Como eram as visões de Ellen White?
Existe algum relato de testemunha ocular?
A
obra de alguém que afirma dar como testemunho a mensagem de Deus deve
satisfazer os requisitos dados pela Palavra de Deus, tais como, “pelos seus
frutos os conhecereis”, “à lei e ao testemunho”, o cumprimento de predições
etc. Embora os fenômenos físicos que algumas vezes acompanhavam as visões não
sejam um teste em si, eles satisfazem, nas mentes da maioria das testemunhas
oculares, a evidência da obra do poder divino. Aqueles que testemunharam
pessoalmente Ellen White em visão observaram muito cuidadosamente o que
ocorria. Dos relatos disponíveis podemos formar o seguinte resumo:
11. Antes de uma visão,
tanto a Sra. White quantos os que estavam no aposento sentiam uma profunda
impressão da presença de Deus.
22.
Quando a visão
começava, Ellen White exclamava: “Glória!” ou “Glória ao Senhor!”, repetidas
vezes.
33.
Ela experimentava uma
perda de força física.
44.
Subsequentemente, ela
muitas vezes manifestava força sobrenatural.
55.
Ela não respirava,
mas seu batimento cardíaco continuava normal, e a cor em suas faces era
natural.
66.
Ocasionalmente ela
proferia exclamações indicativas da cena que lhe estava sendo apresentada.
77.
Seus olhos ficavam
abertos, não com olhar distante, mas como se estivesse atentamente assistindo
algo.
88.
Sua posição podia
variar. Às vezes ela ficava sentada; às vezes reclinada; às vezes andava em
volta do aposento e fazia gestos graciosos enquanto falava sobre os assuntos
apresentados.
99.
Ela ficava
absolutamente inconsciente do que estava ocorrendo ao seu redor. Não via,
ouvia, sentia, nem percebia de modo algum o ambiente ou os acontecimentos que a
cercavam.
110. O final da visão
era indicado por uma profunda inspiração, seguida em aproximadamente um minuto
por outra, e logo sua respiração natural recomeçava.
111. Imediatamente após
a visão tudo parecia muito escuro para ela.
112. Dentro de pouco
tempo ela recuperava sua força e habilidades naturais.
A “grande Bíblia”
A história de Ellen White segurando uma
grande Bíblia é fato ou ficção?
No
início de 1845, enquanto estava em uma visão na casa de seus pais em Portland,
Maine, Ellen Harmon (mais tarde White), então com 17 anos, tomou a grande
Bíblia da família e a segurou com seu braço esquerdo estendido por cerca de 20
a 30 minutos. A história foi documentada por J. N. Loughborough, que
entrevistou as pessoas que testemunharam a visão, incluindo o pai, a mãe e a
irmã de Ellen. A Bíblia (em exposição no White Estate) pesa 8 quilos e foi
impressa por Joseph Teal em 1822. William C. White, o filho de Ellen White, também
relatou ter ouvido o incidente de seus pais. Há outros relatos de Ellen White
segurando grandes Bíblias enquanto em visão, incluindo o de uma testemunha
ocular, impresso em Spiritual Gifts, vol. 2, p. 77-79.
Tais
experiências não deveriam ser consideradas prova de inspiração divina, já que
os profetas devem satisfazer aos testes apresentados nas Escrituras; mas esta
experiência, assim como outros fenômenos físicos notáveis, eram vistos por
muitos dos primeiros adventistas como evidência de que as visões de Ellen
Harmon eram de origem sobrenatural.
Leitores
superficiais de uma discussão de 1919 a respeito da “grande Bíblia” concluíram
erradamente que o presidente da Associação Geral, A. G. Daniells, questionou a
historicidade do incidente. Eles não compreenderam o ponto de vista de
Daniells, que ele esclareceu quando lhe perguntaram se estava duvidando do
milagre ou declarando que ele não usaria tais manifestações como uma “prova” de
inspiração. Ele respondeu: “Não, eu não descreio nem duvido deles; mas eles não
são o tipo de evidência que eu usaria com estudantes ou com descrentes…. Não os
questiono, mas não acho que eles são o melhor tipo de prova para se apresentar”
– (Minutes of the Bible and History Teachers’ Council, 30 de julho de 1919, p.
2341-2344, 2360-2362).
Fonte: CPEGW
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