Em cinco dias de reuniões, os cardeais discutiram o futuro,
as necessidades da Igreja e tentaram definir os desafios para o novo papa.
Buscaram mais informações sobre o Vatileaks, o escândalo do Vaticano que abalou
Bento XVI.
A imprensa passou a semana especulando quem seriam os
favoritos para assumir a liderança da Igreja Católica. O arcebispo de São
Paulo, dom Odilo Scherer, está na lista dos papáveis, e teria o voto de
Giovanni Batista Re, da Cúria Romana.
O italiano Angelo Scola poderia ser o candidato dos europeus
e americanos que querem reformas na cúpula da Igreja. Para o especialista em
Vaticano, Sandro Magister, o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, é o cardeal
mais forte.
"Vejo nele um perfil que corresponde a muitas
expectativas, uma capacidade muito grande de comunicação, com muita energia
para governar a igreja e libertá-la do peso de uma Cúria desordenada", diz
Magister. A resposta definitiva pode sair até o final da semana que vem com a
fumaça branca.
Os cardeais definiram o início do conclave para terça-feira,
12 de março. De manhã, irão celebrar uma missa na basílica de São Pedro. À
tarde, irão em procissão para a Capela Sistina, rezando.
Farão um juramento de jamais revelar o que aconteceu ali. O
local será blindado eletronicamente, para evitar qualquer contato de fora. Depois de tomarem seus lugares, os cardeais
vão receber uma cédula, com a frase em latim: “Eu elejo como sumo pontífice”. Cada um vai escrever o nome do seu candidato.
São 115 eleitores, de 51 países. Para eleger o papa, serão
necessários 77 votos. Se depois de várias votações, que o conclave decidirá
quantas, nenhum dos candidatos obtiver maioria de dois terços, os dois mais
votados vão disputar uma eleição. Também ali, será necessária a maioria de dois
terços.
Fonte: Jornal da Globo
Acesso Teológico
Naldo JB
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