos de RAUL SEIXAS, seu ídolo.
Na época de luto por MICHAEL
JACKSON, seus "sósias" apareceram frequentemente, mostrando o quanto
se esforçam para ficarem iguais a ele.
Poderíamos falar também de
ELVIS PRESLEY, MADONA, AMY WHINEHOUSE, MARILYN MONROE, RONALDO
"FENÔMENO" (lembram quando ele usou aquele corte de cabelo ridículo
na Copa, e muitos jovens começaram a imitar o "bigodinho na testa" do
"Cascão"? rsrs), NEYMAR (o cabelo dele tem se tornado
"moda" entre seus fãs)... e muitos outros.
Há, ainda, aquela fase da
vida em que muitos querem parecer que são diferentes, mas na verdade, acabam
ficando iguais à "turma". Até os que preferem os visuais exóticos,
como Punks, Emos, Skinheads, etc., findam buscando uma identificação visual com
aqueles que são do seu grupo, da sua turma. Querem ser diferentes, mas se
tornam iguais aos seus "ídolos". Atualmente está a fase ridícula das
barbas de "lenhador"... é todo mundo querendo ser diferente, mas
igual.
Até no meio evangélico
moderno existem aqueles que imitam seus "ídolos" sem nenhum
constrangimento. Basta ir em alguma dessas igrejas neo-pentecostais (ou
acompanhar um de seus programas na TV) para ver como seus "pastores
presidentes" são imitados pelos seus liderados.
- Seja no sotaque (quase
sempre, carioca) forçado e esganiçado;
- Seja no uso dos surrados
"bordões", do tipo: "meu amigo, minha amiga...";
- Seja no jeito de esticar
os dedos das mãos, iguais ao "bispo-chefe";
- Seja na moda recente das
abotoaduras e pulseiras de ouro, toalhas, chapéu, etc.
Até entre os Adventistas há
aqueles que procuram imitar seus "ídolos"
- Seja pregando no estilo do
Pr. Bullón, por exemplo (alguns imitam até o portunhol...rsrs);
- Seja imitando às sopranos,
barítonos ou tenores que se destacam no cenário nacional (já viram como alguns
imitam aquelas "curvinhas na voz" que um famoso cantor
Adventista/gospel da atualidade gosta de cantar em suas músicas?);
- Seja cortando o cabelo,
fazendo a barba/cavanhaque/costeleta que está no moda.
Enfim... no final, o que
importa é ficar igual ao "ídolo".
Todas estas pessoas deixam
de viverem sua própria vida, seu próprio "eu", sua própria
personalidade... para viverem o estilo de outra pessoa que, muitas vezes (no
caso do meio artístico secular), têm um padrão de vida devasso, imoral e
deturpado.
O Ídolo de Paulo
Segundo a Bíblia, Paulo
também tinha Alguém em Quem ele se espelhava. Mas o apóstolo da graça não se
interessava em usar o mesmo cabelo, o mesmo tipo de roupa, o mesmo padrão de
voz ou linguagem que seu "Modelo" utilizava.
O que Paulo queria, mesmo,
era ser reconhecido como alguém que vivia segundo os mesmos princípios nobres e
santos, pelos quais seu Ídolo viveu e morreu. Paulo sabia que, mais importante
que vestir a mesma roupa, era ter o mesmo "coração" de Jesus.
E ele fez um convite para
que nós, eu e você, sigamos seu exemplo, e imitemos este divino Molde (cf.
1Cor. 4:16; Efés. 5:1; Filip. 3:17; 1Tess. 1:6; 2:14; Heb. 6:12).
"Sede meus imitadores,
como também eu sou de Cristo" (1Cor. 11:1).
Que conselho maravilhoso! Só
poderia ter saído dos lábios de alguém completamente entregue ao serviço de
Cristo! Nada de presunção, de orgulho próprio, de vaidade, soberba... nada! Mas
o reflexo de um desejo humilde e sincero de que seus "irmãos na fé"
imitassem Aquele que era o motivo de suas existências - nosso Senhor e Salvador
Jesus.
Quão bom seria se, em vez de
querermos imitar os homossexuais da TV, as lésbicas dos hits musicais, os
depravados do Futebol, os ateus de Hollywood, os devassos do design de moda...
nós seguíssemos o conselho de Paulo e imitássemos Àquele que nos amou a tal
ponto de sacrificar-Se por nós!
Quão bom seria se
imitássemos Seu jeito manso e humilde de lidar com o pecador... Seu espírito
misericordioso e divino em perdoar... Sua atitude nobre e positiva em tratar o
semelhante!
Seria muito bom se O
copiássemos em todos os aspectos, não meramente físicos, estéticos ou
exteriores... mas no aspecto interior de Sua alma, de Seu ser!
Com certeza o mundo veria
menos imitadores do que é mau, passageiro e imoral... e conheceria mais
exemplos de imitadores do Bem, do que é eterno e edificante.
Fonte: Gilson Medeiros
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