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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Nota de repúdio à insubordinação em ordenar mulheres para o ministério


Temos visto ocorrer pelo mundo algumas ordenações de mulheres ao ministério, ou nomeações para funções que deveriam ser ocupadas por pastores ordenados.

Recentemente, a  Southeastern Conference Califórnia (Conferência do Sudeste da Califórnia) nomeou uma mulher como presidente dessa Conferência (que é similar às nossas Associações). Também a Europa teve sua primeira mulher ordenada ao Ministério pela Conferência da União Holanda. Infelizmente, não é a primeira vez que isso acontece. Ano passado foi votada a ordenação de mulheres pastoras adventistas na Conferência da União da Columbia (EUA). Todas essas ações contrariam o apelo feito pela Conferência Geral de que se aguarde para que essa seja uma decisão tomada da forma correta pela igreja, para que se aguarde a próxima assembléia.

Outras pessoas poderiam abordar esse assunto de outra forma, apontando outros prejuízos em se proceder esse tipo de ordenação. A mim, chama a atenção, o problema da insubordinação. Uma vez que haja uma solicitação para aguardar, uma vez que uma União ou uma Associação, e nem mesmo uma Divisão esteja habilitada a tomar essa decisão por conta própria, só posso entender que estamos sofrendo de um grave problema de insubordinação. E, para a nossa infelicidade, uma insubordinação que vem da própria liderança, e que sem dúvida alguma se reflete sobre as instâncias menores e sobre os membros das igrejas locais. Que exemplo de submissão à hierarquia do corpo de Cristo estamos tendo desses líderes? Nenhum!


Isso me faz lembrar do povo de Israel, duro e insubordinado, que tendo Deus por líder soberano, tiveram a ousadia de pedir “Dá-nos um rei” (I Samuel 8:6). Nos tempos antigos, Israel queria um Rei, hoje, há os que desejam ter pastoras ordenadas. Temo o que mais poderá ser desejado e requerido dentro de alguns anos, se Cristo não voltar até lá.

E, assim como naquela época, a rejeição do povo não era em relação a Samuel, e sim a Deus – “Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” (I Samuel 8:7) – posturas modernas de insubordinação possuem o mesmo teor. Não se trata de rebeldia contra o Pr Ted Wilson, ou aos demais líderes da CG, mas contra o Deus que guia essa Igreja e que nos instruiu quanto à necessidade de unidade, especialmente no Tempo do Fim.

Líderes como o Pr Ted podem errar? É claro que sim! E se eles estiverem errados, precisamos nos opor ao erro deles? Obviamente. Havendo um claro “assim diz o Senhor”, não devemos nos sujeitar a qualquer ordem ou prática que entre em conflito com a vontade de Deus. Ocorre que não há nenhuma instrução divina que claramente ordene mulheres ao ministério pastoral, e nesse caso, o que existe são teorias e vontades pessoais. Ellen White, por algumas vezes repreendeu nossos líderes máximos, pois estavam errados. Nos escritos dela, você pode encontrar essas repreensões.

Encontramos também, citações em que ela reforça a autoridade que a Assembléia Geral possui.

"Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Quando, porém, o julgamento da Associação Geral, que é a mais elevada autoridade que Deus tem sobre a Terra, é exercido, a independência e o juízo privados não devem ser mantidos, mas submetidos". Testimonies, vol. 3, pág. 492.

"Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isso não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e progresso de Sua obra". A Igreja Remanescente, p. 67.

Todo e qualquer erro de uma liderança não deve ser aceito pelo povo de Deus. Não devemos nos submeter a algo que contrarie a vontade de Deus. Contudo, não devemos nos opor à liderança, em prol de nossos gostos e opiniões pessoais. A única autoridade que existe na Igreja é Deus. Ele institui as demais autoridades. E essas, só são autoridades uma vez que atuem segundo o “assim diz o Senhor”, revestidos pelo Espírito Santo. Do contrário, estão representando a si mesmos e não ao Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Precisamos orar por estes insubordinados líderes, pois eles carecem da misericórdia e do perdão de Deus. Precisam arrepender-se e voltar-se a Deus. São tão amados por Deus como eu e você, e terão sobre eles uma cobrança muito maior no Dia do Juízo pela posição de liderança que ocupam.

E a mim e a você cabe uma reflexão pessoal: até que ponto não temos sido insubordinados também?

Há um texto de Ellen White que muito me chama a atenção sobre o assunto da insubordinação. No dia em que o li a primeira vez, passei um bom tempo refletindo e desejo o mesmo a você:


“Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel;” Evangelismo, p. 696.

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