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quinta-feira, 30 de abril de 2015

A dinâmica da comunidade


Em grupo, quando somos mais vulneráveis, estamos mais protegidos.

Se há alguma coisa que os escândalos de corrupção nos ensinam é que o senso de comunidade é essencial para a sobrevivência. Isso mesmo! Se o discípulo é um eterno aprendiz, não deve permitir que a justa indignação com a situação política nacional o cegue para uma lição preciosa vinda de um contexto inesperado.

O que esses esquemas de corrupção têm em comum é uma forte rede de pessoas comprometidas e cúmplices. Ao mesmo tempo que elas são vulneráveis, porque podem ser delatadas por alguém do grupo, também são extremamente fortes, porque se protegem mutuamente.

Em contraste, o cristianismo perde força quando uma visão individualista da fé é permitida. O risco é os cristãos se protegerem dos outros e não uns aos outros. Com medo de se tornarem vulneráveis, porque podem ser traídos e abusados, acabam se tornando fracos porque se isolam. Em muitos casos, a rede de comprometimento e cumplicidade que perpetua o abuso, infelizmente, não se repete para o bem.

E isso acontece em um momento crucial da história quando a humanidade experimenta uma mudança dramática e progressiva em direção à desconexão social. A tecnologia tem fracassado em cumprir sua promessa de conectar pessoas e pesquisas revelam, por exemplo, que possuímos poucos ou nenhum confidente com quem discutimos questões importantes. Entre outros indicadores está o aumento do número de pessoas que vivem sozinhas. Enquanto a depressão e o estresse aparecem como grandes vilões no século presente, a solidão é identificada como a principal causa de grande parte do atual estado de infelicidade, insanidade e tristeza humana.

O texto (Bíblia), porém, ensina que a vida cristã em contexto (cultura atual) acontece em comunidade. Não é possível desassociar o “ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração” do “ame ao próximo como a ti mesmo” (Lc 10:27, NVI). Parece que não conseguiremos crescer espiritualmente de acordo com o propósito divino vivendo relacionamentos superficiais. São nos relacionamentos profundos, em que nos arriscamos a viver de coração aberto em confiança, que o potencial espiritual é desenvolvido e a proteção acontece (Ef 4:11-16).

Parece um paradoxo pensar que quanto mais vulneráveis mais protegidos estamos. E a vida proposta por Jesus é mesmo cheia de paradoxos, como, por exemplo, a verdade de que é preciso perder a vida para ganhá-la (Mc 8:35) ou de que o criador do Universo nasceu como um bebê indefeso (Mt 1:23).

Em comunidade, conhecemos melhor a divindade que se revela numa comunidade de três e que nos criou à sua imagem (Gn 1:26). Ao nos afastarmos das pessoas, vamos na contramão desse DNA relacional com o qual fomos desenhados e experimentamos o vazio da falta de relacionamentos íntimos. Dessa maneira, somos tentados a preencher o lugar deles com a busca por bens materiais, com a ocupação do tempo ou com a tentativa de manter a vida sob controle.

Chegamos até a repetir “provérbios” cristãos que justificam e reforçam nosso distanciamento, como: “temos que olhar pra Deus e não para as pessoas”, “o importante é meu relacionamento com Deus” ou “a salvação é individual”. Para mim, esses ditados religiosos não se diferem muito da máxima secular “cada um com seus problemas”, usada por uma sociedade doente.

A realidade é que pessoas socialmente conectadas vivem mais, respondem melhor a situações de estresse, possuem um sistema imunológico mais robusto e enfrentam melhor uma variedade de doenças. Essa é a constatação apresentada pelo casal de médicos Jacqueline Olds and Richard S. Schwartz, no livro The Lonely American: drifting apart in the twenty-first century (p. 2).

Porém, o que fazer com o medo de se aproximar? Com as experiências negativas e feridas causadas por amigos? Você deve correr riscos! E eles valem a pena diante dos benefícios dessa atitude de buscar viver em comunidade. Seguem algumas dicas:

Seja intencional
Com o tempo, encontre outras pessoas que também queiram desenvolver relacionamentos verdadeiros e faça um acordo com elas de cumplicidade, confidencialidade, abertura e aceitação. Isso pode até soar artificial, mas lembre-se de que relacionamentos íntimos não são construídos naturalmente. Eles precisam ser intencionalmente estabelecidos e cultivados (Ec 4:9,10,12; Pv 27:17).

Busque transformação em grupo
Quando o texto se encontra com a vida prática, a transformação acontece. Vida em comunidade como prática da espiritualidade se dá quando existe comprometimento de ajuda mútua para que a verdade bíblica seja aplicada na vida diária (Jo 15:14). Em comunidade, somos capazes de fazer muito mais do que faríamos sozinhos.

Pratique o cuidado mútuo
Ele nos ajuda a desenvolver a concentração nas necessidades do outro e o exercício de zelar pelos interesses alheios (Fp 2:4). O crescimento espiritual parece ser acelerado quando servimos ao próximo e permitimos, em contrapartida, que os outros cuidem de nós.

É claro que a prática da espiritualidade por meio da vida em comunidade não se dá apenas com intencionalidade e comprometimento. Ela requer tempo, experiências de vida conjuntas e, sobretudo, a ação agregadora do Espírito Santo. Algumas dessas experiências serão extremamente prazerosas, enquanto outras podem gerar sofrimento. Para aqueles que já enfrentaram situações difíceis em relacionamentos com pessoas desequilibradas, sugiro que procure pessoas emocionalmente saudáveis com quem possam desenvolver uma comunidade espiritual sadia. E, conforme o conhecimento mútuo se aprofunda, aprenda a amar e ser amado.

O cristianismo bíblico nunca afasta as pessoas. Pelo contrário, as ajunta em sua multiplicidade em um só corpo (1Co 12). Esse sistema de proteção e interdependência requer intencionalidade e vulnerabilidade. A Bíblia é insistente ao falar da necessidade do amor. Porém, você não pode esperar que o amor bata a sua porta, nem mesmo que o crescimento espiritual aconteça de modo individualista e passivo.


Viver em comunidade como cúmplices no crescimento espiritual não é experimentar um amor distorcido que usa, abusa e decepciona, mas o amor verdadeiro, mandamento do Senhor Jesus, o Cristo (Jo 15:12,13).

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sem complicação

Fotos: William de Moraes e Fotolia

Para muitos, teologia é complicar o texto bíblico, enchê-lo de floreios, saturar os ouvintes com termos gregos e hebraicos e citar uma lista interminável de especialistas. Isso ajuda a explicar a antipatia que muitos têm por palavras como “hermenêutica” e “exegese”. E é compreensível, pois, via de regra, as pessoas que vão ao culto ou leem um livro sobre a Bíblia estão em busca da Palavra de Deus e não de teorias. Por outro lado, o efeito dessa aversão à teologia tem descambado para o outro extremo: o estudo e a pregação displicentes. Mas, afinal, é possível mesclar erudição e simplicidade? É possível ser profundo intelectualmente e alcançar o coração dos leitores e ouvintes?

Se, de modo geral, academicismo tem sido sinônimo de complicação, essa não é necessariamente uma verdade para teólogos como Alberto Ronald Timm. Suas quase 70 páginas de currículo, os quatro idiomas que fala, os 135 simpósios e conferências de que participou, as 37 viagens culturais que fez, os 27 trabalhos acadêmicos que orientou, os dez livros completos e os mais de 400 artigos que escreveu não tornam o doutor Timm uma pessoa pedante, muito pelo contrário. Embora seus escritos e pregações tenham um conteúdo profundo, a linguagem simples faz com que caiam no gosto do povo.

FUNDAMENTO BÍBLICO
Nascido em São Lourenço do Sul (RS), Alberto Timm, 56 anos, começou cedo a ter contato com a Bíblia. Vindo de uma família descendente de imigrantes alemães, que em 1905 aceitou a mensagem adventista, foi incentivado ao estudo desde seus primeiros anos. “Não tínhamos muitos recursos financeiros, mas algo jamais podia faltar: a literatura denominacional”, lembra. “Tínhamos um número significativo de livros de Ellen White e de outros autores adventistas. Meu pai adquiria cada ano a Meditação Matinal e assinava as cinco revistas denominacionais daquela época. Mesmo antes de eu ser alfabetizado na escola municipal local, meus pais já me haviam dado de presente uma Bíblia com capa de couro e bordas douradas, e minha mãe lia para mim o ano bíblico dos juvenis.” E foi essa base familiar que estabeleceu os alicerces para a futura carreira acadêmica de Alberto.

Após graduar-se em Teologia pelo Instituto Adventista de Ensino (antigo IAE, atual Unasp), em 1981, trabalhou por quatro anos como pastor em Ijuí (RS). Depois, foi chamado para voltar ao campus em que se formou, onde exerceria as funções de diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White e professor de Teologia.

Em 1988, concluiu seu mestrado pelo Seminário Latino-Americano de Teologia (SALT), no próprio IAE, pesquisando sobre a visão dos dispensacionalistas a respeito do fim do mundo. Em 1995, após um período de quase seis anos na Universidade Andrews, em Berrien Springs (EUA), defendeu sua tese sobre o papel do santuário e das três mensagens angélicas na formação das doutrinas adventistas.
Desde então, com o título de PhD em Religião, Alberto Timm se destacou como especialista na história e nas doutrinas da igreja. Essa formação foi fundamental para ele ao retornar para o Brasil e assumir a cátedra no seminário e suas atividades no Centro White. A bagagem acadêmica dele seria muito útil também no combate às “heresias”, uma vez que os movimentos dissidentes tiveram um pico de efervescência na década de 1990 e meados dos anos 2000. Essa inclinação apologética, que se manifestava já nos tempos de distrito, seria uma das marcas registradas do trabalho do teólogo.

E não são somente as doutrinas que ele tem ajudado a “guardar”. Durante o tempo em que esteve no Unasp, fundou o Centro Nacional da Memória Adventista (CNMA), à frente do qual organizou oito simpósios sobre a história do adventismo no Brasil. Três desses eventos resultaram em livros.

Depois de passar apenas um ano na coordenação da pós-graduação em Teologia do centro universitário, em maio de 2007 Alberto Timm foi nomeado reitor do SALT e diretor do departamento que promove os escritos de Ellen G. White na sede sul-americana da igreja. Lá, ele colaborou para um dos maiores programas de incentivo à leitura dos livros de Ellen White: a distribuição da série Conectando com Jesus.

No início de 2012, o doutor Timm deixou o solo sul-americano para iniciar nova etapa em seu ministério. O antigo garoto estudioso do interior gaúcho passaria então a servir como diretor associado do White Estate, na sede mundial adventista, em Silver Spring, Maryland (EUA), função que exerce até hoje.

PERSONALIDADE
Casado com Marly, professora e mestra em educação, que atualmente ocupa o cargo de assistente administrativa do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral, e pai de três filhos (Suellen, 27 anos; William, 21; e Shelley, 18), o pastor Alberto é o típico “paizão”. Biotipo alemão, com 1,82 metro de altura, daqueles que ficam vermelhos quando riem, ele é dotado de um senso de humor e de uma simpatia que contagiam. É fácil encontrar amigos e ex-alunos que recordam – e até imitam – seu jeito característico de gesticular e falar, repetindo expressões como “ali” e “mas olha!”, com que entremeia suas palestras e a conversação.

Dono de memória retentiva e mente enciclopédica, Timm é capaz de citar de cor inúmeros pensamentos e autores, e até mesmo a página de livros que leu muito tempo atrás. Com ele, uma simples conversa à mesa acaba em uma agradável aula de teologia, história, filosofia ou conhecimentos gerais. Sua simplicidade, seu profundo conhecimento histórico e o engraçado chapéu que costuma usar em suas viagens (fazendo-o parecer um verdadeiro gringo) o tornam uma excelente companhia, especialmente quando se trata de conhecer os lugares importantes da história da igreja.

Com sua visão abrangente do adventismo, Alberto Timm transita bem entre a academia e a liderança da denominação, dois “mundos” que muitos consideram incompatíveis, mas que ele prova ser possível conciliar. Foi assim, como líder e teólogo versátil, que o doutor de cabelos grisalhos conquistou a confiança da igreja à qual já dedicou 33 anos. E, quando questionado sobre os desafios atuais dessa igreja, deixa clara sua principal preocupação: a perda ou diluição da identidade adventista em meio à cultura religiosa e secular atual, problema que abordou no clássico artigo “Podemos ainda ser considerados o ‘povo da Bíblia’?” (Revista Adventista, junho de 2001).

Uma mensagem com firme fundamento bíblico-doutrinário e que reconhece também o valor dos escritos de Ellen White como mensageira do Senhor tem sido a bandeira defendida por Timm ao longo dos anos. E é com um pensamento da escritora que, em sua adolescência, ele aprendeu a admirar e que tanto influenciou sua vida que Alberto resume seu lembrete aos adventistas do Brasil e do mundo: “O Céu vale tudo para nós, e, se o perdermos, tudo perderemos” (Filhos e Filhas de Deus, p. 349).


  • EDUARDO RUEDA é editor associado na Casa Publicadora Brasileira

terça-feira, 28 de abril de 2015

Por que Deus quis matar a Moisés conforme relatado em Êxodo 4:24?


“E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o SENHOR o encontrou, e o quis matar” (Êxodo 4:24).

Alguns estudiosos da Bíblia acham que Moisés teve aqui uma experiência muito semelhante a de Jacó em Peniel, o qual teve de lutar com Deus. Outros crêem que Deus tencionou matá-lo por meio de uma grave enfermidade. Os Adventistas, com base no que escreveu Ellen White, entendem que um anjo de Deus apareceu a Moisés de maneira ameaçadora, prestes a exterminá-lo.

Por que Deus se dirigiu a Moisés dessa maneira? Com quase toda a probabilidade porque Moisés negligenciou proceder a circuncisão, o sinal do concerto, com respeito a um dos seus filhos.

Moisés estava retornando ao Egito com sua esposa e seus dois filhos (veja Êxodo 4:20). Gérson, o filho mais velho havia sido circuncidado de acordo com as instruções a Abraão (Gênesis 17:10-14). No caso de Eliezér, o filho mais novo, este rito havia sido negligenciado.

Zípora não cria na necessidade da circuncisão, e, portanto, havia resistido ao intento de seu marido de circuncidar Eliezér no devido tempo. O aparecimento do anjo tornou claro que a oposição de Zípora não excluiu Moisés de administrar o rito ordenado por Deus. Agora que Zípora viu que a vida de seu marido corria perigo ela se viu obrigada a circuncidar o filho ela própria.

Zípora, a esposa de Moisés, se opunha tenazmente a esta prática, e apenas a realizou porque a vida de seu marido estava em jogo. Mas ela o fez a contragosto, não como furto de um desejo de obedecer a Deus. Entretanto, ela apartou-se de seu marido por algum tempo após este incidente e ainda acusou Moisés de ser um “marido de sangue”, querendo assim dizer que “pobre tipo” de marido ela tinha que exigia fosse realizado um ato tão bárbaro como esse.

Sendo que Moisés havia sido escolhido por Deus para um papel de liderança de grande responsabilidade, circuncidar seus filhos tornava-se um dever prioritário. Ele precisava servir de bom exemplo para o povo de Israel em mostrar-se fiel às obrigações herdadas do concerto com Abraão.


A única maneira que Moisés poderia ser forçado a dar este passo, contra a vontade de sua esposa, seria a sua vida ser colocada em perigo. Através desta experiência amarga Moisés e toda a sua família puderam compreender o quanto Deus valoriza a obediência a seus reclamos.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Família Tradicional


A Câmara dos deputados está promovendo uma enquete querendo saber se:

"Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família? "

Os LGBT's estão votando NÃO em massa e estão ganhando.

Divulguem o máximo que puderem!


Votem no SIM!!

REPASSEM para os contatos, precisamos votar no SIM!!

Isso é bem importante nosso futuro depende disso, não podemos perder! Repassem para o máximo de Cristãos que puder!

Votem e espalhem o link para o maior número de cristãos que vocês puderem!!!


Dá para votar pelo celular, é simples e rápido!

domingo, 26 de abril de 2015

Dimensões e fatores no crescimento de Igreja


O crescimento não é inconsistente com a realidade divina. Lemos de Jesus, o Filho do Deus Divino, que Ele cresceu (Lc. 2:40, 52). O reino de Deus é comparado com uma semente de mostarda que cresceu até se tornar uma grande árvore (Mt 13:31-32). A igreja também deve crescer (Ef 4:16) até que envolva membros “que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5:9).

O crescimento de igrejas envolve muito mais do que o interesse em números e inclui a preocupação com a qualidade, além da quantidade. O Dr. Orlando Costas (1974, p. 125) sugere quatro dimensões de crescimento:

 1. Crescimento numérico (v. 41, 47) descreve o recrutamento de indivíduos à vida ativa da igreja (At 2:41, 47; 4:4; 6:7; 9:31, 35; 16:5; etc.). Eles são incorporados à comunhão dos crentes e compartilham da adoração corporativa e do testemunho. Há quatro maneiras de crescimento numérico:

a. Crescimento biológico: ocorre quando os filhos de pais cristãos experimentam uma fé pessoal em Jesus como Salvador e se unem à igreja através do rito do batismo. Esse crescimento é importante, uma vez que nada garante que os filhos abracem automaticamente a fé de seus pais. Uma falha nessa área indica fraqueza nos métodos e materiais usados na Escola Sabatina e programas para os jovens e juvenis, além de falhas na religião familiar.

b. Crescimento por transferência: é o recrutamento de membros que já eram cristãos comprometidos transferidos de outra igreja. Muitos se mudam de uma área para outra, e ocasionalmente a mudança se deve a razões sociais ou de liderança. Obviamente, muitas igrejas se beneficiam da qualidade dos ministérios oferecidos aos seus membros ou pela qualidade de seus líderes.

c. Crescimento por conversões: acontece quando pessoas de fora da igreja são trazidos ao arrependimento e à fé em Cristo e se unem à igreja local como membros responsáveis. Uma conversão verdadeira é evidenciada por uma mudança de atitudes e comportamentos (At 9:20-22; 1 Co 6:9-11). Isso é resultado do novo nascimento e da atividade do Espírito Santo (Jo 1:11, 12; 3:3-8; Rm 8:9-17).

d. Crescimento por restauração: descreve a renovação do comprometimento de cristãos inativos ou afastados ao quadro de membros ativos e regulares aos cultos e serviços. Programas como “Reencontro” têm sido eficazes na promoção desse crescimento.

2. Crescimento em maturidade (v. 42, 46) descreve o desenvolvimento pessoal e corporativo da vida cristã (At 2:42; Cl 1:9, 10, 28; 2 Tm 3:14-16; Hb 5:11-6:8; 1 Pe 2:2) bem como o grau de consciência que uma comunidade de fé tem de sua missão no mundo. Esse conhecimento vem da Palavra de Deus. A ignorância da Bíblia é a causa de males tais como a imaturidade (1Pe 2:2), a desunião (1 Co 3:1-4), a apostasia (Hb 5:11-6:8) e a heresia (2 Pe 1:20-22).

3. Crescimento orgânico (v. 42, 44-46). “Duas coisas que você não pode fazer sozinho: casar-se e ser um cristão.” A vida cristã só pode ser experimentada em comunidade. O NT descreve essa dimensão corporativa do cristianismo em passagens como 1 Coríntios 12:27, Efésios 4:25 e Hebreus 10:25.

4. Crescimento em serviço (v. 43, 47). Descreve o grau de envolvimento dos membros na vida e problemas da comunidade através do desenvolvimento dos ministérios da igreja local como uma extensão e continuação do ministério de Jesus de pregar, ensinar e curar (Mt 4:23
Após analisada as dimensões do que caracteriza o crescimento de igreja pontuaremos fatores deste Crescimento:

1. Fatores da igreja local.
Geralmente eles se relacionam com as atividades do pastor e dos membros, mas também podem incluir itens tais como o tamanho e o uso do edifício da igreja. Pastores que pregam como C. H. Spurgeon são provavelmente fatores de crescimento. Mas se os seus sermões demoram uma hora ou mais, provavelmente não o são! Em Atos 6:1-6 os apóstolos experimentaram problemas de prioridades, liderança e cuidado pastoral. Quando esses problemas foram resolvidos, a igreja cresceu (At 6:7). Quando Paulo repreendeu um líder imoral em Corinto, ele estava preocupado com a santidade, a saúde e o crescimento da igreja naquela cidade imoral (1 Co 1-13). As cartas às sete igrejas (Ap 2:1-3:22) contém várias referencias a fatores da igreja local que afetavam a vitalidade e missão da igreja. Elas estavam ameaçadas de extinção caso não lidassem apropriadamente com seus problemas internos tais como heresia, letargia, falta de amor e falta de compromisso.

2. Fatores denominacionais
A igreja local é grandemente afetada pela influência, formal ou informal, proveniente de outras denominações. Muito poucas igrejas não têm sido influenciadas, para o bem ou para o mal, por John Wesley, pelas igrejas carismáticas, por Rick Warren ou pelas decisões de nossos líderes denominacionais nos níveis das Associações, Uniões e Divisões. Exemplos bíblicos desses fatores são encontrados nas cartas dos apóstolos. Paulo elogia os Tessalonicenses pela sua influencia e exemplo (1 Ts 1:2-8). Atos 15:1-35 apresentam o relato do Concílio de Jerusalém e o debate relacionado com a evangelização dos gentios. As decisões desses líderes influenciaram positivamente o crescimento da igreja na região (At 16:4-5).

3. Fatores nacionais.
Esses são os fatores políticos, econômicos, ideológicos e tecnológicos presentes no sistema social de uma nação ou região que ajuda ou inibe o crescimento das igrejas locais. Gálatas 4:4 declara que Jesus veio no tempo certo. Historiadores cristãos têm identificado vários elementos que providencialmente prepararam o mundo para o aparecimento de Cristo. Um significativo elemento do “fator nacional” foi a Pax Romana que garantia viagens seguras e fácil comunicação. Havia também uma moeda comum, uma língua universal, o grego, que era falado por um grande número de pessoas. Na providencia de Deus, essas condições contribuíram para o plantio e o crescimento de igrejas.

4. Fatores da comunidade local
A igreja local é grandemente influenciada pela área onde está situada. Por exemplo, a mobilidade da população exerce um efeito considerável sobre a igreja. O desenvolvimento de novos bairros e a construção de residências pode causar um rápido movimento de grande número de pessoas. Igrejas têm perdido membros porque a população de certa cidade era dependente de uma indústria particular que faliu. E igrejas têm crescido ao receber vários membros de determinada região castigada pela seca, que se mudou para a vizinhança dessa igreja em busca de emprego. A falha em reconhecer a influencia da comunidade local tem criado uma falsa imagem da saúde e vitalidade de muitas igrejas. Há exemplos bíblicos da influencia da comunidade sobre a igreja. O ministério de Paulo em Éfeso teria sido diferente se o templo de Diana não estivesse ali (At 19:1-41). As cartas de João às sete igrejas (Ap 2:1-3:22) fazem muitas referencias a esses fatores. Esmirna tinha a “sinagoga de Satanás” e Pérgamo tinha o “trono de Satanás” que hostilizavam a igreja cristã.

5.Oposição demoníaca

A oposição de Satanás à missão de Deus é o tema central da grande controvérsia. A experiência de Paulo no antigo centro do ocultismo de Éfeso (At 19:18-20) tem se repetido em várias cidades brasileiras. Porém, embora não devamos descrer na existência de demônios que buscam impedir o crescimento da igreja, não devemos também demonstrar interesse neles.

  • Por REYNAN MATOS é estudante de Teologia no SALT-IAENE e autor do Blog Salvos da Cruz

sábado, 25 de abril de 2015

ESPINHO NA CARNE: O que Paulo Tinha? Relatado em 2Coríntios 12:7-10


Como a Bíblia não revela diretamente, a teologia apresenta várias hipóteses. Há teólogos que, baseados em Romanos 7:18-19, sugerem que sua fraqueza seriam as tentações sexuais. Existe a opinião de comentaristas bíblicos que, com base em 2Coríntios 11:23-26; 12:7, 11-12, Gálatas 1:7, etc., opinam que seu “espinho na carne” fossem os inimigos que sempre se apresentavam fazendo oposição ao seu ministério. Também outros estudiosos da Bíblia indicam ser “o espinho na carne” a natureza esquentada que o apóstolo de Tarso tinha, com referências a Gálatas 2:11; 1Timóteo 1:20, etc. Há ainda aqueles que exegetas que, olhando para 2Coríntios 2:10; 3, 4; vêm uma possível má oratória de Paulo como sendo o seu ponto fraco, espinhando sua natureza carnal.

Mas apesar de que existam estas várias conjecturas teológicas do que poderia ser o “espinho na carne” do apóstolo Paulo, é muito grande a possibilidade de que o “espinho na carne” de Paulo fosse um problema de visão consequente da experiência que ele teve na estrada de Damasco (Atos 9:1-9 e 10-19). Devido à grande luz que veio sobre seus olhos, e daquela espécie de “escamas” (Atos 9:18), mesmo tendo sua visão restabelecida, teriam ficado seqüelas. Gálatas 4:13-15 fala que Paulo tinha uma enfermidade física, e que se os gálatas pudessem, eles teriam arrancado seus próprios olhos para os dar ao apóstolo. E ainda em 6:11 quando Paulo escreve com o próprio punho ele menciona que precisa escrever com letras grandes. Ele sempre assinava suas cartas com letras grandes. Se o “espinho na carne” for este problema de visão, podemos aprender que a) nem todos os problemas de um cristão são espirituais; b) nem todas as doenças se originam diretamente do mal ou do Diabo; c) nem sempre Deus nos dá o restabelecimento completo. Tudo depende dos planos dEle, que são maiores do que nós mesmos podemos compreender (Isaías 55:8-9).


Quando você estiver passando por um grande problema, lembre-se de que o Senhor pode estar virando-se pra você e lhe dizendo: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Coríntios 12:9).

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Feitos para outro mundo

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Se descubro em mim um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui criado para um outro mundo.

O que leva uma pessoa a pensar que a vida faz sentido? Há muita gente que tem tudo o que se possa imaginar e, mesmo assim, continua procurando uma razão para viver. Por outro lado, ao longo da minha trajetória tenho conhecido pessoas que, apesar do convívio com a escassez, conseguem experimentar um tipo de paz interior que está além da experiência que a sociedade do consumo pode proporcionar.

No livro Em Busca de Sentido, o psiquiatra austríaco Viktor Frankl comenta que “a principal preocupação da pessoa humana não consiste em obter prazer ou evitar a dor, mas antes em ver sentido para sua vida”. A grande questão é que “o coração do homem tem um vazio do tamanho de Deus”, conforme expressou o escritor russo Fiódor Dostoiévski.

Pela visão cada vez mais ofuscada e distorcida da humanidade, muitos não sabem explicar o que é e de onde vem essa aspiração. A resposta está no fato de que Deus “pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3:11). Por isso, nenhuma condição terrena pode preencher um anseio que tem origem divina.

Após uma intensa reflexão sobre a sociedade de sua época e uma profunda autoanálise, Salomão chegou à conclusão de que toda busca para mitigar a sede da alma por meio das realizações humanas não passa de vaidade e “correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14, 17; 2:11, 17, 26; 4:4, 6, 16; 6:9; 12:8).

O livro de Eclesiastes revela que “é desígnio de Deus que o ser humano compreenda que o mundo material não constitui a essência de sua existência. Ele está unido a dois mundos: fisicamente a este mundo, porém mental, espiritual e psicologicamente ao mundo eterno. Apesar da consciência obscurecida pelo pecado, o homem ainda parece ter percepção de que deveria continuar a viver para além dos estreitos limites desta vida insatisfatória” (Comentário Bíblico Adventista, Vol. 3, p. 1215).

Em outras palavras, nós devemos viver com os “pés na terra e os olhos no céu”. Afinal, como disse C. S. Lewis no livro Cristianismo Puro e Simples, “se descubro em mim um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui criado para um outro mundo”. [Imagem: Fotolia]

  • Por ADENILTON TAVARES é mestre em Ciências da Religião e professor de grego e Novo Testamento na Faculdade de Teologia da Bahia

quinta-feira, 23 de abril de 2015

JOSÉ DO EGITO: A ÉTICA E A FÉ EM SUA VIDA


Diante das crises, é comum para muitas pessoas perder a ética, a integridade e até mesmo a fé em Deus, mas ao nos depararmos com a história de José do Egito, percebemos que é possível alcançar o sucesso sem abandonarmos os nossos princípios e nossas convicções no que aprendemos através Palavra de Deus
Ao longo da história deste mundo, muitos abandonaram a Deus e sua fé nEle alegando que o fizeram por causa das circunstâncias, no entanto, José, mesmo sob as piores circunstâncias, se manteve fiel a Deus, e isso sem perder a ética.
Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar conceitos de ética, mostrar que é possível sermos fiéis a Deus, entregando nossa vida, nosso trabalho, nossos pensamentos, talentos e também as nossas escolhas, nas mãos dAquele que sempre nos tem sido fiel, o nosso Deus.
E através do presente estudo, se pretende também evidenciar os resultados de nossa fidelidade a Deus, liderando e agindo sempre com ética, e que impacto isso terá perante a igreja, família e até mesmo sobre a sociedade.

CONCEITUANDO A ÉTICA

A palavra "ética" vem do grego (ethikos), e significa aquilo que pertence ao (ethos), que significava "bom costume", "costume superior", ou "portador de caráter". Ela traduz um conjunto de condutas, regras e princípios fundamentados na moral e que devem ser seguidos tanto na vida privada quanto na vida profissional das pessoas.[2]
Para Ramos (2008) ética, seria “o estudo dos significados e das justificativas das normas jurídicas [...]”; e de acordo com o filósofo Mário Sérgio Cortella, a ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para resolver as três grandes questões da vida: Quero, devo e posso. E alcançando isso, temos paz de espírito, e o que vem a ser paz de espírito? Então ele diz: “Quando o que eu quero é o que eu devo e posso”.[3]
Portanto, ser ético é sempre escolher fazer o que é certo, independente das circunstâncias, e, não abandonar os princípios da Palavra de Deus, ainda que para isso tenha que morrer.

ÉTICA E FÉ NA VIDA DE JOSÉ

Ser ético e ser cristão nos dias de hoje, realmente parece ser um tanto complicado, porém, ao olharmos para a história de José, vemos um homem que poderia ter caído em pecado, abandonando os princípios de Deus, ou mesmo ter passado por cima da ética. Mas, pelo contrário, ele se manteve íntegro até mesmo nas piores situações.
Como cita White (1971, p. 75):

A fé e integridade de José deveriam, porém, ser experimentadas por terríveis provas. A esposa de seu senhor esforçou-se por seduzir o jovem a transgredir a lei de Deus. Até ali ele permanecera incontaminado da corrupção que enchia aquela terra gentílica.

Através da vida de José, extraímos grandes lições com relação à moral e a ética, porque por sua atitude, inicialmente ele não recebeu nenhuma recompensa. José, a despeito das provas, continuava perseverando, tal como reforça White (2008, p. 218) dizendo que o verdadeiro caráter de José resplandece, mesmo em meio às trevas da masmorra. Ele reteve com firmeza sua fé e paciência.
Apesar de José se manter íntegro, seu destino foi o de alguém esquecido no fundo de uma prisão (Gn 40.23 e 41.1). O pobre rapaz ficou mofando lá durante dois anos. A partir de então, o narrador nos mostra que o Altíssimo revelou ao Faraó, rei de uma nação pagã, o que Ele faria no mundo nos 14 anos seguintes (enviaria 7 anos de fartura seguidos de 7 anos de miséria). Cabe ressaltar que não foi José quem teve a revelação, e sim o Faraó. José apenas foi chamado para interpretar o que Deus revelara ao rei do Egito.
Quanto à ética, José tinha de sobra. Isso fica evidente em vários momentos de sua vida. José foi ético quando o carcereiro confiou-lhe em suas mãos todos os presos, pois ali ele podia se aproveitar da situação e causar, por exemplo, uma rebelião para tentar fugir, mas não o fez, o que demonstra que José era um homem de honra (Gênesis 39:22).
Ao reconhecer seus irmãos, que outrora o jogaram dentro de uma cova, poderia vingar-se deles, mas não fez isso, pelo contrário, teve compaixão deles (Gn.42:8).
José permaneceu firme em seus princípios e se agarrou a Deus, pois ele bem sabia que só é possível vencer as provas e resistir às tentações quando mantemos comunhão com Deus (Gn. 39:2,21)

RECOMPENSA PELA FIDELIDADE

Por isso, fica a mensagem que o próprio José percebera ao final daquilo tudo: “Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. (…) Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento” (Gn 45:5,7). Mais adiante, ele afirma: “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos” (Gn 50:20).
Para que José entendesse que tudo aquilo era propósito divino, era extremamente importante manter comunhão com Deus.

A comunhão com Deus mediante Suas obras, e a contemplação das grandiosas verdades confiadas aos herdeiros da fé, haviam elevado e enobrecido sua natureza espiritual, alargando e fortalecendo o espírito como nenhum outro estudo o poderia fazer.  (WHITE, 2008, p. 222)

Deus tinha mesmo um propósito. E, por mais que os anos passem Deus sempre irá cumprir o que prometeu. Sobre isso, nós lemos o seguinte na Palavra de Deus: “Adiante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos pés apertavam com grilhões e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do Senhor” (Salmos 105: 17-19),
O testemunho de José foi além do que ele imaginava como afirma a serva do Senhor: “Por meio de José a atenção do rei e dos grandes homens do Egito foi dirigida ao verdadeiro Deus; e, embora se apegassem à sua idolatria, aprenderam a respeitar os princípios revelados na vida e caráter do adorador de Jeová” (WHITE, 1953, p. 66).

CONCLUSÃO

            José se manteve firme até o fim e Deus o honrou por isso. Mas cabe ressaltar que ele nunca disse “eu fui fiel, me mantive firme e Deus me recompensou”. O tempo todo, teve a percepção de que havia algo muito maior do que a própria felicidade dele que estava em jogo. Este é o grande mistério que envolve a história: Deus planejara tudo, e usando até mesmo o mal, livrou o Egito, livrou José, livrou sua família e a longo prazo salvou o mundo todo pelo descendente prometido de Abraão, Cristo. Não temos como perceber o bem que Deus fará, nem saber os meios que usará, nem tudo o que está em jogo quando Ele o faz. Por isso, somos chamados a viver na dimensão misteriosa da fé.


 Aécio Beltrão; Antônio Kazimiro; Ernande Júnior; Jadson O. de Souza; Josinaldo Bispo.[1] Formando em Teologia no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia SALT-IAENE 2015
REFERÊNCIAS

A Bíblia Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

CORTELLA, Mario Sergio. O que é ética? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU> Acesso em: 05 mar. 2015.

WHITE, Ellen G. Vidas que falam. (Meditação Matinal, 10 de março 1971, p. 75). 2.ed. Rio de Janeiro: CPB, 1971.

____________. Minha consagração hoje. (Meditação Matinal, 03 de março 1953, p. 75). 2.ed. Rio de Janeiro: CPB, 1953.

____________. Patriarcas e Profetas. 19. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008.

RAMOS, Luiz Felipe Gondin. Direito, Moral e Ética: Uma breve análise conceitual. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 26 Set. 2008. Disponível em: <www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/filosofia-do-direito/822> Acesso em: 05 set. 2014.

CONTEÚDO aberto. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conteúdo_aberto&oldid=15696001> Acesso em: 8 out 2009.




[1] Bacharelandos em Teologia pelo Seminário Adventista Latino Americano de Teologia – SALT/IAENE.

[2] CONTEÚDO aberto. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica> Acesson em: 10 mar. 2015.
[3] CORTELLA, Mario Sergio. O que é ética? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU> Acesso em: 05 mar. 2015.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Músicos afinados

Para que a música atinja seus objetivos, aqueles que a executam precisam ser instrumentos consagrados. Foto: William de Moraes


A qualidade técnica é importante na escolha dos ministros de louvor, mas não é o critério número um.
A música é uma das artes mais lindas que existem. Uma música bem executada é uma inspiração. Gosto muito de música e agradeço a Deus por ter dado sabedoria aos meus pais para que me colocassem em contato com ela desde cedo. Toco alguns instrumentos e os uso para louvar a Deus. O fato de eu ter crescido na Igreja Adventista é outro privilégio, pois nossa denominação tem alta qualidade em suas produções musicais.

Além das bênçãos espirituais, a música traz diversos benefícios cognitivos e psicológicos para aqueles que se envolvem com ela, inclusive o convívio com outras pessoas e a segurança emocional. Isso não é de admirar, uma vez que a música foi criada por Deus, e tudo o que ele faz é bom.

Inspirada por Deus, Ellen White escreveu muitos textos sobre música (veja, por exemplo, Educação, p. 168). Ao lê-los, percebemos várias funções da música, como expressar a adoração, contribuir para a educação, ajudar na vitória sobre o desânimo, impressionar o coração com a verdade, fortalecer a vida cristã, afastar o inimigo e vencer a tentação.

Depois do pecado, a música se tornou uma arma que pode ser usada para o bem ou para o mal. Por isso, devemos estar sempre atentos. Para que a música atinja seus objetivos, aqueles que a executam precisam ser canais consagrados. Assim como um cano sujo transforma água pura em água imprópria para o consumo, um músico não consagrado contamina a música que deveria ser apresentada em louvor a Deus.

No Antigo Testamento, Deus estabeleceu o tabernáculo e determinou que os cantores e instrumentistas seriam os levitas. Apenas desse grupo sairiam os que lidariam com a música no culto. Os levitas eram os mais consagrados entre o povo. Isso indica que, antes de escolher os afinados, Deus escolheu os consagrados. Esse critério na escolha dos músicos da igreja evitaria muitos problemas relacionados ao louvor.

Encontramos uma descrição das características dos levitas em Números 8:5-21, entre outras passagens. A Bíblia deixa claro que eles tinham uma responsabilidade espiritual altíssima. Entre outras coisas, eles deviam oferecer a vida como uma oferta viva ao Senhor, eram propriedade exclusiva de Deus, conheciam os escritos sagrados, eram fiéis guardadores do sábado, deviam buscar cultivar a santidade e estavam familiarizados com os serviços do santuário.

Os critérios de Deus não mudaram. Portanto, os músicos de hoje precisam ter as mesmas características. O mau testemunho de um músico estraga a mensagem que ele transmite por meio de sua arte. Imagine um obeso aconselhando sobre dieta! Ou um pregador que trata mal os membros falando sobre amor ao próximo! Da mesma forma, os músicos destroem a mensagem da sua música quando não vivem à altura do que cantam ou tocam.

Não nos esqueçamos: Deus julga primeiro a consagração do músico, depois avalia a ­execução da música. No livro Evangelismo (p. 512), Ellen White adverte: “A música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, enternecido e santificado por sua docilidade. Muitos, porém, que se deleitam na música não sabem coisa alguma sobre produzir melodia ao Senhor em seu coração.”

Se a música de um cantor da igreja não está sendo aceita por Deus, então é melhor que ele não gaste inutilmente sua voz nem sua habilidade em um instrumento. Música sem consagração, ainda que executada com perfeição, não passa de música bem executada. Música vinda de um coração consagrado, ainda que executada com alguma falha, deixa de ser apenas música e passa a se chamar louvor.

  • FELIPPE AMORIM, pós-graduado em Docência Universitária, é pastor do Iaesc, em Santa Catarina


terça-feira, 21 de abril de 2015

O CRESCIMENTO DA IGREJA ATRAVÉS DOS SÉCULOS: Análise da História e dos Aspectos Positivos e Negativos


No Antigo Testamento encontram-se indicações da vocação da igreja para crescer e tornar-se universal (Sl 67:2, 117:1; Is 2:3, 42:6, 66:19; Am 9:12; Zc 2:11, 8:22). O livro dos Salmos de Davi é um dos maiores livros missionários do mundo e está repleto de referências de conotação universal. Salmos inteiros são mensagens e desafios missionários (Sl 2, 33, 66, 72, 98, 117 e 145). No entanto, essas indicações tornaram-se mais claras nos ensinos de Jesus Cristo e dos apóstolos. Na “Grande Comissão” Jesus foi muito enfático: eles deveriam fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:19), ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16:15), pregar arrependimento para remissão de pecados por todas as nações (Lc 24:47), ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e Samaria e até aos confins da Terra (At 1:8). No livro de Atos e nas Epístolas, os apóstolos e os discípulos são fiéis no cumprimento desse mandado (At 8:4; Rm 15:19). E o livro do Apocalipse apresenta grandiosas visões dos redimidos que procedem de todas as tribos, povos, línguas e nações (Ap 5:9; 7:9; 14:6). Este artigo, portanto, procurará analisar o crescimento da igreja cristã através dos séculos, apresentando tanto os aspectos positivos como os negativos.

I - Os primeiros três séculos
Logo depois a morte de Jesus, formou-se um pequeno grupo de pessoas composto pelos apóstolos, por Maria, sua mãe e seus irmãos, que se reuniam em um pequeno salão, com vistas a cumprir o que se lê em Atos 1:8: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, até os confins da Terra”.
Em curto espaço de tempo somavam 120 pessoas (At 1:15). O testemunho desse pequeno grupo já rendia bons frutos e os discípulos chegaram a três mil. Rapidamente alcançaram o expressivo número de cinco mil. Expressivo porque as condições eram precárias, os discípulos sofriam perseguições, mas, independente disso, “crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém, multiplicava-se o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (At 6:7). Em Jerusalém, de acordo com Barro (2002), mais três personagens foram importantes para a disseminação da palavra de Deus: Pedro, Estevão e Filipe e como resultado dessas ações, é importante salientar que no primeiro século a igreja cristã/primitiva contava com mais de um milhão de cristãos, como salienta Barret (1982). A pregação[1] foi muito importante para essa fase inicial de crescimento da igreja em Jerusalém.
Nichols (1992, p. 24) relata que “pelo ano 100 d.C., havia igrejas em inúmeras cidades da Ásia Menor e em muitos lugares da Palestina, Síria, Macedônia e Grécia, em Roma e Puteoli, na Itália, em Alexandria, e, provavelmente, na Espanha”. Esse mesmo autor tece um interessante comentário sobre a extensão da igreja após o primeiro século. Suas palavras são: 
Entre o ano 100 d.C. e o reinado de Constantino, o Cristianismo alcançou maravilhoso progresso. Em 313, era a religião dominante na Ásia Menor, região muito importante do mundo de então, como na Trácia e na longínqua Armênia. A Igreja se constituíra numa influência civilizadora muito poderosa na Antioquia, na Síria, nas costas da Grécia e Mesopotâmia, nas ilhas gregas, no norte do Egito, a província da África, na Itália, no sul da Gália e na Espanha. Era menos forte em outras partes do império, inclusive a Britânia. Era fraca, naturalmente, nas regiões mais remotas, como a Gália central e do norte. Em todas essas regiões a Igreja alcançou povos das mais variadas línguas, que não faziam parte da civilização greco-romana [...] O cristianismo não tinha alcançado somente os limites do império; mesmo o leste da Síria e a Mesopotâmia receberam influência poderosa (Nichols, 1992, p. 34).   

Nos três primeiros séculos, a igreja experimentou uma notável expansão geográfica e numérica. Aproximadamente “50% da população do império, que era composta de 25 milhões de habitantes, era cristã”, segundo Deiros (2005, p. 80).
          Esses três primeiros séculos são caracterizados pelas perseguições sofridas pela Igreja nas mãos do Império Romano[2]. Essas perseguições não foram generalizadas nem contínuas, mas causaram muitos danos à igreja em algumas regiões mais prósperas, como a Ásia Menor, Itália, Egito e sul da Gália[3].
Todavia, a repressão não teve o efeito esperado, pois quando cessava, o exemplo dos mártires e outros que sofreram por sua fé, inspirava os cristãos a um esforço renovado pela difusão de sua fé. Daí as célebres palavras do escritor Tertuliano (cerca do ano 200): “o sangue dos mártires é semente”. Ele também fez a seguinte afirmação dirigida aos pagãos:
Nós somos um grupo novo, mas já penetramos em todas as áreas da vida imperial – nas cidades, ilhas, vilas, mercados, e até mesmo no campo, nas tribos, no palácio, no senado e no tribunal. Somente lhes deixamos os templos (apologia 37)[4].

Assim, o cristianismo crescia espontaneamente por meio do testemunho de cristãos anônimos que, no seu dia-a-dia, compartilhavam informalmente a fé com seus parentes, amigos, vizinhos, conhecidos e colegas de trabalho.

II - O Período da Igreja Imperial
             Novos fatos aconteceram a partir do início do quarto século. Em primeiro lugar, houve o ingresso do primeiro imperador romano à fé cristã, Constantino. González (1997, p. 30) faz um interessante comentário sobre a conversão dos pagãos nesse período. Ele diz:
Quando algum pagão se convertia ele era submetido a um longo processo de disciplina e ensino, para ter certeza de que o novo convertido entendia e vivia sua nova fé, e então ele era batizado. O novo convertido, então, seguia seu bispo como guia e pastor, para descobrir o significado de sua fé nas situações concretas da vida.

O mesmo não ocorreu com o imperador Constantino[5], ainda segundo González, que complementa:
O caso de Constantino foi bem diferente. Mesmo depois da batalha da Ponte Mílvio, e durante toda a sua vida, Constantino nunca se submeteu em nenhum aspecto à autoridade pastoral da igreja. Ele contava com o conselho de cristãos, como o erudito Lactâncio – tutor de seu filho Crispo – e o bispo Ósio de Córdoba – seu conselheiro para assuntos eclesiásticos – mas Constantino sempre se reservou o direito de determinar ele mesmo suas atitudes religiosas, pois considerava-se “bispo dos bispos”. Repetidamente, mesmo depois da sua conversão, Constantino participou de rituais pagãos que eram proibidos aos cristãos comuns, e os bispos não levantaram a voz em protestos e condenação, como teriam feito em qualquer outro caso (González, p. 30).

Porém, ressalte-se que o impacto da conversão de Constantino sobre a vida da igreja foi grande e sobre ela González (idem, p. 35) assim se referiu:
Naturalmente a conseqüência mais imediata e notável da conversão de Constantino foi o fim das perseguições. Até então os cristãos tinham vivido em constante temor de uma nova perseguição, mesmo em tempos de relativa paz. Depois da conversão de Constantino esse temor se dissipou. Os poucos governantes pagãos que houve depois dele não perseguiram os cristãos, somente tentaram restaurar o paganismo por outros meios. Tudo isso produziu em primeiro lugar o desenvolvimento do que poderíamos chamar de uma “teologia oficial”. Deslumbrados com o favor que Constantino evidenciava em relação a eles, não faltaram cristãos que se empenhavam em provar que Constantino era o eleito de Deus, e que sua obra era consumação da história da igreja.
         
            No fim do século 4, outro imperador, Teodósio, oficializou a Igreja Católica, tornando-a a única religião admitida no império. Deiros (2005, p. 84) comenta o fato:
Constantino chegou a ser o único imperador do Império Romano a partir de 323, depois de derrotar um de seus opositores, Licinio. No ano 325 fez uma exortação geral para que todo o povo do Império se tornasse cristão. Esta decisão influenciou grandemente a Teodósio o Grande, que começou a reinar em 378, e em 380 colocou o cristianismo como religião oficial do Império Romano.

Em 28 de fevereiro de 380, em Tessalônica, Teodósio promulgou um edito que dizia: “Todos os povos devem aderir-se a fé transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro e professada pelo pontífice Dámaso e o bispo Pedro de Alexandria, quer dizer, reconhecer a Santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (ibidem).
Esse fato fez com que grandes levas de pagãos ingressassem na Igreja, nem sempre movidos pelas motivações mais corretas: “Prevaleceu, assim, na Igreja, grande massa de pagãos, imbuídos das idéias pagãs a respeito da religião e da moral, gente que de cristã tinha apenas o nome” (Nichols, 1992, p. 81).
O fato é que, no quarto e no quinto séculos, o cristianismo tornou-se a religião majoritária na parte sul do Império Romano. Com as migrações dos povos bárbaros para dentro dos limites do império, esses foram progressivamente cristianizados, a começar dos visigodos. A primeira tribo teutônica a aceitar a fé católica, ou seja, trinitária foi à dos francos, no fim do quinto século. ”Em vários países, o Cristianismo foi imposto pela força, pelos respectivos governos, e, às vezes, de modo bem cruel [...] em grande parte, o Cristianismo entrou pela força” (idem, p. 70).
            Além disso, o cristianismo sofreu um tremendo ataque dos muçulmanos, como descreve Nichols (1992, p. 89):
Nos séculos 6 e 7, os conquistadores árabes haviam dominado a Síria, Palestina, parte da Ásia Menor, Mesopotâmia e Egito. O império oriental sofreu, desse modo, uma perda irreparável. Nunca mais a Igreja do Oriente chegou a ser tão forte quanto fora no passado. Apenas o resto da Ásia menor, a península dos Bálcãs e a Grécia foram mantidos pelo império, de modo que a igreja ainda pôde se defender contra a maré do Islamismo.
      
As Cruzadas, grandes campanhas militares promovidas pelos cristãos europeus com a finalidade de recuperar os lugares sagrados do cristianismo que haviam caído em mãos maometanas, fez muito mais mal do que bem, deixando ressentimentos que perduram até hoje. Alguns autores referem-se a elas como a mais trágica distorção das missões cristãs em toda a história da Igreja
No entanto, “No ano 1200, apenas uma pequena parte da Europa estava fora da cristandade” (idem, p. 103). Com as perdas sofridas no Oriente Médio e no Norte da África, poderia parecer, à primeira vista, que o Cristianismo se tornara uma religião exclusivamente européia. Porém, esse não foi o caso. Desde um período muito remoto, a fé cristã atingiu com maior ou menor intensidade vastas regiões da África ao sul do Saara, com o Sudão e a Etiópia, bem como importantes áreas do Oriente, como Índia, a Mongólia e a China.

III - O Período Moderno e Contemporâneo do Crescimento da Igreja
O movimento missionário teve seu desenvolvimento desestruturado por fatos ocorridos no período compreendido entre os anos 500 e 1000, principalmente pela queda do Império Romano. Após esse período a igreja continuou seu ritmo de crescimento, voltando a ter no movimento missionário seu eixo propagador e ele se expandiu, fortalecendo-se pela pregação e ensino de evangelistas, pelo testemunho pessoal e por ações empreendidas pelos primeiros cristãos.
Durante a Idade Média, alguns fatos contribuíram fortemente para a expansão do movimento missionário, As Cruzadas, já citadas, iniciaram-se em 1096, estendo-se até 1291, e seus reflexos foram sentidos até 1492, com a expulsão definitiva dos mouros do sul da Europa, região tradicionalmente cristã. Ekström (2001, p. 38) cita os principais efeitos das Cruzadas:
- O fortalecimento da Intolerância diante dos que pensavam diferente (o espírito das Cruzadas) que fortemente marcou a oposição aos “heréticos” na Europa, durante a Idade Média;
- O surgimento de ordens monásticas militares;
- Uma mudança na atitude em relação à guerra aceitável quando em defesa da fé cristã;
- Mudanças políticas e econômicas como resultado das conquistas e das novas relações dentro do mundo mediterrâneo;
- Um crescente conflito entre as igrejas ocidental e oriental devido ao não respeito ao território de cada uma;
- O “mau testemunho na história”, cujas influencias são sentidas ainda hoje no relacionamento entre cristãos e muçulmanos.

Outro movimento religioso que teve importância fundamental para a disseminação do movimento missionário foi a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero no século XVI, e que abalou os alicerces da Igreja de Roma, alcançando regiões importantes e originando diversas ramificações protestantes. Ekström (2001) ressalta algumas críticas aos reformadores no que se refere à ausência de uma visão missionária, evidente na falta de interesse de levar as descobertas da fé para outras partes do mundo conhecido até então[6].
Um novo movimento, com caráter comercial e exploratório, contribuiu para a propagação e fortalecimento do movimento missionário no mundo: as Grandes Navegações.
As grandes descobertas geográficas ocorridas no fim do século XV e no começo do século XVI foram, principalmente, feitas por espanhóis, portugueses e italianos. Mais tarde, ingleses, franceses, holandeses e dinamarqueses (e outros) iriam seguir os passos dos sul-europeus [...] Em todas essas expedições, os comandantes militares e exploradores levavam consigo representantes da Igreja a fim de cristianizar os povos que iam sendo descobertos e subjugados (Ekström, 2001, p. 54).
           
Em decorrência desses fatos, uma fé nova e dinâmica da expansão do cristianismo ocorreu nos séculos 15 e 16. Inicialmente, quem tirou maior proveito dos descobrimentos que as Grandes Navegações proporcionaram foi a Igreja Católica, que conquistou vastas regiões para a sua fé nas Américas, na África e na Ásia. Neste último continente, tornaram-se lendários os nomes de Francisco Xavier (Índia e Japão), Mateus Ricci (China) e Roberto de Nóbili (Índia). Todavia, essa expansão da fé cristã teve os seus percalços, porque os missionários vinham na esteira dos poderosos, dos conquistadores[7].
Foi, porém, no período compreendido entre 1792 e 1914, denominado o Grande Século Missionário[8], que as Missões encontraram terreno fértil para seu fortalecimento, principalmente no que diz respeito aos protestantes[9]. Contribuíram para esse fim, fatos históricos como a Revolução Francesa (1789), o Iluminismo, divulgação de religiões como o Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo e a industrialização advinda do reconhecimento de novas matérias-primas oriundas dos países recém-descobertos (Ekström, 2001).
Nesse período, foram se estruturando sociedades missionárias com o objetivo de atender as novas configurações do mundo, que incluíam povos de diferentes etnias e credos e que as missões católicas, que não se adequaram à nova realidade, não conseguiram atender. Nasceram as denominadas Sociedades Missionárias, que tanto reuniam igrejas como particulares e grupos, e se solidificaram, adequando-se para atender as necessidades nascentes.
A partir de 1914, em pleno início do Século XX, conhecido como o século de grandes avanços científicos e sociais, as missões tiveram de adotar novos métodos.
O desenvolvimento da Missiologia e sua confrontação com outras ciências, como a Antropologia, fizeram com que novos rumos surgissem e o empreendimento missionário se preocupasse também com aspectos culturais, sociais, educacionais, de saúde etc. Não que esta preocupação faltasse completamente na obra de missionários anteriores [...] As próprias necessidades vividas pelo chamado Mundo dos Dois Terços (Terceiro Mundo) forçaram a adoção de novos métodos e a mudança de prioridades. Da mesma forma, a dificuldade de se entrar em algumas regiões do mundo, criou novos tipos de estratégias e novas categorias de missionários (Ekström, 2001, p. 76).

            Foi essa a primeira vez na longa história da Igreja que o cristianismo se fez presente em todas as regiões do mundo, ainda que algumas áreas remotas dessas regiões tenham continuado sem a presença do evangelho. Alguns nomes bem conhecidos de missionários dessa época são David Brainer, William Carey, Adoniran Judson, Hudson Taylor e John Paton. Novamente, ao lado de esforços missionários cristãos sérios e bem-intencionados, tanto católicos e ortodoxos quanto protestantes, houve aspectos menos recomendáveis, como a associação entre as missões e o colonialismo, a excessiva identificação entre o cristianismo e a cultura ocidental, e a competição entre diferentes grupos cristãos.
O movimento missionário no continente latino-americano, em seus primórdios, foi eminentemente ligado a Igreja Católica Romana, que junto às expedições ao Novo Mundo, enviava missionários, padres e congregações, com o objetivo de “salvar as almas pecadoras”, que eram os habitantes indígenas.
As missões católicas foram caracterizadas, segundo Ekström (2001, p. 92), por: Imposição (a cristianização à força); Superficialidade (não atingiu a alma do povo) Sincretismo (aproveitou-se de elementos religiosos já existentes e não fez clara distinção entre o cristianismo e o animismo).
O movimento missionário na América Latina é dividido em três fases distintas: (a) heróica (conversão e o batismo dos indígenas sem um critério pré-estabelecido); (b) missionária (ensinos mais sistemáticos sobre a doutrina e prática cristãs); (c) paroquial (com o estabelecimento de um sistema mais sólido).
Em decorrência, no continente latino-americano ficou enraizada a religiosidade imposta pela Igreja Católica Romana, que perdurou durante séculos, adotando uma nova configuração em tempos mais recentes, com a chegada das missões protestantes, como assinalado.

IV - O Movimento de Crescimento da Igreja - MCI 
         Outro movimento preocupado com o crescimento da igreja surgiu quando o ex-missionário na Índia, Donald McGavran, publicou em 1955, o famoso livro Bridges of God (As Pontes de Deus). A partir de então, o conhecido Movimento de Crescimento da Igreja – MCI tem se destacado e provocado muitos debates ao redor do mundo. As teses de McGravan foram divulgadas por Peter Wagner, seu discípulo, e tornaram-se conhecidas mundialmente.
Destaca-se no MCI o “princípio de unidade homogêneo”[10], assim descrito por McGavran (2001, p. 237): “as pessoas gostam de ser cristãs, sem ter que cruzar barreiras raciais, lingüísticas ou socioeconômicas”. No contexto latino-americano, teólogos e missiólogos como Orlando Costas, René Padilha e Samuel Escobar, entre outros, têm criticado severamente o Movimento de Crescimento da Igreja da Escola de Fuller[11].
            Desmembramentos mais recentes da teoria de crescimento da igreja deitam raízes no chamado “avivamento coreano”. É dos nossos irmãos asiáticos que herdamos a idéia de “grupos familiares” ou “igreja em células”. É evidente que, nos dias atuais, temos vários desdobramentos e podemos falar de “igrejas em células” de vários matizes. Ainda no caudal teórico do crescimento das comunidades cristãs encontramos Rede Ministerial, G-12, grupos familiares, grupos de comunhão, grupos de discipulado, igreja celular, igreja com propósitos, e assim por diante.
            É nosso intento fazer uma avaliação desse caudal de movimentos por entendermos que, com pequenas diferenças, todos eles seguem certos paradigmas que formam a base teórica que legitima a ação dos grupos em prol do crescimento das comunidades cristãs.
- Aspectos Positivos do MCI
            Existem aspectos positivos nesse movimento que devem ser ressaltados: a descentralização de estruturas na organização das comunidades locais; a valorização do trabalho do leigo, respeitando-se o dom do trabalho de cada um; o fato de as comunidades deixarem de ser templocêntricas e espalharem-se pelos bairros e cidades, em grupos menores e familiares; a democratização de estruturas de poder, antes centralizadas na mão de um pastor ou líder.
- Aspectos Negativos do MCI
            Por outro lado, podem-se assinalar também vários aspectos negativos, que carecem de mais atenção por parte da liderança da igreja.           O pano de fundo ou lastro cultural que dá sustentação a esses movimentos é o american way of life (estilo de vida americano), travestido, em alguns casos, do korean way of life (estilo de vida coreano). Todos esses movimentos orientam-se pela idéia de quantidade, e não qualidade – o estilo capitalista de acúmulo e crescimento passa a ser entendido com valor teológico. O que importa é construir megaigrejas. Igreja grande é sinônima de bênção e sucesso. Há também a incorporação inescrupulosa de métodos utilizados na administração de empresas e, entre eles, pode-se citar o planejamento estratégico.
            As igrejas históricas, por exemplo, são unânimes em reconhecer que o movimento G-12 apresenta propostas neopentecostais e incorpora práticas suspeitas em seus métodos. Essas práticas transitam desde lições superficiais de psicologia, regressão e cura interior até ocultismo e paganismo. O referido movimento não suporta ainda uma análise bíblica séria e criteriosa, no que tange ao valor revelacional e normativo das Escrituras Sagradas.
            É importante refletir seriamente sobre essas teorias de crescimento da igreja. Tomar como certo que é da natureza das comunidades cristãs o fator crescimento – assim lê-se nas Escrituras. Também é certo que os modelos tradicionais, centralizadores, templocêntricos e pastorcêntricos, já não funcionam mais. A Bíblia nos ensina a trabalhar com pequenos grupos e reuniões familiares – esse argumento é irrefutável. Contudo, algumas questões importantes precisam ser respondidas: que tipo de crescimento queremos para as nossas comunidades? O crescimento quantitativo apenas é suficiente? O crescimento visa à glória de quem? De Deus ou do Líder? O imenso crescimento quantitativo que se apresenta é acompanhado de compromisso com a fé e a doutrina? As pessoas são realmente transformadas em seu caráter e em sua ética?
             A Igreja Adventista do Sétimo Dia não está livre dessas preocupações. A missiologia adventista dá forte ênfase ao crescimento numérico e hoje o número de fiéis chega a casa de 15 milhões no mundo, tendo o Brasil como o maior país adventista na atualidade com mais de um milhão e 300 mil membros.

V - A IASD e os aspectos positivos e negativos da ênfase numérica

          Quais aspectos positivos e negativos podem trazer à Igreja Adventista do Sétimo Dia a ênfase numérica?
- Aspectos Positivos
A Dimensão Numérica, como o próprio nome diz, está ligada a número, à quantidade. A igreja pode crescer numericamente, o que não significa dizer que esteja crescendo em qualidade. Toda denominação religiosa quer crescer em número de seguidores e esse fato pautou os objetivos de muitas delas. Crescer de modo desordenado não é saudável. Todo rebanho precisa ser alimentado e quanto maior o rebanho, maior a responsabilidade de seus pastores.
-Crescimento Numérico e territorial
          Embora não tenha sido a preocupação inicial da IASD crescer em número ela atua hoje em 203 dos 249 países existentes no mundo, reunindo um rebanho de mais de vinte milhões de fiéis que são congregados em mais de sessenta mil igrejas.

          E sobre os resultados, Jere D. Patzer faz um exercício de projeção:
Em 1870, havia um adventista para cada 250.552 pessoas no mundo. Com base nas atuais taxas de crescimento, as projeções sugerem que, pelo fim do ano 2030, haverá um adventista para cada 134 pessoas no mundo [...] quatro igrejas e meia são organizadas por dia ao redor do mundo e ocorre um batismo a cada 28,93 segundos[12]
            E, embasando o pensamento de Patzer, A Revista Adventist World assim noticiou o crescimento numérico da igreja:
Pelo quinto ano consecutivo, mais de um milhão de pessoas uniram-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, segundo relatório estatístico da Igreja, neste ano. Os líderes disseram que, no final do ano eclesiástico, em 30 de junho de 2008, uma média de 2.800 pessoas uniu-se à igreja, diariamente, elevando o número mundial de membros a 15.780.719. Hoje, há um adventista para cada 425 pessoas no planeta. Em 1980, a proporção era de 1 para 1.268".13
Sem dúvida, os números apresentados pela IASD são significativos. Presente em 203 países, conta com 15.780.719 (quinze milhões e setecentos e oitenta mil e setecentos e dezenove) membros, que professam sua fé em 62.716 (sessenta e dois mil e setecentos e dezesseis) igrejas.
Assim, é possível perceber a influência positiva que o MCI exerceu sobre a igreja  adventista.
- Aspectos Negativos
           Evidentemente que o MCI tem influenciado negativamente também. Alguns aspectos são:

- Trabalho Missionário Parcial
A preocupação com a quantidade pode levar os obreiros à tendência de trabalhar só com classes desfavorecidas econômica, cultural e socialmente, por ser mais fácil alcançar o alvo, desprezando outras classes que também necessitam receber as boas novas de salvação. Diz Ellen G. White (1978, pp. 555-556): “Não se tem feito o esforço devido para atingir as classes altas. Ao passo que nos cumpre pregar o evangelho aos pobres, devemos apresentá-lo também, em seu mais atrativo aspecto, aos que são dotados de capacidade e talento”. Mas como realizar esse trabalho de “evangelização global” incluindo minorias raciais e classes sociais de difícil acesso, enquanto o critério de avaliar os obreiros forem os números de batismo?

- Batismos sem Conversão
Quando a ênfase são os números de batismo, almas são agregadas à Igreja sem o devido preparo ou conversão, com conseqüências danosas. Notem as seguintes palavras apontadas por White (idem, p. 319):
A aquisição de membros que não foram renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a Igreja [...] muitos se unem a Igreja, sem primeiro se haverem unido a Cristo. Nisto satanás triunfa. Tais conversos são seus instrumentos mais eficientes. Servem de laço para outras almas.

Por que ufanar-se com a preocupação dos números se não é isso que o Senhor nos pede? A missão da Igreja é anunciar o evangelho a todas as gentes, por todos os meios possíveis, e com o devido senso de urgência, mais os resultados, queiramos ou não, pertencem a Deus. E Ele saberá cuidar da parte que Lhe pertence. Falando sobre a semeadura da Palavra, White (1998, p. 65) assim se pronunciou: “Não sabemos durante toda a vida qual prosperará, se esta ou aquela. Isso não é nossa alçada. Façamos nosso trabalho e deixemos os resultados com Deus”. Muda o nosso enfoque: em vez de nos alegrarmos somente quando os batismos são numerosos, alegrar-nos-emos até mesmo quando “um pecador se arrepende”, a exemplo do que acontece no Céu (Lc 15:7). A conversão de alma deixará de ser um número para ser um acontecimento transcendental, muito acima de qualquer valorização estatística.

- Espírito de Competição
A preocupação com a quantidade tende a promover na obra de Deus o espírito de competição. E esse método não é de Deus, mas do mundo. Qual a motivação divina para o trabalho de ganhar almas? Seria o desejo de alcançar números? Certamente que não. Embora, às vezes, os números se apresentem grandes, como a Pedro no dia do Pentecostes, ou pequenos, como a Noé, o único motivo genuíno do obreiro fiel é: “O amor de Cristo nos constrange” (II Cor. 5:14). White (2004, p. 652-653) declarou: “O Salvador não ordena aos discípulos que se ufanem para produzir frutos. Diz-lhes que permaneçam nEle [...] Vivendo em Cristo, aderindo a Ele por Ele sustentados, e dEle tirando a nutrição, darei frutos segundo a Sua semelhança”. Alguns, com ares de incredulidade, pensam que tal maneira de ver a obra levaria obreiros e membros à perda do fervor missionário, à inatividade e a uma vida puramente contemplativa. De modo algum, pois “O coração que mais plenamente descansa em Cristo será o mais zeloso e ativo no labor por Ele” (White, 1972, p. 71).

 - Alto índice de Apostasia

Talvez seja esse o motivo que levou White (1969, p. 370) a fazer a seguinte declaração: “Deus ficaria mais satisfeito com seis pessoas inteiramente convertidas à verdade, do que com sessenta fazendo profissão de fé, mas não estando de fato convertidas”. Creio que os registros de avaliação de Deus não concordem exatamente com os nossos. Os frutos numéricos em pessoas agregadas podem aumentar, mas, talvez, não são frutos reais em almas salvas e alimentadas. 

- Desânimo e enfermidades
É alto o número de pastores vitimados por doenças nervosas. Devido à constante expectativa de resultados imediatos, muitos obreiros sucumbem ante esse clima de contínua tensão. Para eles, o ministério vai perdendo o encanto, idealismo, tornando-se pesado fardo, e passam a almejar outro trabalho na obra, que lhes proporcione uma atmosfera mais natural de vida. Isso não é apenas uma suposição. É uma realidade que pode ser comprovada. White (2004a, p. 31 e 32) escreveu: “Fossem os algarismos indícios de êxito, Satanás poderia reclamar a preeminência, pois, neste mundo, os que o seguem constituem a grande maioria. A virtude, a inteligência e a piedade do povo que compõe a nossa Igreja, não seu número, deveriam ser causas de alegria e gratidão”.

V - Considerações Finais
            O crescimento da Igreja pode ser encarado por diferentes perspectivas. De um lado, os cristãos têm demonstrado ao longo dos séculos a preocupação de expandir a sua fé através do mundo, atendendo ao imperativo de Cristo. Esse crescimento teve aspectos apreciáveis, à medida que a fé cristã veio enriquecer a vida de muitos povos, trazendo a indivíduos, famílias e sociedades dignidade, esperança e maneiras mais construtivas de encarar a vida. O crescimento da Igreja muitas vezes teve um efeito benéfico e civilizado, trazendo consigo avanço cultural, educação, elevação do nível de vida e promoção humana em diversas áreas. Por outro lado, como foi apontado, esse crescimento muitas vezes está associado a atitudes questionadas pela própria ética cristã, como a violência, a ganância, o espírito de superioridade e o desrespeito pela integridade humana..
            Uma questão problemática é ilustrada pelos movimentos de “crescimento da Igreja”, que se preocupam em atrair grandes números de pessoas, muitas vezes sem importarem com os métodos usados, caindo na falácia dos resultados rápidos, do uso de técnicas de marketing religioso, das estratégias pragmáticas, da rendição às expectativas de uma sociedade embriagada com a prosperidade do sucesso.
           A preocupação da igreja deve estar voltada não somente para a quantidade mas também para a qualidade de seus membros. Não é acepção de pessoas. É evangelismo sério. Pessoas verdadeiramente convertidas, e não apenas números estatísticos. O crescimento da igreja em Jerusalém não foi exclusivamente numérico (At 1:15; 2:41; 4:4), acontecia o crescimento qualitativo (At 2:42-47). A igreja não pode esconder dos pecadores a necessidade de arrependimento (Mt 16:24), do carregar diário da cruz (Mt 10:38), da obrigação de ser o sal da terra (Mt 5:13) e luz do mundo (Mt 5:14-16).



  • Pr. Érico T. Xavier é Doutor em Ministério pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina - PR e professor no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia (SALT-IAENE)

REFERÊNCIAS

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[1] Esses foram os primeiros passos para a disseminação da palavra de Deus, por meio de testemunhos, com vistas ao fortalecimento da igreja cristã. Isso não significa dizer que os discípulos chegaram a todos os cantos da terra.

[2] Ver relatos de perseguições e martírio em Eusébio de Cesaréia, História eclesiástica: os primeiros quatro séculos da igreja cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1999 e também em Justo L. González. Uma história ilustrada do Cristianismo. Era dos Mártires (Vol. 1). São Paulo: Vida Nova, 1998.
[3] Deiros (2005, p. 81) fala em torno de 10 mil pessoas mortas em decorrência dessas perseguições ressaltando que “isto em um império que contava com uns cinqüenta milhões de pessoas em seu apogeu”.
[4] Recuperado em 19/12/2007 da página http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/2001/documents/hf_jp-ii_hom_20010311_beatification_sp.html. Sanguis martyrum, semen christianorum! ¡La sangre de los mártires es semilla de nuevos cristianos! (Tertuliano, Apol., 50,13: CCL 1,171).
[5] Sobre a conversão de Constantino, ver Gonzáles (1997, pp. 15-46) e em Curtis et al., Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo (2003, pp. 35-38).
[6] Depois de uma hesitação inicial, motivada por fatores conjunturais e teológicos, os protestantes também se envolveram gradativamente com missões estrangeiras, tendo se tornado tão ativos quanto os católicos.
[7] Caso particular foi o da América Latina, em que o processo de conquista e colonização, abençoado pela Igreja, deixou um rastro de destruição entre populações nativas. Somente se levantaram algumas poucas vozes de protesto, como foi o caso dos dominicanos Antonio de Montesinos, Francisco de Vitória, Antonio Valdivieso e especialmente Bartolomé de lãs Casas (1484-1566).
[8] Expressão atribuída ao historiador Kenneth Scott Latourette.
[9] Relata Ekström (2001, p. 93) que a primeira tentativa de uma missão protestante na América Latina “foi feita pelos huguenotes franceses [...] em 1555. Os franceses foram, no entanto, expulsos em 1567 e nada sobrou de seu empreendimento ‘missionário’”. Novas tentativas ocorreram em 1624 e 1654, desta feita por holandeses, mas que também resultou infrutífera. Há relatos de outras tentativas entre 1698 e 1700, no Panamá, por reformados escoceses. Porém, foi somente no início do século XIX que as primeiras igrejas protestantes efetivamente chegaram ao continente, por força da vinda de imigrantes alemães, ingleses, italianos e americanos, entre outros.
[10] Ver Manual do Crescimento da Igreja, de Juan Carlos Miranda.
[11] Para mais detalhes, ver Missão Integral, de René Padilha.
12 Jere D. Patzer, Rumo ao futuro: como liderar a igreja no século 21 (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004), 27.
13 Paulsen, Jan (julho 2008) A igreja em ação. Adventist Word, pág. 7.