Se você já tentou alguma vez abster-se de comer carne, já
deve ter ouvido alguém questionar algo do tipo: “mas nem peixe você come?”.
Isso porque muita gente acredita que comer peixe é muito saudável. Muitos
médicos recomendam, principalmente o famoso salmão. Eu já havia ouvido algumas
vezes algo sobre o salmão consumido no Brasil não ser tão saudável quanto se
prega. Há alguns dias atrás, porém, eu li uma matéria sobre isso, e achei por
bem compartilhar com vocês.
A polêmica do salmão: o peixe criado em cativeiro não faz
bem à saúde
A maior parte do salmão que chega ao Brasil tem valor
nutricional baixo, elevada taxa de gordura ruim, além de conter corantes
artificiais e antibióticos
O SALMÃO NATURAL
O salmão é um peixe mediano da família Salmonidae, peculiar
aos mares e rios europeus. Naturalmente encontrados nos oceanos Atlântico e
Pacífico, eles retornar à água doce na época da procriação, quase sempre
escolhendo o mesmo rio em que nasceu.
A cor vermelha da carne é gerada pelo pigmento Astaxantina,
que o peixe absorve ao se alimentar de camarões. Mas como a dieta do salmão é
variada, também variam as cores de sua carne – desde branco ou rosa suave, até
um vermelho vivo. O salmão permanece na água doce nos dois ou três primeiros
anos de vida antes de ir para o mar, suportando temperaturas baixas em água
doce ou salgada.
Por todos esses hábitos o salmão é um poderoso antioxidante
que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, inflamatórias, e atua no sistema
imune. É fonte de Triptofano, Vitamina D, Ácidos Graxos, Selênio, Proteína,
Vitamina B3, Vitamina B12, Vitamina B6, Fósforo e Magnésio. É excelente fonte
de Ômega 3, substância que reduz em até 81% a chance de ataque cardíaco,
segundo estudos recentes.
O SALMÃO DE CATIVEIRO
Não haveria razão para polêmica se fosse esse o salmão que
consumimos. O problema é que somente 5% de todo o salmão vendido nos Estados
Unidos é natural, e a quantidade que chega ao Brasil é irrisória. Mais da
metade do consumo mundial atualmente tem como origem viveiros do Chile, Canadá,
Estados Unidos e norte da Europa, que reduzem imensamente suas importantes
qualidades nutricionais.
Esses criadores abarrotam tanques com peixes, em condições
de higiene muitas vezes duvidosas, e os alimentam com farinha e corantes para
tentar obter a cor rosada do salmão natural. Pior: utilizam grande quantidade
de gordura e altas doses de antibióticos para crescerem rápido, gerando mais
lucro.
Em cativeiro, as Astaxantinas que tingem a carne do salmão
são substâncias sintéticas derivadas do Petróleo, que, em grandes quantidades,
podem causar problemas de visão e alergias e, segundo estudos recentes, podem
ser tóxicas e carcinogênicas. A título de comparação, 100g de salmão com
corante tem as mesmas toxinas que um ano consumindo enlatados.
COMO IDENTIFICAR
Se você deseja os benefícios do salmão verdadeiro, primeiro
certifique-se de que da procedência. Infelizmente, não há uma exigência da
Anvisa que os rótulos identifiquem se o peixe foi criado em cativeiro ou ao natural,
mas muitas embalagens trazem o país de origem. Os melhores são provenientes do
Alasca e da Rússia. Se for do Chile,evite, pois metade do salmão consumido no
mundo vem de cativeiros chilenos.
O preço também é uma boa referência e, infelizmente, o salmão
natural é caro. Um salmão que custe menos de R$ 40 o quilo provavelmente é de
cativeiro. Outra dica importante é que o peixe de criadouro não resiste bem
quando enlatado, logo, o salmão em lata provavelmente é verdadeiro.
Por conta do preço, os restaurantes costuma utilizar o
salmão de cativeiro. Cobram caro e, na maioria das vezes, oferecem um peixe com
valor nutricional baixo e elevada gordura ruim, que contém corantes,
antibióticos e demais substâncias indesejáveis. Para comer o verdadeiro salmão,
o ideal é comprá-lo em peixarias que possam informar a procedência, e
prepará-lo em casa.
Fonte: Globo.com
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